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Em sessão deprimente na CCJ deputados mostram porque somos esse lixo de país

O Brasil definitivamente não deu certo. E não deu certo por uma série de razões, cada um escolha sua tese

Imagem: Adriano Machado/Reuters

O Brasil jamais dará certo. Ao menos certo de verdade. É uma pena que só pouco mais de 5% da população tenham oportunidade de conhecer um país verdadeiramente de Primeiro Mundo para entender o significado de “dar certo”.

O Brasil deu errado. Muito errado. Chegamos a 2020 e sequer saneamento básico temos disponível para mais da metade da população. Escolas, hospitais, segurança pública… Por onde quer que se olhe logramos números e índices pouco melhores que os da África Subsaariana.

Muitos dizem: somos a sétima (ou oitava ou nona, depende da época) economia do mundo. Temos indústrias, aeroportos, rodovias, bancos. Eu retruco: e?

O certo, meus caros, é que não há país desenvolvido com uma classe política do nível da nossa. Não há país desenvolvido onde ministros do Supremo comportam-se como militantes políticos e acusam-se uns aos outros das piores práticas. Não há país desenvolvido com prefeitos, governadores e presidentes do quilate dos nossos. Não há país desenvolvido quando o debate nas casas políticas (Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional) está entregue a Renan Calheiros, Rodrigo Maia, Gleisi Hoffmann, Tiririca ou — meus Deus! — Catatau (vereador em BH).

O que se viu ontem, na CCJ da Câmara dos Deputados em Brasília, é desolador. É devastador!

Os bem-intencionados eram representados pelo Deputado Boca Aberta. Sim; Boca Aberta!! O parlamentar levou uma réplica do troféu da Champions League (torneio de futebol mais importante do mundo) e entregou para Sergio Moro, não sem antes dizer que “Gleisi Hoffmann está atolada até o fiofó em corrupção“. A seu favor, apenas o fato de ter dito uma verdade.

Do lado do mal, onde cúmplices do criminoso ex-presidente Lula revezavam-se em ataques inqualificáveis a uma autoridade de Estado, convidada (não intimada) a prestar esclarecimentos ao Congresso (diferente de inquérito), gentil e espontaneamente presente à Casa, investigados e processados por corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro dentre outros crimes, ofendiam de forma ainda mais grosseira o Ministro da Justiça.

Essa gente nos custa bilhões — repito: bilhões!! — de reais por ano. E para quê? Para pensar estrategicamente o País? Para formular políticas sociais e macroeconômicas que nos levem a um patamar superior a de um brejo? Para debater o governo e sociedade e assim melhorar nossas práticas administrativas e urbanas?

Parlamentos civilizados, ao redor do mundo, vez por outra imiscuem-se, sim, em debates acalorados. Na internet podemos assistir ao parlamento britânico, onde trabalhistas e conservadores quebram o pau, mas de forma propositiva, ainda que ideologias toscas se façam presentes.

De igual sorte, nos EUA, democratas e republicanos beiram as vias de fato, mas, de novo, dentro do espectro político-partidário, jamais pessoal — sobretudo ataques mentirosos à honra de um adversário.

Sergio Moro, ontem, foi chamado de ladrão, corrupto e outras coisas mais. Qual o mínimo indício? E ainda que se admita algum desvio de conduta formal durante seu mister magistrado, o que isso tem a ver com roubo e corrupção? Pior! Palavras advindas da boca de Zeca Dirceu e outros da espécie.

O que podemos esperar de gente desta extirpe? Ou desonestos morais, capazes de crimes comuns, como corrupção e superfaturamento, ou desonestos intelectuais, capazes de tudo para vencer uma rinha política. Afora o nível escolar, semi-analfabetos incapazes de pronunciar frases inteiras respeitando sujeito e predicado.

Assistam a uma sessão da Reforma da Previdência. Um bando de amalucados, com raríssimas exceções, em busca de holofotes e defesa de corporações e grupelhos. O Brasil? O povo? Que se danem! Números, fatos, dados, estatísticas? Que se danem! Só o que não se dana são seus salários, verbas, benesses, cotas parlamentares etc.

