Eis aí uma ótima ideia para Lula copiar

O ex-líder militar croata Slobodan Praljak morreu após ter se envenenado ao ouvir sua sentença por crimes de guerra. Condenado a 20 anos de prisão em 2013, o réu havia apelado da pena, mas não obteve sucesso.

Maravilha! Este crápula foi tarde. Matou dezenas de milhares e arrasou cidades inteiras. Ao contrário do que fazem os orientais, num suicídio conhecido como Haraquiri, matou-se não por desonra ou arrependimento. Matou-se por ser o que é: um assassino que não reconhece a civilização, que não respeita o ser humano e imagina-se superior a tudo e a todos. Justiça para ele só existe na ponta da sua faca. Os orientais, quando pegos em crimes como corrupção, por exemplo, sentem-se tão envergonhados que não imaginam-se mais merecedores da vida, ainda que presos. Suicidam-se como forma de alívio.

Lula, por certo, nunca matou ninguém. Ao menos diretamente e com as próprias mãos. Suspeitas envolvendo seu nome no assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, são muitas. Marcos Valério jura ter provas do seu envolvimento. Estranhamente a Justiça não o ouve na prisão. Mas ainda que de fato culpado, ou ao menos cúmplice, o criminoso, já condenado a mais de nove anos de prisão, não o matou, como se diz no jargão penal, à sangue frio. Se o fez, atuou como o ex-goleiro Bruno. Mandou matar. Mandante equivale a um assassino, claro. Mas distante da cena do crime.

Afirmar que um mau governante mata pode soar exagero, mas há que se pensar no assunto. Vejam: um governador que emprega inadequadamente o dinheiro dos impostos e permite a falta de hospitais, certamente age indiretamente para a morte de alguém. Culpá-lo por isso já seria demais, concordo. Contundo, um ladrão contumaz como Sérgio Cabral sabe que os bilhões roubados matam. Neste caso, não há que relativizar o crime. Cabral, além de ladrão, é, sim, um assassino. Em série! Um genocida. Ou não? Lembrei-me também da ex-primeira dama Rosane Collor. Foi acusada de desviar dinheiro destinado à contratação de caminhões-pipa, vejam só. A seca no sertão alagoano não perdoa, todos sabem. Conheço bem a região. De Maceió a Jacarezinho dos Homens, passando por Arapiraca e Batalha. Pergunto: ninguém morreu naquele período por falta d’água?

Os bilhões que Lula e sua quadrilha — a maior da história democrática ocidental — roubaram do povo brasileiro, seguramente produziram milhares, quiçá milhões, de cadáveres Brasil afora. Atribuir ao corrupto e sua gangue o rótulo de assassinos pode não ser legal nem, digamos assim, moralmente aceitável. Mas um mínimo de raciocínio lógico aponta que sim. São assassinos. Podem responder por isso? Obviamente, não. O código penal brasileiro (ao menos que eu saiba) não prevê tal situação. Mas deveria. Talvez fosse um desestímulo para estes párias, já que sabem que penas por corrupção, no país, são tão severas quanto palmada de avó.

Aí, Lula, segue uma sugestão:

Ainda que você não seja de fato um assassino e tampouco vá responder processo por isto, que tal, ano que vem, ao ouvir a sentença condenatória do TRF-4 (ato processual imediatamente anterior à sua prisão), você ter um surto de honradez (Haraquiri), ou mesmo mais um costumeiro ato de extrema arrogância, e fazer como o general assassino croata e se mandar desta para melhor — no seu caso, pior?

Vá por mim, rapá: será melhor para todo mundo. Inclusive para você mesmo. Vai uma Estricnina, aí?

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