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Bolsonaro é a incerteza do acerto. Haddad ou Ciro a certeza do erro

Entre as tragédias anunciadas, Bolsonaro é a única que pode surpreender positivamente. Ciro e Haddad não surpreendem jamais

Fotomontagem: Google Images

Recentemente, li um artigo brilhante que me fez pensar um bocado. Por coincidência, recebi um comentário de um leitor (Tiago) que caminhou na mesma direção.

É certo que o verdadeiro animus democrático foi-se do País. Estamos divididos por dois extremos que não se tocam. Um comprovadamente danoso e vil  (o lulopetismo e suas derivações mais ou menos radicais, incluindo aí Ciro Gomes), e outro com grandes chances de ser tão ruim quanto  (o bolsonarismo, ainda que ressalvadas todas as características em contrário do primeiro, leia-se: corrupção, aparelhamento do Estado, degradação moral e ética, etc).

O chamado Campo Democrático foi engolido por uma onda que misturou ignorância (por um lado) e vingança (por outro). Há notórios ignorantes nos dois extremos — aqueles que adoram os mitos, independentemente do que digam ou façam — e eleitores vingativos também — os que dotados de alguma boa-fé, capacidade e honestidade intelectuais, senso crítico e mínimo de racionalidade, irão votar apenas para combater o mal maior.

Pessoalmente, me enquadro nos vingativos. Como faço parte da ínfima parcela da população, que paga a conta mas não manda nem é ouvida, e como os candidatos com os quais me identifico, a saber, Henrique Meirelles e João Amoedo, não têm a mínima chance, me restou  — na falta de um líder de centro-direita — optar por quem poderá saciar minha “sede de vingança”, ainda que ciente de todos os riscos que isso implica.

O Tiago (leitor) culpa-se um pouco e pensa que houve certo exagero no sentimento antipetista. Eu discordo! Não há exagero, dentro da lei, no combate à tudo o que o lulopetismo representa e fez com o País. Na sua (dele) opinião, só existe o bolsonarismo por causa deste exagero. Também discordo! O bolsonarismo existe porque: 1. Há admiradores do deputado e seus valores; 2. Pela absoluta ausência de representantes da centro-direita.

Fosse Geraldo Alckmin um tanto mais pró-ativo e carismático, e fosse ainda de um outro partido menos odiado que o PSDB, seguramente seria este representante, e muito provavelmente estaria disputando o segundo turno contra ou Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad, com reais chances de uma vitória folgada. Ocorre que nem uma condição nem outra existem. Ou retorna-se ao modelo criminoso do PT ou arrisca-se uma aventura autocrata.

Eu não tenho a menor esperança no sucesso de um governo Bolsonaro, mas admito que esta hipótese, ainda que remotíssima, existe.  Por outro lado, eu tenho a mais absoluta convicção do fracasso — em qualquer campo — de um novo governo de esquerda (seja o poste do presidiário, seja o coroné falastrão). Assim, como prefiro tentar sobreviver à morrer, ainda que à custa de muita dor e sofrimento, estou seguro do meu possível erro e da minha escolha.

Relaxe, Tiago! Seja qual for o resultado, o Brasil não irá acabar. Só piorar; mais ou menos, hehe.

Leia também.

Ricardo Kertzman

View Comments

  • __A maior vitória não são bens materiais e sim o presente de dormir todas as noites com a consciência tranquila e acordar com o brilho do Sol...

    VIVA JAIR BOLSONARO. 17.

    • o '13' resgataria a dignidade que apoia criminosos, corruptos e presidiários...
      Sinceramente, eu jamais apoiarei qualquer criminoso por pensar na dignidade dele e na minha!

      Aqui vai o contraste onde a luz brilha mas muitos só olham para as sombras:
      Se você tivesse o mínimo discernimento de dignidade saberia explicar minha indignidade.

  • O maior problema do Bolsonaro não está nele e nem na equipe dele, o pior vai ser o continuísmo na câmara e no senado...os mesmos nomes, os mesmos conchavos, as mesmas mutretas...infelizmente, é o reflexo de quem vota neles.

    • Te entendo perfeitamente Milton e vc está correto.
      A única possibilidade é votar em candidatos que não possam dar continuísmo, ainda estou escolhendo em quem votarei para esses cargos mas não reelegerei um 'antigo' deputado que é até meu amigo de longa data.
      Se eu não fizer assim optando por novas escolhas, não 'provocarei' mudanças que dependem de todos nós.
      Abrs!

