Seguimos para a segunda e última parte da repescagem 2021, com comentários rápidos sobre filmes lançados no ano passado.
Imperdoável (The Unforgivable, 2021)
Sandra Bullock não costuma ser lembrada como uma grande atriz, até seu trabalho no filme do Oscar é questionável. No entanto, ela acertou em cheio na escolha com Imperdoável, disponível na Netflix. Ela vive uma ex-presidiária saindo da cadeia e tentando voltar a viver em sociedade. A personagem é bem construída, vamos conhecendo-a pouco a pouco e entendendo sua jornada. O elenco, que inclui Jon Bernthal e Vincent D’Onofrio, dá um ótimo suporte à atriz e ainda temos a grande Viola Davis, que aparece pouco, mas rouba a cena.
Espíritos Obscuros (Antlers, 2021)
A simpática Keri Russell cai numa armadilha ao topar fazer um filme de terror sem pé nem cabeça que não tem um pingo de sutileza ao lançar metáforas para o público. Uma criança mostra sinais de abuso na escola e a professora, preocupada, acaba entrando demais na vida do aluno, e há um espírito maligno envolvido (um, ao contrário do que o título nacional indica). O diretor e roteirista Scott Cooper até cria uma boa atmosfera de suspense, mas desperdiça tudo com uma entidade estapafúrdia e não cria nenhuma regra para seu universo, deixando o espectador perdido. Assim como Jesse Plemons, que parece constrangido na tela.
Venom 2: Tempo de Carnificina (Venom: Let There Be Carnage, 2021)
Buscando um resultado melhor que no genérico primeiro filme, a Sony usou um vilão de maior apelo para servir como antagonista ao Venom sem sal de Tom Hardy, ele próprio originalmente um vilão. Surge então o psicopata Cletus Kasady, que se une a um pedaço desgarrado do simbionte e origina outro personagem: o Carnificina. Woody Harrelson não precisa fazer esforço para ficar com cara de doido e lembra seus tempos de Assassinos por Natureza, parecendo ser o único a se divertir. Depois desse novo desastre, Venom deve ser incorporado ao Universo Cinematográfico Marvel, onde fará mais sentido combatendo seu velho inimigo, o Homem-Aranha.
A Crônica Francesa (The French Dispatch, 2021)
Um elenco primoroso não torna menos vazio esse exercício estilístico do diretor, produtor e roteirista Wes Anderson. Com uma coletânea de histórias variadas sendo costuradas uma na outra, ele faz uma homenagem ao jornalismo partindo da morte súbita do editor de um jornal americano publicado numa cidadezinha francesa. Junto com o obituário, a última edição do jornal trará matérias pitorescas que são encenadas para o público. Tudo muito excêntrico, que ficaria melhor pintado num quadro que em um filme. Deve agradar exclusivamente os fãs de Anderson, que já sabem mais ou menos o que esperar. Para os demais, serão 110 minutos que demorarão uma eternidade para passar.
The Velvet Underground (2021)
O diretor e roteirista Todd Haynes tem uma carreira bem diversa, mas boas músicas costumam estar presentes em seus trabalhos. Isso, quando elas não são o foco, como é o caso aqui. Com ótimas imagens de arquivos e entrevistas, ele constrói o quadro que levaria à formação da Velvet Underground, importante banda surgida no cenário da Nova York do fim da década de 60. Os integrantes tinham formações variadas, interagiram com outras celebridades da época e influenciaram gerações que viriam. Todo esse contexto é abordado por Haynes, que não tenta abraçar o mundo, já que o assunto é enorme, focando no caminho trilhado pela Velvet até o seu fim.
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