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Mais uma vítima daquilo que nos tornamos

Talvez um dia, o país pare de se preocupar com a cor, o gênero, ideologia, classe social e profissão das suas vítimas assassinadas. Talvez um dia, nos lembraremos  de punir os criminosos,  e não de dar-lhes  cada vez mais  e mais direitos. Talvez um dia, por fim, entenderemos que apoiar a polícia é melhor que demonizá-la, e que não há bandido bom. Ainda que morto

Em alguns dias, será mera estatística

Alguém se lembra de um garotinho chamado João Hélio? Uma figurinha que, com apenas seis anos de idade — hoje estaria com quase dezoito — foi arrastado por um carro, por seis quilômetros, até cair morto, desfigurado?

Marielle Franco, sinto muito em dizer isso, será apenas mais um João Hélio. Aguardem alguns dias, talvez meses e pronto. A comoção de hoje estará devidamente arquivada, ao lado de tantas outras, no vasto armário das tragédias brasileiras.

Ao ver juízes do Supremo com carinhas de choro, clamando por menos violência — os mesmos que em breve decidirão que ninguém poderá ser preso, após condenação de segunda instância, apenas para poder livrar o ex-presidente Lula da cadeia; os mesmos que decidiram não prender ninguém por furto de celular; os mesmos que acabaram de colocar 5 mil criminosas presas, nas ruas, pois mães ou com filhos menores em casa, como a esposa de Sérgio Cabral; os mesmos que concederam, meses atrás, liberdade provisória ao ex-goleiro Bruno…

Ao ver absolutamente todos os políticos e partidos de esquerda fazendo proselitismo político sobre o cadáver da vereadora — os mesmos que são contra prisões; que são sistematicamente contra o recrudescimento da lei; que são amplamente a favor de menores criminosos, por mais hediondos que sejam; que berram todos os dias contra a polícia; que demonizam as Forças Armadas…

Ao ver os artistas globais pregando a repugnante divisão da sociedade entre homens e mulheres, pretos e brancos, pobres e ricos — os mesmos que querem a legalização das drogas; que insurgem-se contra a polícia a cada morte de traficante; que soltam pombinhas brancas na praia, enquanto financiam o tráfico com o consumo desenfreado de drogas…

Ao ver o “de sempre” William Bonner, editor do Jornal Nacional, da Rede Globo, preocupar-se mais com os gritos de “Fora, Temer” que com a vítima — o mesmo que apoiou Lula e o governo mais corrupto do mundo; o mesmo que apoiou Sérgio Cabral e o governador mais corrupto do mundo; o mesmo que tentou apear Michel Temer da presidência, em conluio com Rodrigo Janot…

Ao ver, como de costume, a suspeita recair sobre a Polícia, sobre o Exército e nunca, jamais, sequer minimamente sobre traficantes e milicianos do tráfico…

Ao ver, também como de costume, ou melhor, ao não ver, absolutamente ninguém culpar os assassinos, os traficantes, os sequestradores, os estupradores e afins…

Ao ver uma mãe — isso, sim, é um rótulo que mereceria destaque! — ser reduzida ou a mulher, ou a negra, ou a favelada, ou a homossexual, ou a militante (como se outros mortos homens, brancos, ricos, heteros e não-militantes merecessem menos viver)…

Ao ver um motorista, pai de uma criança de um ano, igualmente executado tornar-se mero coadjuvante, já que um não-militante de esquerda…

Ao ver tudo isso, meus amigos, é o que me dá a certeza de que Marielle Franco tornar-se-á, em breve, mais um João Hélio.

E após ela, um outro, um outro e um outro… até que a morte nos separe e a ladainha hipócrita recomece outra vez.

Leia mais.

