Com coreografias de lutas fantásticas e muito realistas, A Mulher Rei (The Woman King, 2022) nos apresenta à uma guarda real formada por mulheres. Vítimas de zombarias, elas não deixavam nada a dever a grupos masculinos, passando por cima deles como um trator. Ambientada nos anos de 1820, a trama começa quando as Agojie começam a treinar uma nova geração de guerreiras para defenderem o reino de Dahomey, na África.
À frente do elenco, Viola Davis (de A Voz Suprema do Blues, 2020) mostra enorme garra e dedicação à parte física exigida pelo papel. Tão boa quanto Davis é Lashana Lynch (de 007: Sem Tempo para Morrer, 2021), que já havia provado seu talento e segue roubando as cenas em que aparece. A surpresa fica por conta da ótima Thuso Mbedu – surpresa para quem não a viu na série Os Caminhos para a Liberdade (The Underground Railroad, 2021).
Muito se falou sobre a falta de fidelidade histórica do filme, que mostra o rei do Dahomey (vivido por John Boyega) sendo influenciado a parar de participar do tráfico humano de seus compatriotas, quando na verdade essa era a principal fonte de renda deles. De fato, descobrir essas diferenças gritantes tira um bocado da força do filme. No entanto, como uma aventura descompromissada, funciona muito bem.

Além de Davis, Lynch e Mbedu também fazem bonito


