por Marcelo Seabra
É comum vermos filmes sobre personagens titubeantes, que não têm grande fé em si mesmo, e acabam se vendo na posição de heróis, ou mesmo de salvadores. Essa jornada de descobrimento é usada mais uma vez em Detona Ralph (Wreck-It Ralph, 2012), nova animação dos estúdios Disney que chega aos cinemas essa semana. E há um ótimo bônus para a geração que nasceu ou cresceu na década de 80: os personagens vivem num mundo de fliperama e é até possível ver alguns rostos conhecidos.
Quando percebe que o que diferencia um herói é a medalha que ele ganha ao completar o jogo, Ralph sai em busca de sua própria medalha, para provar que é bom o suficiente. Em seu caminho, ele vai conhecer e interagir com vários personagens dos jogos vizinhos e terá que vencer percalços dignos de um Ulisses. A mais difícil de suas tarefas é fazer os demais verem nele algo a mais do que um vilão valentão que não precisa pensar, mas o faz assim mesmo. A programação externa pode ser forte, mas cada um deve se esforçar para pensar por si só, e esta é apenas uma das muitas lições que se pode tirar desse desenho.
Como não poderia deixar de ser, tratando-se de um produto da Disney, Detona Ralph tem bastante apelo às crianças, mas agrada também ao público adulto, como acontece com as melhores animações já lançadas. As tais lições aparecem aqui e ali de forma bem dinâmica, como parte da trama, e a experiência não se torna cansativa ou aborrecida. Pelo contrário, os personagens são adoráveis e o resultado é bom entretenimento. Os efeitos da animação, que acompanham os movimentos dos personagens de videogame, são perfeitos e remetem diretamente ao espírito dos jogos. É programação para todos, especialmente os saudosistas dos anos 80.
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