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Santa incompetência, Batman!

Os mais antigos certamente irão se lembrar das falas do garoto prodígio, Robin, da dupla Batman e Robin, que divertia a molecada nos anos 70/80

Orgulho destes rapazes!

“Santa crueldade, Batman; Santa rapidez, Batman; Santa precisão, Batman”. Santa isso, Santa aquilo. Para Robin não existia substantivo ou adjetivo que não viesse precedido de um “Santa”. Ao menos era assim que nos chegava a tradução do seriado mais famoso da TV, lá dos antigamentes.

O cada vez melhor vereador Gabriel Azevedo (independente abrigado no PHS) divulgou um vídeo onde ele, Doorgal Andrada (PSD) e o igualmente cada vez melhor Mateus Simões (Novo), fizeram picadinho da aliança antipopular formada pelo presidente da Câmara, Henrique Braga (PSDB), o vereador Jair di Gregório (PP) e o prefeito Alexandre Kalil.

O busílis é o seguinte: Alexandre Kalil quer porque quer meter o dedaço nos aplicativos de transporte. Tentou por vias ilegais e levou o primeiro “sacode” da lei. Provocada pelo trio de advogados/vereadores, a Justiça tratou de colocar a prefeitura no devido lugar e restabeleceu a ordem legal ao transferir para a CMBH a prerrogativa de regulamentação — o prefeito queria fazer por decreto pessoal.

Uma vez responsável pelo devido projeto legislativo, estabeleceu-se na Câmara o rito próprio para o trâmite legal, que prevê comissões e audiências públicas. Eis que novamente entre em cena o “prefeito brucutu”. O tal vereador Jair, obviamente obedecendo ordens superiores, resolve pedir a suspensão da audiência pública que trataria do tema. Ato contínuo, mandando às favas o direito dos eleitores/contribuintes/cidadãos/consumidores, o presidente da Casa acata o pedido.

Como não poderia ser diferente, o trio Doorgal, Gabriel e Mateus recorre à Justiça e… tchan, tchan, tchan, tchan! Esfrega na cara do senhor prefeito e seus dois ajudantes de ordem, sentença judicial mantendo a audiência pública. E aí entra o Robin, hehe: ao iniciar a leitura da sentença, Mateus Simões foi abruptamente interrompido, aos berros, pelo presidente da Câmara. Inconformado, o tucano cortou o microfone do vereador e tratou de chacoalhar as plumas, já bem desgastadas pelo tempo.

O presidente ficou indignado com a expressão “incompetente”, utilizada pelo magistrado que proferiu a sentença, imaginando estar sendo xingado como tal. Mas não era nada disto, claro. Nem o juiz, muito menos o sempre elegante — apesar de igualmente sempre muito duro — Mateus Simões estavam ofendendo o “bom velhinho”. O sentido de incompetente era meramente jurídico. Mas vá explicar isso a quem sofre de, digamos assim, baixa autoestima. Ou talvez apurado senso de autocrítica.

O vídeo é hilário! Eis o link. E um pouco trágico também. Seja pela incompetência vernacular” do presidente da Câmara ou pela insistente tentativa do senhor Alexandre Kalil de afastar a população do debate de algo que tanto lhe diz respeito.

Ainda bem que o trio de vereadores salvou o enredo desta tragicomédia. É a prova de que são muito… competentes!

Leiam também.

Ricardo Kertzman

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