Ricardo Kertzman

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  • Lamento a morte da mulher,mas o que me deixa irritado é um monte de gente aproveitando esse triste momento para aparecer na mídia, pessoas que nunca ouviram falar dela e agora aparecem como grandes amigos dela.
    O que me chamou a atenção foi o tanto de protestos que ocorreram,mas somente porque ela era uma vereadora,não aconteceu isso quando crianças inocentes foram mortas nessa mesma cidade.
    Me pergunto porque não temos esses mesmos protestos para mudarem as leis penais para que as penas sejam duríssimas contra bandidos,estupradores etc...
    Se ela fosse uma mulher normal do dia a dia seria apenas mais um numero para aumentar o numero de mulheres mortas,e grupos idiotas fazerem seus protestos de sempre.
    Como disse o Ricardo o que vai mudar com a morte dessa moça eu digo nadinha,mas com certeza vai aparecer pessoas tentando ganhar popularidade e votos com a morte dela.

  • A maioria dos pontos que o blogueiro escreve aqui procede. Alguns outros não, pelo fato de se aterem à superfície do fenômeno e se negligenciarem - por algum motivo - quanto ao que está no subsolo dos eventos que se nos aparecem agora.

    É preciso saber, antes de tudo, que uma pessoa para saber se portar como ser humano e não como bicho, tem que passar pelo processo de civilização de maneira adequada. Do contrário, fica preso ao instinto, ao bárbaro, ao rude, ao inconsciente, ao peso do desalmado e da selvageria.

    O que ocorre com o Brasil e com o Rio de Janeiro de maneira mais acentuada - historicamente - é que apenas uma parte da socieadade (por uma série de motivos) teve condição de passar pelo processo civilizatório. Apenas um segmento pode aprender a comunicar e pensar propriamente, compreender a necessidade de se usar melhor a linguagem e o vocabulário, a ter melhor noções de higiene e estética, a se expressar de maneira polida e não gutural. Apenas uma porção pode estudar, desenvolver habilidades psicológicas, formar-se enquanto gente,
    aprender ofícios, trabalhar, enfim, tornar-se cortês, urbano, polido, bem-educado, e não o contrário disso.

    Mas o Rio de Janeiro, junto com Salvador, foi uma cidade no Brasil das que mais empurrou gente para os pés-de-morro, para as encostas, para os sem-fim da cidade. Ali, em condições super-super-super precárias, sem escola, sem saneamento básico, sem o processo civilizatório ocorrer, estavam aquelas tantas e tantas almas que tiveram que permanecer na sua existência rude, normalmente negra, privadas do acesso a estes bens civilizatórios, alimentando um monstro social que iria explodir - da maneira mais terrível do que nunca - na segunda década dos anos 2000.

    Como resultado desse processo de privilégios por um lado, e restrição e afastamento de outro, aliado a uma série de outras questões, criou-se no Rio de Janeiro uma cultura de deturpação, desvirtuamento, de sedução, de compra e aliciação, que se avolumou e tomou um corpo muito forte.

    Olhando a coisa sem paixão e sem forçar a barra, temos que admitir que a própria polícia é agora vítima de processo e historicamente có-criadora dele. Qualquer um que tenha ido ao Rio de Janeiro e conversado com quem é de lá, sabe que historicamente é uma polícia que tortura, alicia, intimida e mata. Isso é fato. Não há como omitir. O ódio da população à polícia não é um fenômeno que caiu do céu de uma hora para outra. Algo aconteceu através dos tempos e acontece.

    Eu sou branco, alto, decendente de Italiano, nasci e cresci na capital, estudei na PUC no Coração Eucarístico, moro hoje na Polônia depois de ter morado em Dublin, na Irlanda, por alguns anos. Então, o que vou dizer aqui não é algo de um 'gente recalcada como a própria cor e condição social' como certa vez ouvi numa discussão sobre um tema. Tampouco sou de partido esquerda. Mas uma coisa que é fato sim para mim: é que o comportamento da classe média e alta no Brasil, quer que os bens sociais fiquem só com eles. Ponto. Não querem repartir a coisa. É de que o próximo se foda. É de tratar a empregada doméstica como a escravinha da casa sim. É a mentalidade do 'só tinha gente bonita na festa' para dizer implicitamente que não tinha negros.

    Um dia conversando com uma estudante, ela me dizia - na época do segundo mandato do Lula quando a coisa andava boa para a economia brasileira - que o país ia bem mas não aprovava aquele governo porque este não governava para a classe dela. Meu Deus, que tipo de mentalidade é essa!

