por Rodrigo “Piolho” Monteiro
O mundo do entretenimento vive de fases. Sempre que algo faz um relativo sucesso, a ideia é que aquele filão seja sugado ao ponto de esgotamento até que a nova tendência apareça. Isso é algo que se reflete em todos os campos do entretenimento e, obviamente, Hollywood não ficaria de fora. João e Maria: Caçadores de Bruxas (Hansel & Gretel: Witch Hunters, 2012) é o mais recente derivado da nova onda hollywoodiana, aquela de produzir filmes recontando clássicos da literatura mundial – especialmente as popularizadas pelos irmãos Grimm – em uma roupagem mais moldada para agradar à audiência atual, especialmente os adolescentes fãs de obras na linha de Crepúsculo.
Foram repaginadas, nessa moda, Chapeuzinho Vermelho (A Garota da Capa Vermelha, 2011) e Branca de Neve (Branca de Neve e o Caçador, 2012). Poderíamos adicionar aí Espelho, Espelho Meu (Mirror Mirror, 2012), que traz outra versão para a mesma história de Branca de Neve e o Caçador. A diferença entre Espelho, Espelho Meu e os demais é o enfoque: enquanto este é mais uma comédia romântica, os demais tentam trazer uma profundidade e um clima sombrio inexistentes aos contos originais – ainda que o termo “originais” aqui seja mal colocado. Afinal, é fato que os contos da tradição alemã eram originalmente muito mais sombrios do que aqueles popularizados pelos Grimm.
Quinze anos depois, João (Jeremy Renner, de Os Vingadores, 2012) e Maria (Gemma Arterton, de O Príncipe da Pérsia, 2010) são dois famosos caçadores de bruxas que vendem seus serviços a vilarejos e cidades que tenham problemas dessa natureza. Contratados, eles vão parar em uma pequena vila na qual 11 crianças haviam desaparecido recentemente. O xerife do local (Peter Stormare, de O Último Desafio, 2012) diz ter prendido a bruxa, uma habitante local chamada Mina (a modelo Pihla Viitala). Quando se prepara para queimá-la, é impedido pelos irmãos, que ensinam à população local como identificar bruxas de verdade. Mina é libertada e os irmãos ganham um inimigo na figura do xerife.
João & Maria: Caçadores de Bruxas é um filme divertido. Ele segue a mesma linha de Van Helsing (2004), ou seja, os figurinos e armas dos caçadores estão bem à frente da tecnologia do período histórico ali retratado. Mas, ao contrário do filme protagonizado por Hugh Jackman, não se leva nem um pouco a sério. Prova disso é o fato de um dos habitantes do vilarejo ter um álbum de recortes dos feitos dos irmãos e atuar como um fã abobado perto deles. A história segue o padrão pra esse tipo de produção, mas há uma preocupação saudável em encher o roteiro com sequências de ação e fica para depois qualquer aprofundamento no passado dos personagens. Há explicações sobre porque todos eles fazem o que fazem e como o fazem que são bastante satisfatórias dentro do contexto desse tipo de filme. As atuações de Renner, Arterton e Janssen são corretas, de forma que, se não impressionam, também não decepcionam.
Se há alguma surpresa no filme, ela está apenas na opção dos diretores por mostrar bastante sangue e um pouco de nudez (na sequência em que Mina e João estão se banhando em um lago), coisas que não estamos habituados a ver nesse tipo de filme, direcionados ao público adolescente. Outro ponto positivo é o 3D, que se justifica mais do que na grande maioria dos filmes que utiliza esse recurso. No fim das contas, João & Maria é mais do mesmo. Um pouco de diversão, sem muitas surpresas, com uma história cujos buracos no roteiro não incomodam e que tem potencial – já que foi planejado pra isso – para gerar mais uma franquia, dependendo do quanto faturar nas bilheterias. Não é nada que vai mudar a vida de ninguém, mas cumpre seu papel como entretenimento puro e simples. E curto, já são apenas 88 minutos de duração.
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genial.para mi, ele um extraordinario caçador e lindo e metgo com sua irma genial maria,mas elas como maria e a bruxa mureel sao lindas mais quero ser uma caçadora e nao ser caçada,kkkkkkkkkkkk, parabens aos diretores espero que tenha a continuaçao , viva caçadores de bruxas