Nada melhor, para chamar a atenção geral, que reunir não dois, mas três nomes de destaque do cinemão norte-americano atual. A Netflix escalou Dwayne Johnson, Gal Gadot e Ryan Reynolds para sua nova aventura milionária advinda da clássica escola de Indiana Jones. Os três intérpretes de personagens da DC Comics (Adão Negro, Mulher-Maravilha e Lanterna Verde, respectivamente) são a razão do charme de Alerta Vermelho (Red Notice, 2021).
Com uma descoberta arqueológica como pano de fundo, o diretor e roteirista Rawson Marshall Thurber mistura as duas coisas que parece gostar: ação (como Arranha-Céu, 2018) e comédia (a exemplo de Família do Bagulho, 2013). Trabalhando com The Rock pela terceira vez, ele confia no carisma do astro o suficiente para colocá-lo como escada para as piadas de Reynolds, que a cada minuto lembra seu irônico Deadpool. E, como nas grandes aventuras icônicas, sempre tem uma bela mulher cheia de segredos, papel que cabe a Gadot.
Quando o longa começa, descobrimos que um agente do FBI (Johnson) vem perseguindo um habilidoso ladrão (Reynolds) há bastante tempo e uma dica recebida aponta exatamente onde prender o sujeito. O problema é que essa dica vem de outra figura procurada, conhecida como O Bispo (Gadot). Com uma inspirada trilha sonora de Steve Jablonsky (de Bloodshot, 2020) e passeando por alguns dos lugares mais interessantes do mundo, fica fácil agradar.
A verdade é que Alerta Vermelho funciona bem pela força de seus protagonistas – que ganharam salários recordes nessa que se tornou a produção mais cara distribuída pela Netflix. Com gente menos inspirada nos papéis principais, a relevância não teria chegado à metade. Enquanto os novos episódios das franquias dos quadrinhos não estreiam, eles aproveitam para abrir um novo filão. Espere ver um Alerta Vermelho 2 em breve, talvez levando a ação mais longe, com mais estrelas de Hollywood. E tem chance de ser tão divertido quanto esse primeiro.