    Sou muito cético quanto a esta moçada que levanta muita bandeira, mas algo que eu notava quando eu subia e descia a cidade - em ônibus sempre lotados - para dar aulas de inglês em tudo quanto é bairro de BH: os estudantes de zona sul eram os últimos a me pagarem: sempre! Comportavam-se muitas vezes como se estivessem fazendo um favor para mim em ter as minhas aulas. Era revoltante! Sorriam na hora de ter as aulas. Na hora de pagar era um drama com os da 'gente de bem'. Então, naquele tempo comecei a ver que este tipo de comportamento repetido, revelava uma mentalidade e uma estrutura. Isso em Belo Horizonte. Agora, potencialize este tipo de mentalidade numa cidade como o Rio de Janeiro que recebeu 'Belle Époque' e milhões de escravos africanos. Uns permaneceram recebendo todos os bens culturais e novidades civilizatórias que vinham da Europa. Outros, despejados no morro como mercadoria suja vindo como escravos.

    E o tempo foi passando, as gerações foram passando aos seus filhos o que tinham para passar, de um lado e outro, e neste interim, os 'nós e eles' de cada segmento, chega em 2018 na caoticidade.

    • Daniel, concordo que, como você disse, por uma série de motivos parte da população não é civilizada. Mas um desses motivos, para mim o mais determinante, é a impunidade. Ainda jovens, as pessoas veem na comunidade onde vive os exemplos a seguir; de um lado a opção de uma vida com muito estudo e trabalho de pessoas honestas e que são vítimas dos chefões do tráfico versus a vida dos bandidos e marginais, que ostentam luxos e prazeres e quando, bem dificilmente, são presos, são soltos em pouco tempo pelas leis flácidas brasileiras. E até quando na cadeia permanecem poderosos. Fica bem difícil a primeira opção dessa forma.

    • Amigo, vc chegou à raiz do problema. Meus parabéns. Não que a maioria das pessoas já não soubesse. Toda vez que aparece esse assunto nós lemos essa mesma história, mas enfim...
      Agora me diz, a solução para os problemas gerados pelos erros cometidos no passado no nosso pais é simplesmente tratá-los como coitadinhos vítimas da nossa sociedade? É justo com o restante da população? Como foi resultado de um processo discriminatório, não devemos resolver?
      O problema está formado. Se nada for feito, vai perpetuar.

      • Boa pergunta, mas não precisa voltar muito no passado, é só tomar como referencia os governos do PT, foram treze anos de retrocesso financeiro . Aquilo que diziam que tiraram milhões da pobreza, foi somente um artificio contábil. Nos governos do PT os beneficiários do bolsa eram contabilizados como pessoas com trabalho, apenas isso. A renda familiar de referencia para ser considerado de classe média baixo de cerca de RS 1000 para RS 291, isso não foi melhoria das condições de vida das pessoas, foi uma farsa de marketing do PT. Agora falando da violência, no mesmo dia que a vereadora foi cruelmente assassinada, um pai foi morto a tiros na frente do filho de cinco anos. Pouco tempo atrás uma médica foi assassinada com dois tiros durante um assalto, só que ela não se enquadrava nos critérios das esquerdas, para a sua família ser acolhida. No Rio este ano já foram assassinados 26 policiais e no Brasil morrem, anualmente, mais de sessenta mil pessoas assassinadas, essas vitimas invisíveis não contam?

    • Vc indiretamente repete o surradíssimo clichê de que a "classe média e alta no Brasil, quer que os bens sociais fiquem só com ele", ou o maniqueísmo simplista de dividir o mundo entre os anjos que lutam pelos pobres e os que diabinhos que querem que os pobres se fodam.
      Quem gosta de pobre inserido no na economia ( comprando geladeiras, automóveis, casas, passagem de aviões etc.) são os ricos (capitalistas, acionistas, comerciantes etc) e a classe média (engenheiros, administradores, médicos, economistas...) que teraõ mais lucros/dividendos e mais empregos. Quem gosta de pobre empobrecido, dependente e clientela fiel são os "país dos pobres"- que ficaram 13 anos no poder e entregaram um país mais com mais miséria, diferenças sociais e instabilidade econômica e social.
      Colocar nos ombros das classes médias a responsabilidade pelas mazelas sociais de um país cujo gigantismo estatal e anti-empreendedorismo arraigados (tão defendidos pelo dogmatismo esquerdiota) serve como um vetor de concentração de renda e de privilégios, é praticar o raciocínio binário, simplista do "nós e eles" : é enxergar o um mundo reduzido a A ou B: ou se é demônio ou santo, herege ou crente...)

