por Marcelo Seabra
Passada a temporada de Oscar, com vários filmes em destaque, voltamos à programação normal. E eis que me deparo, num serviço de streaming, com a suposta última aventura de Rambo: Até o Fim (Rambo: Last Blood, 2019). O personagem, que começou bem nos idos de 1982, deixou de ser um soldado traumatizado e amargurado para virar um psicopata sempre a um passo da explosão de loucura. E continua sendo um exército de um homem só.
A trama do novo longa é complexa: alguém faz mal a John Rambo e ele quer vingança. É, não era tão complexa assim. Ele faz questão de ser chamado de John, como se isso tirasse um peso de suas costas ou afastasse o passado, que está sempre à espreita. E é muito estranho ver um sujeito que já matou tanta gente ser assombrado por vítimas de uma enchente na qual ele obviamente não teve culpa alguma. Uma clara tentativa vazia de dar profundidade a um personagem raso feito um pires.
Se falta profundidade a Rambo, que de repente aparece morando com duas mulheres e em momento algum conseguimos entender a relação entre eles, os bandidos são ridículos. Em uma época de muitas críticas ao presidente norte-americano, que trata imigrantes como bandidos e separa pais de suas crianças, é bem complicado colocarem os mexicanos para serem os vilões. Traficantes de mulheres que sequestram garotas em boates e as levam ao mundo da prostituição e das drogas. Tudo extremamente formulaico. Os antagonistas bem poderiam ter sido americanos.
É triste ver que Sylvester Stallone não aprendeu nada com os episódios anteriores da saga de Rambo. E pior ainda é ver um ator do calibre do espanhol Óscar Jaenada, que já viveu Cantinflas (na cinebiografia de 2014) e o pai de Luis Miguel na série sobre o cantor, restrito a falas ridículas que invariavelmente envolvem as palavras “puta” e “matar”. Os diálogos entre os mexicanos são constrangedores, e o contingente de asseclas parece não ter fim. Outras que passam leve vergonha são Paz Vega (de Não Pare na Pista, 2014) e Adriana Barraza (de Cake, 2014), competentes veteranas com participações mal explicadas.
Coincidentemente, o diretor deste Rambo V chama-se Adrian Grunberg: Adrian era a esposa de Rocky Balboa, outra franquia de Stallone. Grunberg vem de muita experiência como assistente de direção, tendo feito sua estreia na função principal com o divertido Plano de Fuga (Get the Gringo, 2012), um amontoado de tiros e explosões que não se afasta muito do que vemos aqui. Se Plano de Fuga funciona, por outro lado mostra o mesmo problema de Até o Fim: mexicanos são bandidos desalmados que merecem morrer.
Em um clima de nostalgia, Stallone se despede de um ícone que, embora tenha arrecadado uns trocados ao longo dos últimos quase 40 anos, só funcionou mesmo no primeiro filme, adaptado da obra de David Morrell. Do dois em diante, temos a mesma receita repetida. Uma metralhadora de clichês que chega a ser risível quando emula Esqueceram de Mim, com John espalhando armadilhas por sua propriedade. Ao invés de ficar tentando tirar o personagem de cena em alta, Stallone podia se dedicar a novos projetos e aos próximos Rocky – quer dizer, Creed.
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Péssima reportagem.. o cara politizou o filme... uma pena... so falta politizar the walking death!
Quem é esse seabra para meter o pau no Stallone? O Stallone merecia toda essa crítica. Que falta de respeito. Parece mais um surto de inveja. Se acha de faz melhor, por que não faz? Como comentarista ė um fracasso. Deveria mudar de profissão!
Esquerdistas odeiam ver heróis matarem bandidos estupradores... Opinião óbvia de um fã da Maria do Rosário que chama a polícia quando sofre um atentado fe uma vítima da sociedade.
Perdeu a oportunidade de ficar calado kkk.
Lá vem o crítico "progressista" e "políticamente correto" criticando os vilões por serem mexicanos. A menina morta pelos vilões, embora tenha cidadania americana tinha país mexicanos. Assim como a governanta da casa do Rambo. O filme de fato é raso porém, critica o tráfico de mulheres que são usadas como objetos sexuais e obrigadas a se prostituirem. Mas como Stallone é amigo de Trump já viu, né? A esquerdalha fica toda ouriçada! kkkk
Qual seu problema? Teve alguma "treta" com Stallone? É muito fácil né? Difamar as pessoas por aqui, vai se tratar "recalque"...
Essa crítica é com base do politicamente correto. Rambo é, e sempre será um ícone dos filmes de ação. E sim ! Assistimos Rambo pra ver sangue e morte de bandidos.
O problema é essa nova geração de gente sensível, que adoram defender marginais, e que se sentiram horrorizados com a brutalidade do protagonista. Mimimi !!?
Tu escreve mal pra cacete. Baaaarbaridade.
A cara de bumbum guloso do cara que escreveu essa matéria kkkkkkkkk claro que não vai gostar de um filme de macho igual o Rambo.
Que matéria sem noção... ridícula!
a parte mais sem noção foi "é muito estranho ver um sujeito que já matou tanta gente ser assombrado por vítimas de uma enchente na qual ele obviamente não teve culpa alguma."
Realmente ele não teve culpa, e realmente ele já matou muita gente.. Mas quem assistiu os outros filmes (e parece que o escritor dessa matéria não assistiu) sabe que ele não matou pessoas inocentes, matou pessoas que tentaram contra a vida dele.. e mais, vilões dos filmes anteriores mataram pessoas das quais ele estava criando laços de amizade. Então, pra tentar se compensar pelo passado, é absolutamente normal ele tentar usar o talento que tem para tentar fazer boas obras, ajudar pessoas necessitadas, porque ele tem talento para tal. O cara chegou numa idade avançada, não teve contato com sua família, o máximo que ele conseguiu foi ter contato com a senhora que cuidava do seu Pai, e você pergunta qual a relação com ela!? (Você definitivamente não assistiu o filme...rss)
Em fim, não vi o simbolismo dos túneis serem citados..o que é algo muito legal no filme.. (porém nem vou citar, acredito que é algo que a própria pessoa tem que notar, e quem assistiu o filme com certeza vai notar).
O filme não é uma obra fantástica que vai concorrer ao Oscar, mas não é essa porcaria toda que mídia quer mostrar.