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Menos Brasília mais Brasil? É degradante. É asqueroso. É vitalício! Leia e entenda

Bolsonaro, o devoto da cloroquina, prometeu retirar Brasília das nossas costas. Não só ele, como nenhum outro governante, jamais tocou nos privilégios indecorosos que usufruem os poderosos do funcionalismo

 

Enquanto brasileiros morrem como moscas em hospitais que mais parecem acampamentos medievais de curandeirismo, onde há falta de médicos, enfermeiros, macas, equipamentos, remédios e agora até de oxigênio, uma casta abjetamente privilegiada gastou, apenas em 2020, cerca de 15 milhões de reais com tratamentos de saúde.

Estou me referindo a 77 senadores e 184 ex-senadores que espetaram a conta milionária no lombo dos otários pagadores de impostos, que ironicamente são os mesmos que os colocam no Senado Federal para, ao contrário do que fazem, trabalharem em prol de seus estados e, no limite, da população brasileira como um todo.

Mas não pense o leitor amigo que a regalia asquerosa é exclusiva dos senadores, não. Toda casta do funcionalismo público, nos três poderes (executivo, legislativo e judiciário), em todas as esferas (municipal, estadual e federal) goza de privilégios semelhantes, igualmente pagos pela sociedade brasileira. Por quê? Ora, porque sim.

Bolsonaro, o devoto da cloroquina, o maníaco do tratamento precoce, o papis do senador das rachadinhas, o amigo do Queiroz, o marido da receptora de cheques de milicianos, o mito que iria acabar com as mamatas, com o toma lá dá cá, com as safadezas do centrão e retirar Brasília das costas do povo e dos empresários, é um destes.

Como ele, até hoje não nasceu político ou governante que tenha proposto – e feito aprovar -, em qualquer canto deste miserável pedaço de chão, uma lei que retirasse imediatamente este “direito adquirido”, às custas de “deveres indevidos”, dos bolsos dos brasileiros, sejam pobres ou ricos, jovens ou velhos, petralhas ou bolsominions.

Os governos do País (municipal, estadual e federal) criam, aprovam, julgam e executam leis que beneficiam apenas a si mesmos e aos seus. Na maioria dos casos, inclusive, benefícios absurdos são extensivos a familiares, quando não raro transmitidos de pais para filhos, sob a forma de aposentadorias especiais (o que inclui todo o pacote).

Como sempre digo por aqui, pouco importa a ideologia – se esquerda ou direita – ou o partido político. Pouco importam regionalidade, etnia, credo, gênero e idade. O modus operandi dos políticos que dominam o tal do “sistema” é imutável há pelo menos 200 anos. Tudo para eles e nada para a sociedade. Entra ano, sai ano e nada muda.

As lufadas de brisa fresca em meio ao ar fétido e denso que emana dos Poderes, na figura de alguns poucos políticos de novas gerações, e de um partido apenas, o Novo, não conseguem transpor o altíssimo muro que mantém intocado este deplorável estado de coisas. São como o nanico Davi, desarmado, diante do gigante Golias.

Enquanto a maioria absoluta dos brasileiros não deixar de idolatrar políticos e governantes, e começar a tratá-los como trabalhadores comuns, que devem receber salários e benefícios compatíveis com seus cargos e funções, mediante o cumprimento dos seus deveres, teremos que bancar para sempre a festa que nunca fomos convidados.

Ah! O plano de saúde dos senadores é vitalício. Ou seja, avise aos seus filhos, netos e bisnetos.

