Acerto de Contas é a nova Missão Impossível nos cinemas

Pela primeira vez na franquia com uma trama dividida em duas partes, chega essa semana aos cinemas Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte 1 (Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One, 2023). O filme entrega tudo o que se pode esperar: espionagem, intrigas, traições, ação desenfreada, explosões, perseguições, boas interpretações e, claro, a corrida do Tom Cruise, já tão famosa, com os braços em ângulo reto. Uma boa surpresa são as situações engraçadas que se intercalam com os momentos de tensão.

Astro e produtor da série, Cruise segue fazendo as peripécias necessárias, dando muita veracidade às sequências mais movimentadas e até perigosas – que não faltam aqui. Pela sétima vez, ele vive Ethan Hunt, o espião que está sempre se arriscando por pessoas que não sabem que ele existe e por um governo que está sempre contra ele. Caso ele aceite a missão dada, está por sua própria conta, assim como os demais membros da equipe.

Mais uma vez, Hunt é acompanhado pelos sempre confiáveis amigos Benji (Simon Pegg) e Luther (Ving Rhames), personagens recorrentes, além de Ilsa (Rebecca Ferguson), que conhecemos dos dois últimos longas. Completando o elenco principal, além da volta de Vanessa Kirby (de Efeito Fallout), temos a chegada de Hayley Atwell (a Agente Carter da Marvel – acima) e Esai Morales (o Exterminador da série dos Titãs). Henry Czerny, que apareceu no primeiro, lá em 1996, retoma seu papel, e temos ainda Pom Klementieff (dos Guardiões da Galáxia), Greg Tarzan Davis (de Top Gun: Maverick, 2022), Shea Whigham (de Velozes e Furiosos 9, 2021) e Cary Elwes (de Esquema de Risco, 2023).

O inimigo da vez é a Inteligência Artificial, o que torna tudo muito nebuloso e todos são suspeitos. Apesar de parecer complicado, o roteiro é bem claro e não deixa o espectador perdido. Christopher McQuarrie, diretor e corroteirista, aprendeu bem o ofício realizando os dois últimos episódios, além de ter trabalhado com Cruise nas duas funções em vários projetos. Tudo é muito bem costurado, o ritmo acelerado é bem apropriado e as mais de 2h40 passam voando. O único problema, assim como no mais recente Velozes e Furiosos (Fast X, 2023), é já chegar sabendo que a história só termina no próximo filme.

A turma do último filme se apresenta para mais uma aventura

Marcelo Seabra

Jornalista e especialista em História da Cultura e da Arte, é atualmente mestrando em Design na UEMG. Criador e editor de O Pipoqueiro, site com críticas e informações sobre cinema e séries, também tem matérias publicadas esporadicamente em outros sites, revistas e jornais. Foi redator e colunista do site Cinema em Cena por dois anos e colaborador de sites como O Binóculo, Cronópios e Cinema de Buteco, escrevendo sobre cultura em geral. Pode ser ouvido no Programa do Pipoqueiro, no Rock Master e nos arquivos do podcast da equipe do Cinema em Cena.

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