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O brasileiro enfim perde a paciência e começa apoiar o combate contra o crime

A população mansa e pacífica, que outrora condenava a Lei e solidarizava-se com bandidos, parece estar mudando de rumo

De tão cega, a Justiça nos cansou (Imagem: Google)

Alguma coisa mudou. Alguma coisa está mudando. De uns tempos para cá percebo uma certa má vontade, digamos coletiva, em relação ao crime e à violência no país.

Sou de uma geração acostumada, na adolescência e parte da juventude, a assistir cenas lamentáveis de cidadãos se rebelando contra a polícia, ao prenderem pivetes e até mesmo assaltantes.

Diversas vezes eu vi gente xingando policiais e até os impedindo de algemar bandidos. As pessoas gritavam: “covardes, para que isso?”

De igual sorte são lembranças sobre uma espécie de idolatria a servidores públicos corruptos. Eram tidos como espertos e até invejados nos círculos sociais. “Fulano é gerente do Banco do Brasil, ganha um salário normal e olha a casa em que mora”.

Políticos ladrões eram personagens folclóricas até recentemente. Andavam pelas ruas e eram saudados pela esperteza típica dos adoradores da Lei de Gérson.

Maluf, Sarney, Antônio Carlos Magalhães. Newtão!! Por algum motivo estes sujeitos gozavam da simpatia popular. Lula ainda goza, não é mesmo?

O fato é que me parece que essa lua de mel acabou. Ou caminha para o fim.

Dias atrás, circulou um vídeo pela internet. Nele, se via um ladrão, que fizera refém uma senhora de idade, sendo alvejado e morto por policiais. Em seguida, populares corriam rumo aos militares e os saudavam como heróis.

As admoestações a que vêm sendo submetidas figuras públicas corruptas, ou coniventes com a criminalidade, como políticos e ministros do STF, reforçam essa minha percepção de intolerância.

Nas redes sociais, então, tal fenômeno é notório. Se as telas fossem do tipo “realidade aumentada”, escorreria sangue nos comentários.

Particularmente acho ótimo. Finalmente a sociedade brasileira está acordando e se rebelando. Se ainda não toma atitudes mais drásticas, e até mesmo violentas, ao menos já não se mantém calada e inerte.

Desde 2013, manifestações populares vêm mudando — e moldando! — o Brasil. As últimas eleições refletiram claramente tal desejo de mudança.

Falta agora um rumo mais claro e ações mais concretas contra quem ainda insiste em aprisionar duas centenas de milhões de brasileiros em um sistema onde criminosos estão livres e inocentes presos.

Com Sergio Moro no comando da Justiça, me parece que passos ainda mais largos serão dados.

O resto… É com a gente!

Leia mais.

Ricardo Kertzman

View Comments

  • Ricardo Kertzman,
    Sempre que posso leio seus posts. Tenho a mesma indignação frente às atitudes (ou a falta delas) de nossas autoridades. Percebo que você consegue traduzir bem este sentimento que se estende para além de nossa geração. Lamento, no post acima, a associação de servidor corrupto à figura do funcionário do Banco do Brasil. Não faz justiça aos milhares de funcionários que ali trabalham ou trabalharam essa associação. Parece mesmo deslocada para quem lê os seus textos. Talvez fruto da pressa ou de uma má escolha.

    • Caro,

      Obrigado pelo comentário e pelos elogios.

      A citação do funcionário do BB é genérica e dentro de um contexto da época. Leia de novo o trecho e irá entender.

      Ainda assim, funcionários do BB não são uma especial à parte e imune à corrupção. Ao contrário. O ex-presidente da Instituição, Aldemir Bendine, indicado pela criminosa Dilma Rousseff, encontra-se preso por corrupção e condenado a mais de 10 anos.

      Abraço

      • Olá, eu entendo essa citação do "gerente do BB".
        Mesmo sendo funcionária aposentada de estatal não posso ir contra pois embora meu salário esteja sendo achatado e ainda mordido por descontos de 20% a título de "contribuição extraordinária" para tapar roubo de dirigentes mão grande por 20 anos, sei de casos de gerentes de BB que ganham 10 vezes mais que eu. Nosso trabalho era o mesmo ou quase o mesmo. Tem sim esse benefício imenso, essa disparidade imensa de salário, mas para poucos funcionários.
        Estou chegando hoje neste site e gostei muito. Parabéns e obrigada.

