por Marcelo Seabra
A jogada dos Estúdios Marvel foi extremamente bem planejada: “Já que temos os direitos sobre todos esses personagens, que tal apresentar um por um para depois reuni-los?”. Dessa forma, fomos apresentados às versões cinematográficas de alguns medalhões da editora (não necessariamente os personagens mais famosos) em filmes-solo para podermos conferi-los, juntos, em Os Vingadores (The Avengers, 2012), que acaba de estrear em diversas salas do país – e do mundo. O diretor e roteirista Joss Whedon deve estar se deliciando com o poder alcançado em Hollywood, com todo o sucesso que o filme vem colhendo. E ele merece!
Um nome que deve ser mencionado também é o do produtor Kevin Feige, braço direito do CEO dos Estúdios Marvel Avi Arad. É atribuída a ele a visão de inserir detalhes e participações nos filmes de cada personagem para, logo, poder ser criada uma trama que os unisse. Um problema poderia ter sido conseguir esse elemento que justificaria a reunião de tantos talentos e habilidades, teria que ser algo que um herói sozinho não poderia resolver. E a resposta era Loki, o irmão invejoso de Thor que já havia roubado a cena no ano passado, no filme que catapultou a carreira de Tom Hiddleston.
Dizer que uma adaptação de história em quadrinhos sobre heróis superpoderosos tenta manter o realismo é meio louco. É necessário “comprar a ideia” e acreditar no que se vê. Mas a Marvel tentou essa abordagem começando com Hulk, Homem de Ferro e Capitão América, colocando a ação em mundos em que tudo aquilo seria possível, bastava ter um gênio e avanços da ciência. A quebra veio com Thor, um deus de Asgard que joga a pegada realista no espaço – literalmente. Desta forma, foi feita a passagem daquela linha supostamente real para a fantasia pura e simples, o que também abriu caminho para Os Vingadores, que entra de cabeça na extravagância de alienígenas malvados e efeitos especiais perfeitos.
Um grande desafio para Whedon era dividir bem o tempo em cena, já que tinha tantos personagens para mostrar. Com pequenos desequilíbrios aqui e ali, a missão foi bem sucedida, com todos participando ativamente e tendo um papel importante para o desenrolar da história. Todos os intérpretes estão muito bem, com destaque para Mark Ruffalo, que cria um Banner/Hulk mais interessante e profundo que seus antecessores (Eric Bana e Edward Norton). E fica uma vontade de conhecer melhor o Clint Barton de Jeremy Renner, que compensa aparições menores com muito carisma.
Os Vingadores acabou sendo o que todos os fãs esperavam: uma potencialização do que já vimos nos filmes-solo dos heróis. O que a DC Comics chegou a ensaiar com a Liga da Justiça (e acabou desistindo, até o momento), a Marvel conseguiu atingir, e de forma irrepreensível. Um longa divertido, que respeita a mitologia por trás de seus personagens e os espectadores, sendo eles iniciados ou não nos quadrinhos. Como não poderia deixar de ser, além da rápida ponta de Stan Lee, fica um gancho para uma nova trama em uma cena “escondida”, que entra logo após os créditos principais – nem é preciso esperar tanto. Difícil vai ser esperar pelos próximos filmes desse universo.
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