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A babá de Michelzinho e o meu bolso

Fosse só uma babá que bancássemos e eu seria o sujeito mais feliz do mundo.

Enquanto jantam fora, pagamos a babá do filhote

Na falta de assunto melhor — ou maior — em relação a Michel Temer, a imprensa golpista (ops! Esqueci que golpista é o próprio presidente, hehe) resolveu pegar no seu pé, por conta de uma suposta babá que trabalha em sua residência oficial, mas que está lotada como assessora de seu gabinete. O que a imprensa enxerga como escândalo, a lotação funcional da tal senhora, eu enxergo até como normal. Escândalo, para mim, é ter de pagar qualquer funcionário para qualquer político ou governante. Isso, sim, deveria ser o foco e o alvo da imprensa e de todos nós. Dane-se se a moça está contratada como assessora ou babá. Não deveria era estar contrata em lugar algum; esse é ponto! Chega de custear a boa vida desta gente toda, caramba.

Quando eu digo que o real problema do Brasil chama-se funcionalismo público (de todas as esferas e poderes), me vêm um monte de vocês brigar comigo: “Ah, eu sou funcionário público e não tenho mordomias; Ah, eu sou funcionário público e não recebo em dia; Ah, eu sou funcionário público, trabalho 22 horas por dia e ganho uma merreca”. Bem, a estes, minha solidariedade e profundo sentimento de pesar, mas são funcionários públicos porque: 1) querem e 2) sabem que na iniciativa privada a encrenca seria ainda pior. Enfrentariam desafios ainda maiores e não teriam estabilidade.

Juízes e desembargadores — já escrevi sobre isso! — recebem auxílio moradia e subsídio para pagar a escola dos filhos. Afora motorista, copeira, segurança, carro, gasolina, etc. Deputados Federais e Senadores, além de tudo isso, podem contratar até 80 funcionários em seus gabinetes. Vereador, em BH, tem direito não a um, mas a dois carros com motoristas. Ora, cansamos de saber que ministros só viajam em avião da FAB e até mesmo o cabeleireiro da madame criminosa era espetado no nosso lombo. Cabeleireiro importado de São Paulo, diga-se de passagem. Jantares, diárias, roupas, viagens… o que mais? Até quando?

Servidor público algum deveria contar com qualquer auxílio que um trabalhador da iniciativa privada tenha de pagar. Por mim, nem estabilidade teriam, mas a lorota da perseguição política nas mudanças de governo colou, e assim, trabalhando ou não, entregando ou não resultado, os concursados não podem ser demitidos. Aliás, tem gente que me escreve assim: “Você tem inveja, por não ser capaz de passar em um concurso público, por isso fala mal do funcionalismo”. Não, idiota! Eu não tenho inveja alguma. Eu tenho é raiva de ter de tirar dinheiro da minha  filha e dar para você, incapaz de pagar as próprias contas, sacou?

É claro que é um absurdo termos de pagar pela babá, cuidadora, ajudante ou nome que Temer queira dar à funcionária que acompanha seu filho. O cara é presidente, aposentado e sei lá mais o quê. Deve ganhar, por baixo, uns R$ 50 mil por mês. Que pague a própria empregada, pô! E não adianta invocar os tais direitos do cargo, pois apesar de legais são imorais. A criminosa defenestrada Dilma e seu chefe, o penta-réu Lula, até hoje viajam, pra lá e pra cá, acompanhados por um séquito de seguranças pagos por nós! É direito deles? Sim, é. Mas é igualmente imoral, é igualmente ultrajante. Isso tem de acabar!

Leia também.

Ricardo Kertzman

View Comments

  • Caro senhor. Por favor, evite colocar todo servidor público na mesma situação. Lembre, caro senhor, que os policiais civis e militares são servidores públicos. Lembre, caro senhor, que professores do ensino fundamental ao ensino superior são servidores públicos. Lembre, caro senhor, que os professores das universidades públicas desenvolvem pesquisas científicas. Lembre caro senhor, que os trabalhadores de institutos públicos, que trabalham em prol do bem social, são servidores públicos.
    Por favor, caro senhor, separe o joio do trigo.