      Inclusão social, meu caro, não se faz dividindo migalhas, dando esmolas; se faz, de um lado, investindo em infraestrutura e incentivando a empreendedorismo, o desenvolvimento econômico, a criação de empregos/riquezas e, de outro, promovendo as condições sociais que limitem privilégios estatais e permitam aos menos favorecidos gozar de oportunidades iguais (investimentos em educação, saúde, saneamento etc).

      • Robes, assino em baixo. Quem quer que os pobres continuem assim é a esquerda. A esquerda precisa dos pobres. É o oxigenio deles. O dia que os pobres (sejam negros ou brancos) se tornarem ricos (e com mais informação e poder de crítica) a esquerda murcha e acaba. O discurso barato e falso deles para de ter eco.

      • Não discordo de você robes: "investindo em infraestrutura e incentivando a empreendedorismo, o desenvolvimento econômico, a criação de empregos/riquezas e, de outro, promovendo as condições sociais que limitem privilégios estatais e permitam aos menos favorecidos gozar de oportunidades iguais (investimentos em educação, saúde, saneamento etc).". Acho ainda que, deveríamos privatizar, elaborar leis boas, fiscalizar e fazer dinheiro com isso para investir no país e nas pessoas.

        Contudo, atentei para alguns aspectos que são reais, ainda que pareçam clichês. Gostaria de repetir que não sou petista, nem 'esquerdista enrustido' mas é muito claro para mim que não foi o PT ou o partido de Marielle que criou o "nós x eles". A favela em si é um "nós x eles", o "só tinha gente bonita não festa" dos meus alunos é um nós x eles; a miséria, o atraso, a concentração de renda na mão de meia dúzia em detrimento do resto é um nós x eles, a novela da tv só com gente branca é um nós x eles. Justiça é dar a cada um o que lhe cabe. Este linchamento moral dado a este partido que dirigia até recentemente o país, e por outro lado, o indulto, a clemência aos outros criminosos que patrocinam a nossa desgraça há muito tempo, é uma injustiça, me parece um disparate, é algo que às vezes chega a ser surreal. A morte de Marielle Franco, vereadora do partido no Rio de Janeiro, é só a expressão de um problema histórico. O motivo pela qual ela morreu causa agora maior repercussão do que outros pelo fato dela estar, até há pouco, batendo de frente justamente contra esta gente que patrocina este estado de caos no Rio. É muito difícil de se ver isto? Eu penso que não.

        O blogueiro aqui não se cansa de repetir de que lugar de bandido é na cadeia. Okay, é mesmo. Mas, porém, contudo, todavia, se prendermos todo mundo que tem que ser preso no Rio, por exemplo, precisaríamos de mais 200.000 vagas HOJE, exatamente agora. E por que? Pelo fato de que este estado que aí está, tornou-se uma fábrica diária de bandidos e gente da pior espécie. E onde isso se baseia: numa mentalidade que não quer largar o osso do poder, que não quer dividir, que não quer enxergar parte do problema, que não se preocupa sobre como o processo civilizatório é construído (e não quer nem saber, apenas fruir benesses), que teima em não investir, que pensa que é mais gente que a outra, que não entende que a civilidade, o belo, o limpo, é algo construído. Curioso, é que ao mesmo tempo cobra resultados de civilidade deste medo povo segregado historicamente.

        A seguirmos esta lógica míope de que 'temos é um problema de segurança no país" e não se investir MASSIVAMENTE onde tem que ser investido, a coisa vai só piorar e piorar e piorar.

