por Marcelo Seabra
Ruth, Tommy e Kathy são amigos desde bem jovens e vivem em uma espécie de colégio interno inglês, Hailsham. A vida lá é bem tranqüila, com os professores cuidando da saúde de todos e incentivando-os a serem criativos. Mas, aos poucos, algumas verdades vão sendo incutidas neles, já preparando-os para o futuro que os aguarda.
Já adultos, os personagens são vividos por Keira Knightley (de A Duquesa, de 2008), Andrew Garfiled (de A Rede Social, de 2010, e o próximo Homem-Aranha do cinema) e Carey Mulligan (de Wall Street 2, 2010). Quando se reencontram, anos depois do último contato, mantém a mesma dose de melancolia que permeia todo o filme, ressaltada através de figurinos, fotografia, música e a interpretação contida de todo o elenco. À frente da escola está a personagem de Charlotte Rampling (também de A Duquesa) e a outra coadjuvante a se destacar é Sally Hawkins (de Simplesmente Feliz, de 2008), que vive uma professora que não se adequa bem a Hailsham.
O diretor Mark Romanek vem de curtas, documentários e videoclipes, tendo em seu currículo o estranho longa Retratos de uma Obsessão (One Hour Photo, 2002). Isso já me deixou com um pé atrás, e fiquei aliviado ao comprovar que não há muitas semelhanças entre as duas obras. O roteirista Alex Garland é colaborador de longa data de Danny Boyle, tendo colaborado com o amigo na adaptação do seu livro A Praia (The Beach, 2000), além de ter escrito Extermínio (28 Days Later, de 2002) e Sunshine – Alerta Solar (2007). Nenhum desses filmes chega a ser uma grande credencial, mas a união de Garland e Romanek deu certo, originando algo mais discreto e verossímil que os anteriores.
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Gostei do filme. Fiquei ainda mais intrigada sobre o sentido da vida.