Há muito tempo eu não me sentia assim. Quem me acompanha sabe que acabo de voltar de uma viagem, de um mês inteiro, sozinho, visitando lugares muito especiais. E em cada país eu encontrei povo e políticos colaborando mutuamente para um lugar melhor. Que inveja, meu Deus! Que sensação de impotência. Que choque de realidade eu tive ontem…

Obrigado, senhores deputados. Ou melhor: senhores filhos de umas putas!

Ricardo Kertzman

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        • A carta de Léo Pinheiro é devastadora para Lula, porque ele enumerou as provas que corroboraram seus relatos e que confirmaram o pagamento de propina no triplex e no sítio, pelo qual o chefe da ORCRIM será condenado na semana que vem.
          Leia a íntegra da carta:
          Estou preso há 3 anos e 7 meses, por ter praticado crimes que fui responsável. Chegou o momento de falar um pouco sobre o noticiário a meu respeito.
          A matéria veiculada nesta Folha de S. Paulo, sob o título “Lava a Jato via com descrédito empreiteiro que acusou Lula, no último domingo, dia 30 de junho de 2019, necessita de alguns esclarecimentos, todos eles amparados em provas e fatos.
          A minha opção pela colaboração premiada se deu em meados de 2016, quando estava em liberdade, e não pela preso pela operação Lava Jato. Assim, não optei pela delação por pressão das autoridades, mas sim como uma forma de passar a limpo erros que cometi ao longo da minha vida. Também afirmo categoricamente que nunca mudei ou criei versão e nunca fui ameaçado ou pressionado pela Polícia Federal ou Ministério Público Federal.
          A primeira vez que fui ouvido por uma autoridade sobre o caso denominado como tríplex foi no dia 20 de abril de 2017, perante o juiz federal Sergio Moro, durante meu interrogatório prestado na ação penal referente ao tema.
          Na oportunidade, esclareci que o apartamento nunca tinha sido colocado à venda porque o ex-presidente Lula era seu real proprietário e as reformas executadas foram realizadas seguindo suas orientações e de seus familiares. O ex-presidente e sua família foram ao tríplex e solicitaram reformas como a construção de um quarto, mudanças na área da piscina etc. Tudo devidamente testemunhado por funcionários da empresa que acompanharam a visita e prestaram testemunhos sobre isso.
          Afirmei ainda que os valores gastos pela OAS foram devidamente contabilizados e descontados da propina devida pela empresa ao Partido dos Trabalhadores em obras da Petrobras, tudo com anuência do seu maior líder partidário. A conta corrente com o PT chegou a aproximadamente R$ 80 milhões, por isso havia um obrigatório encontro de contas com o Sr. João Vaccari.
          O meu interrogatório foi confirmado por provas robustas que o Poder Judiciário, em três instâncias, entendeu como material probatório consistente para condenação de todos os envolvidos.
          O material que comprova a minha fala está no processo do tríplex e foi todo apreendido pela Operação Lava-Jato na minha residência, na sede da empresa OAS, na residência do ex-presidente Lula, na sede do Instituto Lula e na sede do Bancoop, o que quer dizer que não há como eu, Léo Pinheiro, ter apresentado versões distintas, já que o material probatório é bem anterior à decretação da minha prisão em novembro de 2014. Além disso, plantas das reformas do tríplex, projetos do apartamento e do sítio, bem como contratos, foram apreendidos na própria residência do ex-presidente, cabendo à minha pessoa tão somente contar a verdade do que tinha se passado. O próprio ex-presidente Lula, em seu interrogatório no mesmo caso, confirmou que voltamos no seu carro após nossa visita ao tríplex do Guarujá.
          As provas que estão presentes no processo são bem claras e contundentes, tais como:
          1. Documentos que indicam o ex-presidente e sua família como proprietário do imóvel antes mesmo de a OAS assumir o empreendimento, apreendidos na residência do ex-presidente Lula e na sede da Bancoop;
          2. Emails internos da OAS que demonstram a necessidade de “atenção especial” com a cobertura 164, bem como os projetos da obra;
          3. Registros dos meus encontros com Paulo Okamotto, João Vaccari Neto e o ex-presidente Lula, em minha agenda do celular, no Guarujá, no Instituto Lula e na residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo;
          4. Mensagens sobre encontro de contas com João Vaccari;
          5. Depoimentos de pessoas que não estão vinculadas à OAS e que trabalharam nas obras da reforma, bem como de funcionários do prédio Solaris e também dos demais funcionários da empresa envolvidos na obra da cobertura.
          Neste mesmo período, surgiu um novo pedido do ex-presidente Lula, uma forma no seu sítio.
          Fui ao sítio com o ex-presidente ver e ouvir os pedidos de reforma e reparos, visita que foi fotografada e testemunhada pelo diretor da empresa designado para supervisionar as obras no sítio e no tríplex. Me recordo que fui em um sábado até o apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, mostrei os projetos do sítio e do tríplex para que fossem aprovados. Esta visita consta dos registros da minha agenda e em mensagens, além de ter sido confirmada no processo judicial pelo testemunho do diretor que me acompanhou.
          Com o aval do ex-presidente Lula e seus familiares, as obras começaram. O sigilo era uma especial preocupação nos trabalhos.
          As obras do sítio e no tríplex tinham custos relevantes e eram devidamente contabilizadas. Documentos internos da OAS provaram no processo que as despesas das duas obras eram lançadas em centros de custos próprios, com uma referência ao ex-presidente (Zeca Pagodinho) e as divisões “praia” e “sítio”.
          Preciso dizer que as reformas não foram um presente. Os empreendimentos da Bancoop assumidos pela OAS apresentavam grandes passivos ocultos, com impostos, encargos que não deveriam ser assumidos pela OAS. Em paralelo, João Vaccari cobrava propina de cada contrato entre OAS e Petrobras. Combinei com Vaccari que todos os gastos do tríplex e sítio seriam descontados da propina. Repito, esse encontro de contas está provado por uma mensagem minha trocada na época dos fatos, devidamente juntada no processo e ainda pelo depoimento do diretor da empresa.
          Tenho consciência de que minha confissão foi considerada no processo que condenou o ex-presidente Lula, assim como as minhas provas que apresentei espontaneamente. Não sou mentiroso nem vítima de coação alguma. A credibilidade do meu relato deve ser avaliada no contexto de testemunhos e documentos.
          Meu compromisso com a verdade é irrestrito e total, o que fiz e faço mediante a elucidação dos fatos ilícitos que eu pratiquei ou que eu tenha tomado conhecimento é sempre respaldado com provas suficientes e firmes dos acontecimentos.
          Trata-se de um caminho sem volta, iniciado em 2016 e apresentado nesta caso do tríplex, bem como em diversos outros interrogatórios que prestei, como no caso do sítio de Atibaia, Silvio Pereira, Cenpes, CPMI da Petrobras e prédio Itaigara/Torre Pituba.
          Os fatos por mim retratados ao Poder Judiciário foram feitos de maneira espontânea e voluntária, sem qualquer benefício prévio pactuado, onde, inclusive, abri mão do meu direito constitucional ao silêncio.
          Curitiba, 02 de julho de 2019