        A coisa das cotas, por exemplo, surgiu no Canadá, por que eles reconheceram lá que diante de uma realidade histórica, absolutamente ridícula e desumana, é muito mais difícil, a alguém com um background fodido, conseguir se promover. O estado canadense pensou então: vamos promover estas pessoas com esta medida transitória. E funcionou e funciona.
        Mas aqui como é a coisa: é o estado dando vida boa para estes vagabundos com o meu dinheiro. Esta é a mentalidade que temos.

        • Nunca vi um comentarista nesa coluna desse “blogueiro” tão sensato. Parabéns, Daniel. Pena que sua escolha foi viver fora ( e a entendo perfeitamente): precisamos de mais gente como você nesse país de linchadores morais e superficiais.

        • Daniel,
          Para investir em educação, saúde, saneamento, assistência social, moradia e infraestrutura, etc, é preciso haver recursos públicos para tal. Vamos ver então como estão as finanças públicas deixadas pelo PT, depois de 13 anos (quase uma década e meia!) de governo:
          1) Dívida pública de 4 trilhões (quando assumiu era de menos de 1 trilhão); e
          2) Déficit nas contas públicas de mais de 150 bilhões/ano.
          Faço 2 perguntas: 1) Como investir no social, como promover esses investimentos fundamentais sem ter recursos e, ainda, estar com as finanças em situação de descalabro, com a receita comprometida e até mesmo p/ cobrir os gastos correntes para as próximas décadas 2) O que fez o gov PT com o dinheiro público, nestes 13 anos no poder, para nos deixar nesta situação?
          (não estamos falando de migalhas, mas de bilhões e trilhões!)
          Vc fala muito em “dividir”. Dividir o quê? As faraônicas, superfaturadas e inúteis obras da Copa e da Olimpíada (as milionárias propinas delas já foram divididas hehehe)? Os 30 milhões que o Lula recebeu de propina da Odebrecht? Os milhões que enriqueceram a família Lula e aos Cabrals, Cunhas da vida? É muita grana, mas não chegam nem aos pés dos bilhões, trilhões. O que os govs PT deixam é a conta a pagar de bilhões, trilhões da dívida pública e da roubalheira da Petrobras, Eletrobras, o desemprego, a insegurança, a falta de saneamento básico, o sistema de saúde pública matando pobres aos montes, etc.
          Bom, e o que fez os govs do povo nestes 13 longos anos? O Bolsa-Família, que nada mais é juntar e dar outro nome ao Bolsa-Escola, Vale Gás, Vale Alimentação (criados no gov FHC) ?. As inúteis obras faraônicas da Copa/Olimpíada, feitas para iludir o povão e criar a imagem de um grande Brasil ? Reforma Fiscal, previdenciária, trabalhista, política? NADA,NENHUMINHA: apenas muita propaganda marqueteira (alimentada com propinas milionárias), muito discurso e bravatas de palanque, né?
          Os pobres tirados da miséria pela propaganda marqueteira e pela falsificação de dados ( transforma pobres em classe média mediante a alteração nos critérios de classificação de renda: o pobre dormiu pobre e acordou pobre no outro dia, mas pelos novos critérios passou a ser considerado classe média!). veja o levantamento do IBGE.
          E o Rio de Janeiro, que continuou ainda mais pobre, corrompido e violento, com governos supercorruptos, eleitos pelo apoio do superpopular Lula à época? E as UPPS, aqueles bibelôs que sem prender bandidos queria promover a “pacificação” deles? Tipo assim: os traficantes/milicianos militarmente armados fariam uma reunião:
          -Pô, mano, vamo pacificar, vamo colaborá, vamo procurá emprego, vamo ina missa nus domingu, purqui tô morrenu de medo dessas up sei lá o que!
          Deu no que deu, né? Medidas de fachada, inauguradas com muita fanfarra, muito discurso de palanque, e sem investimentos concretos, deu no desastre que está aí. Deu no aumento das chacinas dos pobres-que, agora, que produziu uma vítima da esquerda caviar/Ipanema, provocou uma ira como “nunca antes neste país “ se viu em relação às dezenas de zés-ninguém vitimados pela absoluta falta de segurança neste Brasil-Síria.