  • Ricardo, você tem razão. Lugar de ladrão é na cela do porão.
    Por falar em melhorias, os novos aliados internacionais do Bolsonaro poderão ajudar muito os deficientes auditivos brasileiros, com tecnologia de ponta e baixo custo.
    Está na hora dos aplicativos em smartphones substituírem os caríssimos aparelhos auditivos.
    Nos EUA, o surdo tem direito a uso gratuito de aplicativo para celular, que dispõe também de legenda on line na conversa pessoal ou à distância.
    Infelizmente, hoje, esse sistema criado por um surdo nativo, só funciona naquele país.
    O Bolsonaro, que discursou ao lado de interprete de libras, bem que poderia negociar a implantação disso aqui também para proteger os bolsos dos nossos deficientes auditivos, obrigados a pagar vergonhosos R$ 8 mil em média por cada aparelho de fabricantes gananciosos, que há mais de meio século exploram os brasileiros.
    De quebra, ele pode também pedir ao premier amigo israelense que o visitará na sexta, que implante aqui, o sistema super moderno deles.

  • Concordo em gênero , número e grau com tudo que foi dito acima , só precisamos de um STF com " homens " comprometidos com o país . Como disse um vereador do estado S. Paulo , para o colunista eu tenho só duas palavrinhas " PARA BÉNS " .

      • Pegando no pé? Se fosse alguém do PT você tinha jogado 10 pedras e feito 50 posts no seu blog. Tenha senso crítico e pare de defender seus corruptos de estimação.

          • Nuuu... Esse José Menezes é Petista da gema mesmo heim, isso que é um Petista de verdade, pelo amor...
            O cara nunca ouviu falar em ironia? Não é possível.
            É Ricardo, tenho dó de você, eta trabalho difícil, ter que explicar para Petista o que é ironia...rsrs
            Um abraço e feliz ano novo com um caminhão de paciência!

  • Olá Inundado, não é possível concordar. O brasileiro, notadamente os inocentes úteis e os inúteis, ficam viajando com as mistificações geradoras de cortina de fumaça. Claro, os oportunistas de sempre vivem a sugerir e a insinuar coisas de baixa importância e escondem aquilo que tem relevância. Então, nesse jogo de cena o povileo nem ao menos indaga: 1 - Onde estão as quantias que se divulgam que teriam sido recuperadas pela farsa jato? 2 - Por que será que o MPF não aceitou a delação de Palofi sobre os bancos? 3 - Qual o volume da sonegação de tributos em Pindorama? Pois é gente, a corrupção não faz nem cócegas o que estraga mesmo é a brutal concentração de rendas e de saber existentes no país. Isso sim é dantesco. Mas, não se iludam, nos 518 anos, salvo pequenos períodos é o que vem predominando. E ai chega-se ao ponto de se aceitar e nem se espantar quando o povo comete a insanidade de eleger o pato manco o qual é muito pior que o Collor.

    • Cidra, sua velha raposa! blz?
      Outro dia lembrei de vc... a irmã de uma amiga minha , cuja mãe é proprietaria de um restaurante japonês, é esquerdista purinha. Sempre na aba da mãe, tomando cerva importada e carne de primeira, mas não produz nada. Enfim, a mãe a colocou para ser supervisora no restaurante. Primeiro pq a mãe já está cansada, e segundo pq ela precisava de alguém de confiança. Qual foi minha surpresa quando a então supervisora, acha que os patroes exploram os empregados, pois são estes quem colocam a mão na massa, bla bla bla. .. e que a gerente é quem deveria ganhar mais do que ela, pq sabe mais do negócio. Então eu disse: Na minha opinião, vc alem de filha da dona, é a pessoa de confiança dela e nao está errado ganhar mais. Dê parte do seu salário para ela caso isso não lhe sirva de consolo. Ah CIDRA, meu velho amigo, você deveria ver a cara dela quando eu disse isso! Sua face literalmente pariu o capitalismo. Resumindo: entre engasgos e colocações mal feitas, a culpafoi para a mãe rapinosa que lhe dera aquele salário e que ela se via obrigada a aceitar. Ahahaha! Ficar sem iphone, tv a cabo e cerva puro malte? Jamais!
      Porque você nao faz o mesmo? Doe parte de sua renda a quem precisa mais. Distribua a renda! A culpa não é dos acumuladores? dos patroes rapinosos exploradores? Então, Deus o livre de ficar rico né Cidra?
      Saúde e sorte e feliz 2019