    • Caro senhor, por favor evite fazer críticas inconsistentes. Caro senhor, não coloquei todo servidor público na mesma situação, basta ler com atenção. Caro senhor, não preciso separar o joio do trigo pois não os misturei. Caro senhor, policiais e outros que trabalham em prol do bem social, escolheram trabalhar, recebem por isso e não foram obrigados. Caro senhor, muito obrigado pelo comentário. Caro senhor, um abraço!

      • O duro mesmo Ricardo é a gente saber que existe no Congresso Diretor de Garagem, assistente de diretor de garagem, gerente de garagem e nos aeroportos funcionários com altos salários pra fazer check in de deputado e senador que viajam toda quinta feira de avião por nossa conta e quanto aposentam o fazem com salário integral, esmagando mais ainda a previdência. Tem também vereador em BH que põe 79.000 reais no bolso todo mês, embora seu contracheque apresente salário de 15.500 reais. E mais, pagamos todo tipo de tratamento dentário e médico, sendo que os mesmos tem plano de saúde sem co-participação e com direito a tudo, pago também com o dinheiro do povo.

    • Concordo plenamente com você, Domingos Lins. Ele está misturando as coisas, uma vez que para ser político, nem precisa ter estudo. A maioria é analfabeta.

    • Concordo com Ricardo ele não genarizou. Servidor público ganhar acima de 10 salários e auxílio moradia e carros e falta de respeito com os contribuintes.

  • Vc na maioria de seus post escreve muita merda. Mas desta vez tenho que admitir. Foi certeiro. Parabéns.

  • Cara, você julga o funcionalismo publico como sendo uma mar de rosas para o servidor sendo que regalias, mordomias, auxílios (din din) e etc ficam restritos tão somente àqueles que estão no topo da cadeia alimentar.

    Para mais de 98% dos servidores públicos a realidade é totalmente diferente do que você demonstra conhecer. Sou servidor federal e sei muito bem a realidade.

    Sei que gosta de escrever o que lhe parece ser como verdade absoluta, a sua verdade absoluta mas procure se informar melhor antes de publicar este ou outro assunto.

    Fica muito deselegante pra você que se intitula "escrevedor de blog" e demonstra um alto grau de desinformação/alienação que sugere uma burrice muito grande.

    Saudade do Cidrac.

    Ps- como das outras vezes nem precisa publicar pois quem deveria ler já leu....

    • cara, eu não julgo nada cara, sendo que não disse nada, sendo que escrevo o que penso cara, sendo que não me julgo dono da verdade cara, sendo que "escrevedor" eu não sei o que é cara, sendo só para o momento, sendo que nada mais tenho a lhe dizer cara, sendo que te mando um abraço

      • A utilização repetida do verbete "cara" ocorre de forma incorreta pois, tendo a função de vocativo, deverá sempre ser separada por vírgula, de preferência procedida do ponto de exclamação. Apenas na primeira colocação do verbete a pontuação está correta. Aliás, é bom que saiba que a pontuação também faz para de nossa Língua Pátria.

        • cara será que você sendo assim o cara, não entende que eu sendo o cara, escrevi assim sendo que para zoar o outro cara, cara? putz cara sendo que eu pensava que você era mais, digamos assim sendo um cara, tipo cara sacou, cara?

          a pontuação ficou melhor, cara?

        • Cara, pior seria se o Ricardo estivesse respondendo a uma mulher e escrevesse 'coroa' que é o reverso de cara.... dava até processo por estupro......entendeu, cara?

    • Eu tbem sou funcionária pública municipal. Esse idiota devia pesquisar antes de sair publicando essas asneiras. Os políticos sim, têm muitas regalias e nós trabalhamos para pagar impostos e mais impostos. Cada vez que escuto falar desse Temer, tenho nojo. Temos que exigir a reforma política o mais rápido possível e não essa reforma que tira os direitos dos trabalhadores.