    • A violencia no Rio (inclusive da polícia) piorou e muito a partir da coligação entre o PMDB carioca e o PT de Lula. O populismo ganhou força escondendo a pilhagem que se fez do estado. O PMDB pilhando o Rio e o PT a Petrobrás, Eletrobrás, BNDS, CAIXA, enfim, o pais todo. O Rio está destruído financeiramente e principalmente moralmente. Não se pode condenar uma parte somente Daniel, no caso a polícia. Tudo está ligado e olha que a esquerda tem muita representatividade neste estado. Esta intervenção é a ultima chance a curto prazo.

    • Desculpe mas não concordo, a classe média é formada por trabalhadores como qualquer outro, acordam cedo para trabalhar, ganhar o nosso pão de cada dia. Você é tão preconceituoso como qualquer um, o brasileiro atualmente vive de criar tipos, branco, preto, homo, hetero, pobre, rico, amarelo, vermelho, o que for polarizar e ser dono da verdade. Nossa sociedade esta doente, e a muito tempo, precisamos de principios, honestidade, igualdade, o valor do trabalho, justiça dura com leis duras, mérito a quer se esforça, racionalidade. Nossos valores estão todos deturpados, por isto colhemos o que plantamos. Por esta vivência internacional, morar fora, deveria já ter aprendido por que estas sociedade europeias funcionam, tem ricos sim, tem podres, negros, brancos, refugiados, sim, mas vivem em harmonia. Polonia foi destruida duas vezes em duas guerras mundiais, e hoje é um pais digno, quais o valores levaram a sociedade poloneza a se reerguer? Irlanda também foi destruida por uma guerra civil interna, hoje é um dos paises mais prosperos da europa, quais os valores a sociedade irlandesa valoriza para ser tornar pacificada prospera, aposto que estão entre eles, o trabalho duro, o valor da familia, sacrificio, dignidade, harmonia, igualdade, Você da deveria ter aprendido isto ao invés de destilar seu odio por aqui.

      • Só mais uma coisinha, nos tornamos uma sociedade hipócrita, a hipocrisia é uma das piores pragas de uma sociedade, ela esconde o que tem de ruim. Somos invejosos, descrentes. Isto tudo é bom para quem? Quem se beneficia com esta guerrinha de rede social, textões, etc? Estamos proximos à barbárie, o Rio de Janeiro vive isto hoje. Pagando preço por tanto desmando, por tanta falta de bom senso, tanta roubalheira e corrupção. E quem elegeu os corruptos? Defensores dos bandidos? SOMOS HIPÓCRITAS.

        • Bem vindo à caixa de comentarios do “blogueirinho”. Aqui, quando se argumenta quer dizer que você destila ódio...

    • Não existe País que seja civilizado e próspero que não cuide de suas crianças em escolas de Ensino FUNDAMENTAL PÚBLICAS de Excelência,isentas de partidarismo político e com professores realmente competentes.Policia e soldado são só paliativos,buchas de canhão de poderosos,aliviam mas não curam.Criança educada transforma e propicia à sociedade uma justa e seletiva competitividade natural.
      Cidadão exigente e competente é que faz um país realmente seguro em todos os aspectos.

  • Absolutamente nada acrescentar... extremamente bem pontuado a opinião. Não que sejamos indiferentes ao ocorrido, não mesmo. Mas a proporção em que a mídia foi levantada, fiquei a pensar em sua fala (como se outros mortos homens, brancos, ricos, heteros e não-militantes merecessem menos viver)… complexo né?? Toda e qualquer forma de crime é abominável, desprezível e transgride totalmente o valor de qualquer pessoa. A minha dúvida é, qual o foco querem mudar neste momento? Mediante um cenário de tamanha corrupção, decadência na saúde, educação? Chegou a ser patético a cara do plenário de tamanha "consternação"... Que País é Este??

  • Bom dia!!!

    Parabéns!!! Excelente texto. O melhor que já vi aqui no "Opinião sem medo".
    Você disse tudo aquilo que eu penso.

  • Ricardo, parabéns pela opinião sem medo, chega de hipocrisia nesse pais. Marielle Franco não é de longe, diferente, de tantos outros que tombaram pelo caminho.

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