      • Prezado Rodrigo, em uma reunião comunista, certa vez, disseram que o pão deve ser repartido igualmente, contudo, todavia, entretanto, se vc chegar nessa reunião e perguntar quem irá trabalhar para ganhar o tal pão a fim de que ele seja repartido irmanamente, com essa pergunta vc será linchado e chamado de fascista opressor.
        Basta vc ver a Manuela, comunista que adora ir à Nova Iorque fazer self de IPhone de 8 mil pilas.
        Essa gente é uma mistura de José Dirceu, com Luladrão, com Estoquista de Vento, com pitadas de Manuzinha comunistinha.

        • Olás Rodrigo e Rogério, convergência, coincidência ou dupla que nem aquelas de Goiás. Cerva gelada nesse calorão é praticamente irrecusável, quem haveria de negar? No mais, já passa da hora de doses cavalares de simancois e sitocômetro porque essa conversa de comunista, marxista e similares não se sustenta. Totalmente fora do foco. Desde o final dos anos oitenta que eu não ouvia essa patacoada, mas muita gente, vocês inclusos, agora entoam essa cantilena. Faça-me o favor, por gentileza; vocês dois não devem ser tão rastaqueras assim. Ou vão insistir em passar recibo de bobos? Como diz minha mãe: larguem de bobiça!

          • Uai, como diria um bom mineiro, mas o partido da moça se chama Partido Comunista, ou será que em PC do B, aquele "C" tem outro significado?
            Será que é então "C" de Cidrac?
            Ou será C de arac? Seria comunistas de arac?
            Seria C de canalhas?
            Ou C de camaradas
            Ou seria C de cumpanheros?
            Poderia também ser C C = Criminoso Curitiba?
            Veja bem Cidrac, tudo isso é baboseira né, o real significado é C de comunista, então antes de falar as costumeiras asneiras, peça lá no "Partidão" que seja retirado o C de comunista da sigla, seria mais sensato para vc agir assim, o que acha?

          • Olá Rogério, acho não meu fi. Penso, inclusive, que ha trocentos de outros temas muito mais relevante para você se ocupar. O tema e a discussão sobre comunismo a essa hora da vida não são oportunos e nem tem cabimento. Parece aquelas indagações medievais acerca da quadratura do círculo e de se saber se Deus teria poder de construir uma pedra tão grande que ele próprio não a poderia sustentar. Veja, existem pedreiros, de seu turno a maçonaria esta espalhada pelo Brasil, quiça pelo mundo; porém ela não é mais uma instituição do pedreiros. Sacou? Vai continuar amolando?
            Se for continuar com esse nhem nhem nhem eu vou ter de lembra-lo que sua rodilha caiu foi em outro local. Pode parar dar dar volta na grama.

  • Suas opiniões parecem redações de estudantes de nível fundamental. Pelo menos desta vez o presidiário não foi o foco das suas baboseiras. E que venha a sua resposta deselegante e debochada. É o que você faz de melhor!

  • Dias Melhores à vista... assim esperamos todos! Espero que ao menos a economia avance um pouco e a segurança fique boa. Se isso for feito, será um grande passo.
    Aproveito para deixar um abraço ao Luis Inácio, que segundo fontes, preferiu ficar mais quieto na virada do ano e não vai comemorar.
    #AvançaBrasil!

  • Quer saber: é bom ver o STF de férias e os Deputados e Senadores serem trocados. Da uma sensação de segurança pública e jurídica inexplicável!

  • Gosto de me informar, principalmente onde há trabalhos sérios, portanto vou fazer referência a um estudo do IPEA, TD 1808, "Evolução e Determinantes da Taxa de Homicídios no Brasil", de Janeiro de 2013.
    Neste estudo encontra-se uma relação direta entre o aumento do encarceramento e a redução dos índices de homicídio. Parece óbvio, mas é importante ter estas referências objetivas, para evitar que a discussão caminhe por meandros ideológicos, com achismos de toda sorte.
    Sim, violência se combate com polícia. A intervenção no Rio foi mais uma comprovação disto.
    Esperemos que a longo prazo outras políticas públicas, que incluam ensinar a pescar, e não dar o peixe, também contribuam para a redução da violência, mas a curto prazo é preciso vigilância e defesa dos direitos civis da maioria, e os órgãos de segurança pública tem que agir.

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