Do the right thing, do the right thing. Do it all the time, do it all the time (Faça a coisa certa, faça a coisa certa. Faça isso o tempo todo, faça isso o tempo todo). Trecho da canção Divisionary, do grupo americano de rock Ages and Ages
Os cinquenta anos trazem muitas coisas boas. Maturidade e equilíbrio, por exemplo. E uma certa sabedoria.
Mas trazem dias tristes também. Além do envelhecimento do próprio corpo, começamos a perder pais e avós numa velocidade difícil de suportar.
Amigos queridos têm experimentado más notícias com frequência estonteante. Nestes momentos, por sofrer ao lado deles, fico mais reflexivo que o normal.
Recentemente — em curtíssimo espaço de tempo — , me deparei com alguns velórios e enterros. Sempre que compareço não deixo de prestar atenção no que ocorre.
Os enlutados, na solidão das próprias dores. Os amigos íntimos, solidários. E uma turba ruidosa, esquecida da liturgia que o momento exige, fofoca, ri e combina almoços.
Anda me chamando especial atenção o número de participantes e a feição geral da turma. É impressionante, mas dá para conhecer o falecido e a vida que levou apenas por estas ocasiões.
Eu não conheci o pai da Laura, mas pela romaria que se formou em torno do seu falecimento, faço ideia do que perdi. Ayrton Senna ganhou um rival em homenagens.
Conheci muito pouco, e socialmente, o pai da Paula. Assim como o do Carlinhos. Menos ainda o do Maurício e do Marcelo. Mas que vida tiveram! Como eu sei? Fui ao enterro deles, ora.
E a mãe do Felippe? Caramba! Quem passasse em frente ao velório imaginaria uma distribuição de vale-presentes. Um “entra e sai” interminável e um clima de amor e gratitude, por quem ela foi, inenarrável. Mal a conheci também. Que idiota eu fui.
Espero viver muito ainda. Não estou fazendo planos de velório ou enterro, toc toc toc. Mas espero, sinceramente, ser tão homenageado como estes que citei. Será sinal de que minha vida fez alguma diferença. De que valeu a pena. Façamos valer!!
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Bravo!
Da varanda do meu imóvel vislumbro um cemitério. Reconfortante. Temos um limite!
Ricardo Kertzman,
Em poucas palavras você mostrou a importância do momento da despedida, não pelo protagonista principal (naquele momento já esta em outra dimensão), mas pelos seus amigos e familiares. O conforto dos amigos na hora do último adeus de um ente querido, faz valer, diante da morte, como a vida deve ser vivida. Na despedida de meu saudoso Pai (com letra maiúscula mesmo), cada abraço, cada cumprimento, cada piada, faziam mais doces as minhas lagrimas, e, por incrível que pareça, conseguia as vezes até mesmo sorrir. Um grande abraço e espero que o momento de nossas despedidas estejam longes, mas que aprendemos, a cada dia, a viver melhor e construir e solidificar as amizades. Um grande abraço.
Abraços
Ricardo,
É o fim de todos nós, cedo ou tarde.
Tem quem acredite em purgatório.
Purgatório para mim é aqui na Terra: é aqui que ficará decidido
se é boa pessoa ou não. É em vida que os erros são acertados
e os plntios, bons ou ruins, são devidamente colhidos.
Cada segundo "é precioso.
Lembrei-me aqui do general Villas Bôas chorando na
despedida do cargo do exército e abraçado por Bolsonaro.
Niiso, aprende-se que o que somos homenageados em vida,
contribui a deduzir o que seremos na morte.
Deficientes, por vezes, experimentam o que os cadáveres passam: vê seus entes chorando por eles,
muito tristes por suas cegueiras, surdez, paralisia e etc.
Há, infelizmente, alguns que jogam a vida e a saúde pela janela.
Exemplo, no caso de Michael Jackson, doze pessoas se
suicidaram com sua morte.
Schumacher, achando-se o senhor das leis da física, faz uma
bobagem
daquela quando anda de sky.
A vida precisa continuar sempre seguindo o rumo da sabedoria.
Usar sabedoria “é amar. asi mesmo e a vida.
Sem o cérebro vida para, tanto corporal quanto socialmente, tanto com homens, quanto com animais, natureza e, enfim, com Deus.
Abraços, amigo.
Que ótimo, blogueiro, você está ficando mais "reflexivo" (6a. linha do seu comentário). Continue assim. Sem recaída, "pelamordeDeus"!
Olá Distinto, neste tema lembrei-me do que dizia Fernando Sabino. Seu ideal de vida era nascer homem e morrer menino. E outro pensamento. Vive bem quem chega ao mundo chorando e cercado por muitos que ri e ao partir saia rindo e deixe muitos chorando.
Olá Distinto, eu quero morrer aos 97 anos, assassinado por um marido ciumento! Tenho dito.