  • Concordo com a opinião sobre os extremos e adoração a Novos e velhos líderes... somos uma sociedade com muitas necessidades.
    Porém entendo que uma vez Bolsonaro eleito sera fiscalizado, e ter a a maior oposição da história. Mais um motivo a arriscar.

  • Voto na ficha limpa, voto na honestidade, voto na coragem, voto na disciplina, voto contra o kit gay, voto contra a ideologia de gêneros, voto contra o Foro de São Paulo, voto contra a Petrobrás da Bolívia dada de presente àquele país, voto contra o BNDES aplicar 47% de seus financiamentos em países que pertencem ao acordo do Foro de São Paulo, voto na esperança de ver um dia, alunos de escolas públicas cantarem, com emoção e respeito , o Hino Naional, voto contra a compra de uma sucata chamada Usina de Pasadena (USA), voto contra assassinatos políticos nunca esclarecidos, voto contra a administração de um país vindo de dentro de uma penitenciária. Acho que nem preciso dizer em quem votarei, fica muito fácil deduzir.

  • “É a economia, estúpido” (*)
    (James Carville, marqueteiro de Bill Clinton)
    “A história é cíclica, e a gente tem que aprender com ela” (minha filha)

    PORQUE A ECONOMIA É O MAIS IMPORTANTE
    (Ou: vamos aprender com a história?)
    As chamadas redes sociais estão cheias de afirmações sobre fascismo, comunismo, nazismo etc. Muita gente repete, como um papagaio, clichês, bordões, lugares-comuns sobre esses temas, mas quase ninguém se dá ao trabalho de ocupar um pouco de seu tempo para descer um abaixo da superfície das coisas para entender do assunto.
    Mas o que a história tem a nos relatar (ou até mesmo ensinar, nos dar uma lição) sobre essas verdadeiras pragas que nós humanos produzimos? Para isso, precisamos fazer uma viagem lá para o século XX, aquela época e teatro histórico onde foram encenadas as maiores tragédias da história humana, onde em nome de utopias e crenças escatológicas, nós humanos cometemos os maiores crimes contra nós mesmos em toda a nossa história. Pois foi em nome de uma utopia que prometia o céu aqui na terra para a “classe eleita”, que nós criamos um inferno que matou mais de 100 milhões (em tempos de paz) e escravizou povos inteiros sob o totalitarismo comunista. Como foi, também, em nome de uma outra utopia escatológica que prometia um “reinado de 1000 anos” para a “raça superior”, que nós criamos o inferno de atrocidades, um holocausto e a escravização de povos inteiros sob o totalitarismo nazista.
    Mas, por que os dois maiores infernos produzidos pelos humanos ocorreram naquela época e naqueles lugares? The answer, my friend is NOT blowin in the wind; the aswer is here, is everywhere, is now and ever , is THE ECONOMY, my friend!”
    No início do século XX, a situação as graves crises econômicas porque passavam tanto da Rússia, como da Alemanha provocaram as condições ideais para o afloramento dos extremismos (**).
    Até o início de séc XX, a Rússia era uma monarquia absolutista, de economia predominantemente agrária e semifeudal, com 80% da população ligada a terra em 25% de áreas cultiváveis do país, onde a aristocracia rural e o clero ortodoxo detinham o controle da propriedade da terra. As condições dos camponeses eram péssimas, a maioria eram analfabetos, e nas cidades a vida não era muito diferente que a do campo.
    Sem nenhuma perspectiva de melhora de vida, a situação econômica e social da Rússia se agravou profundamente depois da guerra Rússia x Japão, com a derrota da Rússia, aumentando assim o descontentamento de diferentes grupos sociais, provocando greves e movimentos de reivindicação, que foram duramente reprimidos pela policia czarista do regime ditador e opressor (um exemplo, o massacre conhecido como o Domingo Sangrento).