Leia mais artigos meus em: IstoÉ, Estado de Minas e Facebook
**Atenção: Este texto não reflete a opinião do Portal UAI, e é de responsabilidade exclusiva do seu autor**
Ricardo Kertzman

View Comments

  • Assino embaixo sob testemunho da sua majestade a Lagosta Togada e pode reconhecer firma.
    Enquanto o mundo desenvolvido aplica tecnologia, transparência pública e rigor no combate à corrupção, o Brasil das sumidades populistas, bate recorde de roubalheira com proteção garantida pela mais alta Corte.
    Não importa se a cepa do quadrilhão esteja temporariamente contida e no modo micro roubos, o país precisa limitar ainda mais as ações das "milícias" de cofres públicos que se alterna no poder desde a redemocratização.
    A rachadinha nas mordomias do poder, aposentando quem ocupa cargo por um dia ou semana, enquanto o presidente eleito e seu vice viajam para o exterior, é uma das aberrações no Brasil.
    Como qualquer ação policial e mais de dois dias prisão é proibida aos parasitas dos nossos cofres públicos, só mesmo batendo com flores na cara desses ladrões refinados que se alternam no poder para nos roubar.

  • De tanto o Muttley, o cachorro rabugento do Kid Vigarista rir da cara dos brasileiros, parece que o otariado nacional já está se dando conta de que para combater a Peste Chinesa-2020, só mesmo com imunizante de qualidade e não vacina meia boca importada pelo Doria, que promete curar casos graves, mas não é eficaz na cura sintomas leves, o que é um absurdo.
    Mas as preocupações devem acabar, pois em questão de dias, já estarão a caminho do Brasil, AstraZeneca, Moderna, Pfizer e outras eficazes e confiáveis.

  • Com o aumento de 84% de 2003 para cá, na pandemia de ocupação e roubalheira da esquerda bolivariana, o Brasil atinge hoje, a marca de 12 milhões de servidores públicos na ativa, ocupando o 7º lugar entre os que mais empregam servidores públicos e em estatais do mundo.
    Para piorar, os políticos, os assessores e familiares ocupam o topo da pirâmide da ocupação e criam leis ou fazem rachadonas e toma lá dá cá, visando usufruir de infinitas verbas com proteção mútua garantida.
    Aí vem a pergunta:
    Qual presidente eleito conseguirá derrotar esse mega cabidão de empregos? O Hulk do Jatinho? O Mandetta que politizou a Saúde ou o Maia? Algum ministro do STF? O Boulos, o Invasor confesso e apadrinhado do Lula? As raposas famintas que foram postas para fora do galinheiro nas últimas eleições? O Moro da Falida Lavajato? Algum executivo da Odebrecht ou OAS com promessa de reformar e mobiliar as moradias e chácaras dos demais brasileiros? Algum presidente da UNE, líder de caminhoneiros, de sem terra ou teto, de ong, Algum presidente de sindicato? Algum presidente da Fiesp ou Fecomércio?
    Enquanto a mídia e oposição se divertem criticando o governante atual, o saudoso Mussum diria: O brasileiro está fudidis.

  • Pois é. Sempre comentei q a mais importante e urgente dentre as tantas reformas de q o país tanto necessita é a política.
    Nosso país tem mais de 70 mil políticos (dados de uma reportagem q li, acho q de 2016). Cada um desses políticos têm direito de escolherem vários assessores de sua confiança. Caraca, o assessor tem de ser da confiança do Estado, não do agente público.
    Nossa situação é misaravelmente triste e preocupante.

  • Só agora você conclui que nenhum político, nenhum partido é digno de confiança? Não me venha com este papo de Partido Novo. Tudo é farinha do mesmo saco. Você a cada proximidade de eleição "descobre" um político em quem votar, e quer porque quer sugerir isso para seus leitores. Passadas algumas semanas da eleição seu candidato faz as mesmas coisas que todos os outros políticos, as vezes até pior. Você nem sempre assume que votou nele. Passado um tempo volta de novo com a mesma cantilena indicando novos salvadores da pátria. Aprenda, no legislativo, no judiciário, no legislativo, em várias entidades de classe, na área jornalística (com algumas poucas exceções), na classe empresarial, na banca, o que prevalece é o VENHA A NÓS. E o povo que se lixe. Um dia você aprende, assim espero.

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