por Marcelo Seabra
Para deixar claro que se trata de um filme ambientado nos anos 70, Dois Caras Legais (The Nice Guys, 2016) já começa ao som do clássico Papa Was a Rolling Stone, uma das muitas músicas fantásticas da trilha – que conta até com Garota de Ipanema. A comédia policial traz como protagonistas Russell Crowe e Ryan Gosling, dois anti-heróis que acabam trabalhando juntos. E Crowe acaba servindo de “escada” para Gosling, que se diverte em cena e é responsável por vários momentos engraçados.
O diretor Shane Black, que também assina o roteiro ao lado do estreante Anthony Bagarozzi, tem em seu currículo uma pérola do mesmo gênero chamada Beijos e Tiros (Kiss Kiss Bang Bang, 2005), além de ter escrito toda a franquia Máquina Mortífera (Lethal Weapon). Experiência não lhe falta e percebemos a facilidade que ele tem de elaborar diálogos apimentados, rápidos e inteligentes. Os personagens principais são bem desenvolvidos, com qualidades e defeitos, e conhecemos o suficiente da história de cada um para nos importarmos.
Como deixou claro em Amor a Toda Prova (Crazy Stupid Love, 2011), Gosling tem um bom timing para comédias, e sua cara de conquistador desavisado é impagável. Suas quedas acabam ficando um pouco exageradas, assim como algumas falas tentam forçar um humor mais apelativo, mas nada que estrague a experiência. Crowe mais uma vez tenta fazer graça, sem sucesso, e mostra que é bom na ação. Aqui, ele volta a contracenar com a colega de Los Angeles: Cidade Proibida (L.A. Confidential, 1997) Kim Basinger, e não é surpresa que ela não tenha expressividade nenhuma. Seu rosto excessivamente liso indica possíveis plásticas, mas a falta de talento não é recente. A participação da atriz é pequena, e temos ainda Matt Bomer (de Magic Mike XXL, 2015) no papel de um assassino que é facilmente reconhecido devido à semelhança física com o John-Boy dos Waltons (o ator Richard Thomas).
A trama, que bebe bem no noir, nos apresenta a vários personagens ligados à produção de um filme pornográfico. Alguns assassinatos depois e logo dois investigadores particulares – um sem licença – percebem que seus casos atuais se encontram. Por isso, concluem que juntos teriam mais resultado, e ainda contam com a filha de um deles para ajudar. A garota, Angourie Rice (de Caminhando com Dinossauros), é ótima e ajuda a humanizar o pai paspalho (Gosling). Trata-se de uma clássica “buddy comedy”, a comédia de dois parceiros, na qual mesmo se odiando, eles precisam se aturar. E divertir o público.
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Sou fã das historias de comedia sempre são muito divertidas, ri muito. Dois Caras Legais tem uma historia cheia de cenas que me encheram de gargalhadas e que me divertiram de tarde. O filme superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Meu ator favorito e Ryan Gosling, e sem dúvida tem o êxito, porque tem muitos fãs que como eu se sentem atraídos por cada estréia cinematográfica que tem o seu nome exibição. Recomendo muito do filme.