    A Alemanha por sua vez mesmo antes da crise de 1929, já se encontrava em uma posição extremamente desconfortável economicamente devido às pesadas imposições do Tratado de Versalhes, o que conduziu o país a uma instabilidade econômica sem precedentes.
    Com altas taxas de desemprego (entre 1929 e 1933 9 milhões de alemães perderam seu empregos) e um quadro inimaginável de hiperinflação (entre 1914 e 1923, os preços subiram 143 trilhões por cento), a situação de penúria, miséria e desesperança do povo alemão do povo alemão se caracterizava por gravissima crise humana
    Entre a virada do ano e junho de 1923, a inflação foi de quase 1.000% ao mês No fim de 1923, um pãozinho de 50 gramas saía por 21 bilhões de marcos; uma passagem de bonde, 150 bilhões; um jornal, 200 bilhões. As impressoras do Banco Central trabalhavam 24 horas por dia para atender à demanda por dinheiro. Mas elas não davam conta. Passaram a fazer notas de bilhões de marcos, de centenas de bilhões e até a de 100 mil bilhões. Não adiantou. Então passaram a alugar impressoras particulares, de donos de jornais, por exemplo, para imprimir mais dinheiro.
    O totalitarismo nazista-fascista e o totalitarismo comunista só se desenvolveram e chegaram aonde chegaram porque a Alemanha de antes de Hitler e a Rússia de antes de Lênin, respectivamente, se constituíam em perfeitos caldos de cultura para os extremismos.
    E o Brasil?
    Quando o PT assumiu o governo, o Brasil estava com as contas públicas em ordem: superavit primário e dívida pública inferior a 1 trilhão. Ao final dos 13 anos de farra com as contas públicas, monstruosa roubalheira de dinheiro público e NENHUMA REFORMA, NENHUMA medida concreta que desse continuidade à modernização administrativa, política e econômica iniciadas nos dois governos anteriores, o PT deixou uma profunda recessão econômica/moral/social, altas taxas de desemprego, inflação em alta e taxa de juros de 16% ao ano, 64 milhões de inadimplentes e um déficit anual nas contas públicas de mais de 160 bilhões e uma dívida pública de MAIS DE 5 TRILHÕES!!!
    A crise econômica, social e política do Brasil de hoje ainda é muitíssimo menos grave do que aquelas de Alemanha e Rússia (mesmo porque o gov atual reduziu a inflação e a taxa de juros a níveis razoáveis). Além disso, as nossas instituições são bem mais seguras e estáveis.
    O nosso grande problema é evitar que ela se agrave ainda mais, o que nos conduziria a um perigoso caminho de instabilidade descontrolada. Para isso, é de fundamental necessidade que o próximo governo adote as reformas e medidas concretas e corretas para sanear s contas públicas, oxigenar e modernizar as nossas leis e políticas econômicas. E isso o PT NÃO VAI FAZER, NÃO SÓ PORQUE NOS SEUS 13 ANOS DE GOVERNO FEZ EXATAMENTE O CONTRÁRIO, COMO PORQUE O CANDIDATO HADDAD DECLARADAMENTE PROMETE FAZER O MESMO DO QUE NOS LEVOU À ESTA SITUAÇÃO.
    (*) Em 1991, o presidente dos Estados Unidos, George Bush, venceu a Guerra do Golfo e resgatou a autoestima dos americanos após a dolorosa derrota no Vietnã. Assim, era o favorito absoluto nas eleições de 1992 ao enfrentar o desconhecido governador de Arkansas, Bill Clinton. O marqueteiro de Clinton, James Carville, apostou que Bush não era invencível com o país em recessão e cunhou a frase que virou case de marketing eleitoral: “É a economia, estúpido!” Clinton venceu as eleições.
    (**) pensar no desastre da Venezuela (sob uma ótica do “ eu sou vc amanhã”), cuja causa é decorrente exatamente do aprofundamento das mesmas medidas “progressistas” que Haddad/PT compartilham .

    • O comentário do Robes Mendes é excelente. Quem sabe o Ricardo depois não faz um"opinião sem medo" analisando a situação econômica atual do Brasil e suas implicações nas eleições?

      • agora!!

        situação econômica: catastrófica; implicações: zero (ou Henrique Meirelles estaria eleito em primeiro turno)

  • Profecias de um mago careca, tronco e sem estudo "Bolsonaro é a incerteza do acerto. Haddad ou Ciro a certeza do erro"

    • Então eu sou um mago cabeludo, com estudo, pois certamente o Haddad ou Ciro seriam grandes desacertos. O Bolsonaro, realmente, deixa muitas dúvidas... e o autor do blog não me parece ser sem estudo. Isso é, na falta de argumentos, uma agressão gratuita.

    • Jão...ô jão, JÃÂÂÂÔOO...ACORDA... oia pra mordadela...acordou? agoraprestenção:

      Não é profecia, é AFIRMATIVA.

  • A vergonha do país: hadadd pedindo orientações dentro do presidio e sendo orientado por lula, ex-presidente interno, para fazer mal feito, aqui fora...
    Quem pede maior intervenção estatal está, sem dúvida em ultima análise, pedindo mais coerção e menos liberdade para o povo...
    .
    SOU JAIR BOLSONARO. 17.

    • Isso não é vergonha Hamannda, é loucura.
      petista só pode ser louco por não perceber o que está fazendo, quem ele apoia e o resultado desse apoio para o país e o mundo.

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