  • Realmente gente da minha laia e da laia deste ladrão, corrupto como este lula são mesmo uns grande filhos da puta. Com perdão a mãe e inclusive a dele que não tem culpa dos filhos canalhas que possuem.

  • Olá Inundado, hoje um porta voz da elitizinha proclama: O discurso de que a reforma trabalhista seria capaz de gerar empregos foi um "equívoco", na avaliação do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Batista Brito Pereira. Manchete nos jornais e sites.
    Amanhã um outro arauto dirá o mesmo acerca da reforma da "previdênssia". O dado é que primeiro se faz o estrago e então depois de assegurado o dano contra o povão é que se vem a dar a mão a palmatória. Uma toada só.

      • Rosa, nome lindo (uma rosa é uma rosa é uma rosa disse Gertrude Stein a indicar que esse vegetal é um dos raros no reino vegetal que não tem parentes, é sozinho na natureza), sua contribuição é tudo isso? Quer me atacar, mas nada diz sobre os fatos e as ideais. Que tal enriquecer o debate?
        Por falar em tomar, se eu pudesse e meu dinheiro desse inclinaria o copo, mas é de Chianti.

  • Uai blogueiro, como que no dia da votação do impedimento da honestíssima Dilma você não deu um pio? Seja mais coerente, cara! Agora que o seu "Deus" está mais sujo que pau de galinheiro você vem chorar?

