Antes mesmo de estrear, Chainsaw Man (2022) já era mania entre os fãs das animações japonesas. Especialmente nas convenções de cultura pop, banners e cosplayers do personagem eram vistos em todos os lugares. Isso, por si só, já me deixou com um pé atrás. Afinal, episódios recentes mostraram que, muitas vezes, quanto maior o marketing ao redor de um filme ou série de TV, menos o produto vale essa divulgação (alô, atores de The Boys que passaram semanas criando expectativas para o decepcionante Herogasm, estou falando com vocês). Dessa vez, no entanto, a regra foi quebrada. Chainsaw Man é uma das coisas mais divertidas dos últimos anos e honrou a obra homônima de Tatsuki Fujimoto.
A série gira em torno de Denji. No começo de sua adolescência, ele perdeu o pai – a mãe já estava fora de cena. Pior ainda, seu progenitor tinha uma grande dívida com um chefão da Yakuza (a máfia japonesa) e caberia à Denji acertar as contas. Sem ter fundos para tal, ele é obrigado a aceitar um trabalho de caçador de demônios. Aqui é bom esclarecer que, nesse universo, as mais diversas criaturas demoníacas andam livremente pela Terra, sendo caçadas por departamentos públicos e agências privadas.
Enquanto nessa profissão, Denji encontra Pochita, um cão-demônio cujo traço mais característico é uma serra elétrica no lugar do focinho. A dupla acaba se tornando amiga, com Denji e Pochita caçando demônios juntos e dividindo seus parcos recursos. Quando chega aos 16 anos, as coisas se complicam ainda mais para Denji. Um demônio consegue seduzir seu patrão e, em troca de um poder gigantesco, exige sua vida. Denji e seu cão são atacados. Denji é morto. Pochita, às portas da morte, decide tomar o lugar, literalmente, do coração de seu melhor amigo.
Com isso, Denji não só volta à vida como se torna um ser meio humano, meio demônio. Sempre que necessário, ele consegue manifestar serras elétricas de seus braços e cabeça, juntamente com um rosto demoníaco. Obviamente, ele vai, agora, se dedicar ainda mais à caça de demônios, certo? Bom… Sim e não.
Denji acaba sendo recrutado pela principal agência governamental japonesa dedicada à caça de demônios e recebe uma oferta irrecusável: “ou trabalha conosco para sempre ou é executado imediatamente”. Entre a cruz e a espada, ele acaba optando pela primeira.
Apesar da descrição relativamente sombria acima, a verdade é que Chainsaw Man é uma comédia de ação deliciosa, recheada de sangue, tripas e situações insólitas. Denji é um personagem daqueles que têm o carisma reservado para os que, na definição de um dos personagens do anime, “tem alguns parafusos soltos”. Suas motivações são tão básicas e sem noção que acabamos nos simpatizando muito com ele. Todo o elenco de apoio, incluindo sua diretora, Makima, seu supervisor direto, Aki, e os demais caçadores de demônios de sua equipe – Power, Himeno, Kobeni e Arai – são bem construídos dentro do exagero característico da tradição das animações japonesas.
Com 12 episódios de cerca de 23-25 minutos cada, Chainsaw Man está disponível no serviço de streaming Crunchyroll. Vale muito à pena conferir e aguardar pela segunda temporada, a ser lançada em 2024.
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