por Marcelo Seabra
Mesmo em cartaz há três semanas e disputando em briga de cachorro grande, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (Terminator: Dark Fate, 2019) segue firme entre as maiores bilheterias do Brasil no momento – e no mundo também. Além de ser dirigido por Tim Miller, em alta desde Deadpool (2016), o longa traz outro atrativo: ele reúne Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton, os grandes nomes da franquia.
Sexto filme da série, Destino Sombrio desconsidera os episódios anteriores e retoma a história onde O Julgamento Final (Judgment Day, 1991) parou. No final dele, o exterminador de Schwarzenegger consegue cumprir sua missão de proteger John e Sarah Connor. Eles destroem o T-1000 e tudo leva a crer que a humanidade vai vencer a guerra contra os robôs com a liderança de John. Neste novo capítulo, descobrimos que outro T-800 veio e cumpriu sua programação original, executando John na frente de Sarah.
Sem o jovem Connor, outra pessoa teria que assumir o papel de conduzir homens e mulheres na luta contra a Skynet. E há também outra pessoa que volta ao passado para servir de guarda-costas. Dessa vez, cabe à personagem de Mackenzie Davis (de Tully, 2018) proteger a jovem vivida pela colombiana Natalia Reyes. E Sarah (acima) vai dar um jeito de entrar nessa história. Nada forçado, conseguimos comprar a ideia sem grande esforço.
Por esse ponto de partida, dá para perceber que o filme privilegia as mulheres, bem-vinda prática em alta hoje. E há ainda outro elemento a ser ressaltado: a importância dos mexicanos para a trama. Num país governado por um presidente que discrimina estrangeiros em geral, em especial os vizinhos latinos, é interessante ver um filme norte-americano que os valoriza. O grande vilão, o novo modelo de exterminador REV-9 (Gabriel Luna, de Agentes da SHIELD), é uma espécie de policial texano da fronteira, o que é bem curioso.
Analisando a franquia friamente, percebemos que os dois primeiros longas resolvem bem as questões levantadas. Um terceiro cairia em uma repetição cansativa, e foi o que aconteceu. Não uma ou duas vezes, mas três – que, agora, são relegadas a “universos paralelos”. Quando se fala em viagem no tempo, muitas variáveis podem acontecer, e essa é a desculpa da equipe atual para corrigir erros passados. Essa nova continuação atinge um resultado bem superior ao das anteriores, mas continua sendo dispensável.
Temos boas atuações, em especial a de Hamilton, que se mostra à vontade no papel e dá um destino bem coerente à sua Sarah. Os temas visitados, como as questões mencionadas das mulheres e dos imigrantes, são importantes. E não deixa de ser curioso ver Arnie de volta ao T-800 que o consagrou. Mas era mesmo necessário assistirmos a mais um Exterminador do Futuro?
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