    • A honestissima Dilma. Hahaha! Aquela da refinaria comprada a toque de caixa, ou aquela que se aposentou em 10 minutos?
      Ja sei! Aquela que achou que todos os mineiros eram iguais a voce e tentou ser eleita em MG!

      • "Honestíssima" Dilma Pasadena ?!?!?!
        Então vamos acrescentar mais uns "honestíssimos": Cabral, Lula, E.Cunha, P. Maluf. Renan, Sarney, Aécio, Geddel, Jucá, Temer....

      • Helinho, Dilma é uma valorosa e corajosa mulher. Mais destemida que muito marmanjo por ai. Sofreu na pele, teve o corpo torturado. Lembra dela fitando na pupila seus algozes nos procedimentos do golpe? Generosa e idealista deixou a casa confortável de seus pais, família de classe média, e foi lutar pelo que acreditava de justo e defensável. Sempre honesta, dedicada e trabalhadora, sua acasa atual é acanhada. Um apto de 60m2, simplório que nem portaria tem. Os seguranças designados pela Presidência da República mal tem onde se acomodarem. Se ela conseguiu a aposentaria em minutos foi em decorrência de disposição da lei, ela não meteu o pé de cabra na porta.
        Quanto a refinaria, talvez você não saiba, logo depois da realização do negócio o preço do óleo fedorento, chamado petróleo, caiu muito, tipo de 90 para dezoito. Isso no imediato trouxe prejuízos e, não foi só a Petrobras atingida, ordinariamente, várias petrolíferas mundo afora perdeu dinheiro e teve problemas.
        Mas, de outro ângulo, observe que um negócio de grande monta, principalmente tratando-se de uma estatal com produtos de relevância como água, petróleo, energia elétrica etc etc não pode ser avaliado pelo que acontece em meses e nem apenas só pela variável financeira. O crivo tem de ser feito quanto a estratégia mais ampla em caráter de gerações, de décadas ou até em período mais largo. Fica esperto. Começa a fazer sentido? Abçs.
        Ah, quanto a eleição é isso mesmo, o povo as vezes dá pedrada mesmo, vide BOZZO, Alexandre Frota, Tiririca; todos foram eleitos, agora é aguentar.

  • Concordo plenamente.
    Sou um amante da minha terra e sei que não há outro país tão apropriado para ser grande (vide o nosso monumental salto na agropecuária em 40 anos, apesar dessa corja), mas com esses políticos não conseguimos sair do mesmo lugar, sempre correndo atrás do rabo!
    Diz o ministro que eles têm couro para aguentar pressão, seria melhor que tivessem decoro!
    Também sinto muita vergonha!

    • Parabens. Nosso congresso nos envergonha. Gastando nosso dinheiro. Nada realizam. Um somente um se manifestou contra o covarde que pensou estar agredindo o ministro. Esse individuo é dos varios que se alimentam das bravatas do lixo lula.

  • Ricardo, você consegue verbalizar tudo que as pessoas de bem deste nosso país querem falar. Parabéns!

  • Olá Ricardo. Seu texto realmente é um diagnóstico triste para nosso país e nosso povo. Concordo 100% contigo.

    Eu já desisti faz tempo porque esses pilantras vão continuar sendo eleitos pelo nosso próprio povo a cada 4 anos. Veja os exemplos de: Aécio, Gleisi, Renan, deputado da cueca cheio de dólares.....Não tem condições...é para desistir mesmo.

  • Realmente Ricardo, é vergonhoso tudo isso... é o poste mijando no cachorro, uma inversão total de valores... Políticos corruptos tentando desmoralizar a lava jato, para que possam voltar com os esquemas e roubalheiras...
    Ao invés da esquerda lutar para prender os corruptos que ainda não foram presos (Termer, Aécio, Romero Jucá, entre outros), ficam lutando pra livrar os corruptos que já estão presos!! Lamentável.
    Qual político foi preso antes da operação Lava Jato?
    A Lava Jato é um marco contra a corrupção. E os esquerdopatas conseguem ser contra... por ae vc vê em que lado essa gente está...

  • Me lembra muito a votação do impeachment da Dilma. Acho que ali foi pior. E mudaram alguns personagens mas a postura é a mesma. Isso só mostra que nossos representantes públicos são um lixo, o judiciário junto.

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