Agora, podemos não só alterar o presente, mas negar o passado e reescreve-lo de acordo com nossa própria vontade. A verdade dos fatos? Que se dane
Pensem num sujeito completamente desprovido de preconceito; qualquer preconceito. Tô me lixando para cor de pele, gênero, religião ou o escambau. Para mim, pessoas são pessoas e pronto. Agora, se o grandão sai por aí vestido de mulher, falando e trejeitando (existe isso?) como uma moça, eu acho ridículo, pronto. Acho curioso, feio, e não, não queria tal sorte a um filho se tivesse um. Isso é preconceito? Não, não é. É gosto, opinião. Não vou agredir o rapaz-moça, não vou admoesta-lo, não vou zombar de sua condição ou comportamento, não vou nada. Se estiver numa fila à minha frente ou numa cadeira ao meu lado, terá de mim a mesma atenção e tratamento se outra pessoa fosse.
Vejam isso: Discuto com uma senhora no trânsito. Na raiva, ela me chama de viado, careca, FDP. Bem… viado não sou, mas e se fosse? Careca eu sou. E daí? FDP também não sou. Devolvo com um sonoro “VTNC, ô Dona Maria”. Pronto! O mundo acabou. Sou machista, misógino e covarde, no mínimo. Outro exemplo; e real: Um gay discute com um sujeito num posto de gasolina. Dá um chute no carro do cara e sai andando. O motorista desce e cobre o rapaz de porrada. Para mim, apenas um briga idiota qualquer, que os operadores do Direito costumam chamar “altercação às vias de fato”. Para o gay que apanhou, homofobia!
Agora troquem as personagens acima por pretos, pobres, obesos, deficientes, enfim, qualquer indivíduo que possua algum traço físico ou comportamental diverso da média e pronto. Terão aí uma causa a mistificar. “Judeu!”, grita um ao outro. “Budista!”, responde o judeu. Onde reside o racismo? Onde reside o preconceito? Na minha opinião, na cabeça dos delinquentes intelectuais, já que não consigo encontrar nada que desabone nenhum dos dois.
“Baleia!”, diz o menino magrelo ao gorducho na escola. “Palito!”, responde o fofinho. Bullying ou troca de ofensas? Pô, será que adjetivar pejorativamente aquilo que, em tese, desagrada a alguém não é apenas o que é, ou seja, uma tentativa de irritar, de agredir verbalmente aquele que te enfrenta? Por que sempre levar a banalidade para o campo da desgraça? Sim, desgraça. Porque preconceito é uma desgraça. Repito: Preconceito! Aquilo que faz um maldito qualquer se afastar ou agredir alguém por causa de sua cor, gênero, condição social, aparência ou religião.
Thammy Miranda, ex-Tammy Gretchen, a filha da musa de 11 em cada 10 adolescentes dos anos 80, desfigurou-se como mulher para se transformar em homem. Extirpou órgãos sexuais, reprodutivos, enfim, atingiu o mais próximo o possível de uma figura masculina. Qual o problema? Para mim, nenhum. Ele (ou ela) jamais sentiu-se mulher e quis parecer homem. O corpo é seu e faz dele o que quiser. Quem tem algo a ver com isso? E mais: Conseguiu alterar seu registro civil, o que considero acertado e adequado à sua nova realidade física. Seu RG agora diz que é homem. Mas…
Hoje leio uma notícia no Portal UAI (aqui) que Thammy conseguiu também alterar sua certidão de nascimento. Como é??? Aí, não! Aí não concordo e não vejo o menor cabimento. É mais uma daquelas barbaridades típicas de um país que não reconhece nem respeita as leis e os fatos.
Pô, alterar o passado não. Não vale! O hoje moço nasceu moça e não há como negar isso. E sob qualquer aspecto ou necessidade legal, não há o porquê mudar seu registro de nascimento. Um mero capricho não pode se sobrepor ao ocorrido. Um padre, outrora um assassino, não pode, em nome da sua nova vida, apagar o que fez. Não tem o menor cabimento. Alterar o gênero de nascimento é algo tão absurdo quanto negar, sei lá, que o dia e a noite sucedem-se a cada ciclo de 12 horas.
E daí retorno ao início do texto: Ai de quem negasse esse “direito” a Thammy (sem aspas, pois agora é nome próprio masculino). Seria perseguido pela Maria do Rosário para o resto da vida. Jean Wyllys lhe daria uma cusparada na fuça e as atrizes globais usariam camisetas brancas dizendo: “mexeu com uma, mexeu com todas”.
Eis aí o sinal destes tempos estranhos em que vivemos. Eis aí a gênese daquilo que garante a um menor estuprar uma menina de 12 anos e sair por aí impune gozando da alcunha de vítima da sociedade, que não lhe acolheu, não lhe deu amor e o transformou num pequeno selvagem. No limite, eis aquilo que possibilita ao Lula viver invocando a condição de vítima perseguida, e não um criminoso safado como de fato é: A mania brasileira de distorcer as leis e os fatos reais, até que uma nova versão torne-se realidade.
É a tal da pós-verdade!
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Muito bom Ricardo. Estou de saco cheio do politicamente correto. Isto é um verniz no comportamento da nossa sociedade. Só veio e careca e não idoso e calvo, mas tento ser ético no dia dia.
Falamos muito dos politicos, mas nossa sociedade não leva muito em conta etica e moral.
Excelente texto. Tem coisas que só acontecem nas terras tupiniquins...
abrs!!
Tempos estranhos e bizarros que nos são simplesmente impostos como uma obrigação a ter de acatar ...
gostei do seu texto , da sua legítima sinceridade em manifestar o direito de pensar ...
o respeito deve ser salvaguardado para a diferença ... mas não só , também para quem com ela não concorda .
ZzzzzZzzz
Anônimo, c deve tá 'cansadinho', quando acordar me responda:
Tá dormindo 'com quem'?
Perfeito! Perfeito! Perfeito! Pensei nisso ontem ao ler a notícia. Amo seus textos!
obrigado!
É Ricardo, acho que vc está se importando demais com isso, seria alguma coisa mal resolvida ? rsrs
Vc nunca me enganou, assim como eu, adora dar ré no kibe.
beijos
Querido Ricardo,
não venha criticar meus querido irmãos, sou defensor da causa LGBT e já estou tomando medidas na justiça contra seu post homofóbico.
Dr. Agenor
OAB 242469
quer meu CPF? hehehe
É sério que o jornal apoia e dá publicidade a um texto deste? Vergonha! Parabéns Agenor!!
o Jornal, claro que não. Já Portal UAI, apenas gentilmente hospeda meu blog, nem apoia, nem dá publicidade.
Aaaaahh pára meu senhor!! Deixa de histeria!!
Quer dizer que ninguém pode opinar, discordar, expressar mais nada ...
ô Agenor, leia meus posts e me processe também!
ps: o sobre nome 'V' é 'de que'?
Seu OAB cheio de 24 significa: Olha A Bunda? vich, tem 69 também!!!
Quem te falou que é 'doutor'? se não sabe e é advogado, leia que o título é inadequado para a classe!
aguardo o oficial de justiça.....
Interessante que esse número de OAB não pertence a nenhum Agenor Ramma V...
Qdo vc não fala em potilica, vc manda mto bem. E não seja mal educado com sua resposta.
Ricardo, deixa de enrolar. Diga aí, vc pega ou não pega ? Já entendi, no presente não, no passado, sim.
É preconceito sim
Mais um que adora o vitimismo criado pela maldita ditadura do politicamente correto