por Marcelo Seabra
Depois de chamar a atenção com o elogiado Namorados Para Sempre (Blue Valentine, 2010), o projeto seguinte do diretor Derek Cianfrance era bastante esperado, e finalmente chegou ao Brasil – em homevideo, em muitas praças. O Lugar Onde Tudo Termina (The Place Beyond the Pines, 2012) repete a parceira com Ryan Gosling, que vai cimentando sua persona de anti-herói caladão. Este personagem podia muito bem ser a continuação para Drive (2011), por se tratar do ator como um andarilho misterioso bom de direção (agora com motos), que conserta carros nas horas vagas e tem uma atividade ilícita paralela. Mesmo tendo uma índole duvidável, ele consegue a simpatia da platéia devido ao carisma do intérprete.
Para quem não sabe nada a respeito, o longa será bastante surpreendente quanto à sua estrutura. Não pretendo estragar nada, darei apenas o contexto básico. Gosling é um artista circense com a moto que vê a necessidade de ganhar mais dinheiro e começa a cometer assaltos a bancos. O outro astro da produção, Bradley Cooper (visto recentemente no terceiro Se Beber, Não Case, 2013), vive um policial cujo caminho acabará se cruzando com o do outro. Nos papéis de esposas, namoradas ou algo assim, as belas Eva Mendes (de Holy Motors, 2012) e Rose Byrne (de Sobrenatural, 2011) completam o elenco principal. Ben Mendelsohn (de O Homem da Máfia, 2012) também merece destaque, sempre muito bom no que é destinado a ele – no caso, mais um desviante que busca uma saída fácil.
Mesmo com toda a expectativa que muitos criaram, Cianfrance não desaponta, apesar de criar uma obra longa e, por vezes, cansativa. As tramas são interessantes até percebermos que apenas servem como amarras para a próxima. Mas as imagens são perfeitas, as atuações são boas e há momentos que fazem valer a pena os 130 e tantos minutos de projeção. Sean Bobbitt, o diretor de fotografia favorito do cineasta sensação Steve McQueen (Shame e Hunger), faz um belo trabalho entre as paisagens urbanas e rurais, incluindo aí as cidadezinhas que têm um quê de bucólicas, como Schenectady, Nova York. Com pouco esforço, a produção nos situa há 15 anos, para depois nos trazer ao presente. E a suave trilha sonora de Mike Patton é um bem-vindo bônus.
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