por Rodrigo “Piolho” Monteiro
Nascido em Baltimore, Estados Unidos, em 1809, o escritor Edgar Allan Poe é daqueles casos clássicos cuja genialidade literária só seria reconhecida anos após sua morte. Considerado por muitos um pioneiro na literatura policial – o primeiro conto policial de que se tem notícia é seu Assassinatos na Rua Morgue – Allan Poe foi o primeiro norte-americano conhecido que tentou viver apenas de sua escrita, em uma época em que as leis de direitos autorais eram praticamente inexistentes e se pagava muito pouco por histórias curtas – área na qual ele também foi um pioneiro. Por isso, ele penou financeiramente durante toda sua curta vida, até falecer em outubro de 1849 por razões desconhecidas. Especulações a esse respeito vão de alcoolismo a cólera, de raiva a assassinato.
Ao longo do século XX, a obra de Poe foi redescoberta e o cinema e a TV passaram a beber de sua fonte em inúmeras obras, especialmente nos anos 1950, quando as produtoras Universal (EUA) e Hammer (Inglaterra) se especializaram em filmes de terror, muitas vezes com um ambientação gótica, que são uma das marcas do escritor. Depois de um período em baixa, a obra de Poe voltou às luzes nos últimos anos. O próprio escritor foi o protagonista de O Corvo (The Raven, 2012), filme no qual atua como uma espécie de consultor ajudando a polícia a desvendar uma série de assassinatos baseados em suas histórias.
Coincidentemente ou não, no fim das contas Ryan consegue encurralar o assassino quando este está prestes a fazer sua 14ª vítima e revela-se que a pessoa que ele procura é justamente Carroll. Joe é preso e as conseqüências de todo o caso afundam a carreira de Ryan. Esfaqueado por Joe, ele passa a usar um marcapasso, mergulha no álcool, se envolve romanticamente com a esposa de Carroll, Claire (Natalie Zea, de Justified), escreve uma biografia do assassino e acaba, por fim, se afastando indefinidamente do FBI.
Carismático, Joe, apesar de todo o aparato de segurança que o cerca, conseguiu criar uma série de conexões enquanto estava preso. Essas pessoas – bastante influenciáveis – visitam-no constantemente na cadeia e passam a ser inspiradas por ele das mais diversas formas, especialmente no que diz respeito a seguir seu legado de crimes. E é nisso que The Following é construída: na relação tortuosa entre Ryan e Joe enquanto o policial tenta impedir que seguidores do culto ao assassino continuem a cometer crimes em seu nome. Joe e Ryan desenvolvem uma relação similar, em termos, àquela de Clarice Starling e Hannibal Lecter no clássico O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, 1992). A grande diferença é que aqui Joe quer menos ajudar Ryan a antecipar os movimentos de seus peões do que fazer dele mais um peão em seu grande jogo, que ele trata como um romance policial que tem ele próprio como vilão e o policial como o herói trágico.
Uma das grandes interrogações que cercam The Following é até onde essa trama se sustentará sem se tornar repetitiva. Até o momento (foram cinco episódios exibidos nos Estados Unidos), a série tem caminhado muito bem, com os roteiristas usando bastante criatividade para tornar os episódios interessantes. Bacon e Purefoy têm performances bastante satisfatórias, o que não é surpresa vendo o histórico de ambos. A trama do gênio do crime que manipula as situações de trás das grades, ainda que um clichê, tem funcionado, novamente graças ao carisma de Purefoy e a forma como seu personagem tem sido construído. Kevin Williamson, criador da série, tem larga experiência na TV (Dawson’s Creek) e no cinema (franquia Pânico). Mas, se a série vai durar mais de uma temporada, vai depender de tudo continuar funcionando.
Expoente da literatura de terror nacional, Raphael Montes já vendeu estimados 500 mil livros e…
Com apresentação de Jimmy Kimmel (abaixo), que exerce a função pela quarta vez, a 96ª…
por Alexandre Marini Marcelo Seabra me convidou para escrever um pouco sobre minha percepção a…
A partir do final da década de 70 e por todos os anos 80, houve…
Depois das 2h35min da primeira parte, chega aos cinemas essa semana Duna: Parte Dois (Dune:…
Conheça melhor alguns dos indicados ao Oscar 2024: Maestro (indicado a sete Oscars) Esforço gigantesco…