      • Diana, idiota é você! Asneiras é o que você escreve. Não gosta do que penso, então vá sustentar babá de colega seu

    • Guilherme, José Bento Monteiro Lobato, um dos incansáveis e valorosos brasileiros, dizia que no serviço público existe dois grupos. Um que bate o ponto, outro que trabalha. Qualquer pessoa equilibrada sabe que entre os servidores públicos existem aqueles capacitados, honestos e comprometidos - quase sempre mal remunerados - e existe a nata, com honrosas exceções, que goza de privilégios e muitas vezes só se movem contra os interesses da coletividade. Refutamos a generalidade, pois, além de perigoso, no caso dos funcionários públicos, é injusta.

  • Até que em fim, independente de partido politico saiu alguma coisa que preste da cabeça deste camarão.

  • Mais uma dose de hilaridade... o candidato (patético, diga-se de passagem) a Reinaldo Azevedo, de tão incompetente com as letras se entrega de bandeja: "Não, idiota! Eu não tenho inveja alguma."

    Sabedoria popular, das mais alicerçadas: que desdenha....

    Falar o que, né? Não sabe nem escrever.... esse UAI vai de mau a pior, ter que vender espaço pra tanta boçalidade... pelo menos nos "(a)diverte", hahahaha

    • huuuuuuuummmmm!! "QUE desdenha", é? E eu é que não sei escrever. Então tá, né?

    • Eu como não sou petista, não sou letrado e nem tenho inveja de quem é pois sou ignorante e ignorante desconhece, quer dizer, nem imagino o que o letrado pode saber, posso escrever: ééé....putz, esqueci...ah é, lembrei: nóis (a)diverte mais é couns cumentário, arguns é mió qui as meteria!

  • Vc não colocou todo servidor público na mesma situação??? Me pareceu que sim.
    "Quando eu digo que o real problema do Brasil chama-se funcionalismo público (de todas as esferas e poderes), me vêm um monte de vocês brigar comigo(...)"
    Sou servidora pública pq escolhi sim! Como vc gosta de dizer: analisei as ofertas de emprego, em qual área eu me sairia melhor e escolhi fazer concurso público e me submeter às regras do órgão.
    E concordo, chefes de poder e cargos do alto escalão usam o dinheiro público, tirado da gente, para mil coisas pessoais e erradas.
    Mas nem todo dinheiro usado para pagamento de seervidores públicos é dinheiro público mal usado. Ou vc acha o que? Que os serviços públicos se fazem sozinhos? Vamos colocar robozinhos...
    Eu pago minhas próprias contas. Se recebo dinheiro público, é pq faço um trabalho público. E pago muitos impostos também.

    • ué, então você deveria concordar comigo. Salvo se gostar de pagar as mordox dos bonitões

      • Não gosto de pagar mordomia de ninguém e não discordo TOTALMENTE de vc não. Mas o meu salário eu trabalho para receber. E justamente pq trabalho e recebo um salário não preciso de outras pessoas pagar minhas contas.

        Também me sinto basicamente roubada, assaltada, etc...

        Mas nem todo dinheiro público usado para pagar servidores públicos é mau usado e nem é para pagar mordomia.

        Apenas o serviço público precisa de pessoas para realizar o trabalho (assim como também empresas privadas necessitam de empregados para fazer o trabalho) e eu escolhi essa modalidade de prestação de serviços (serviço público). E trabalho para fazer jus ao que recebo. Assim, pago minhas contas.

        E muito do meu salário é tirado em impostos (imposto de renda) e contribuições (previdenciária).

        Não recebo auxílios e mordomias (apenas recebo o vale alimentação, nem vale-transporte ou plano de saúde, como tem em muitas empresas privadas).

        Se muito muito muito do dinheiro que pagamos é mau gasto, para pagar mordomias e vantagens pessoais (e não pelo trabalho) a ocupantes de altos cargos (e eu não concordo com isso de forma nenhuma), nem todo o funcionalismo público é um mau.

  • O nobre escrevente radicaliza nas ponderações em relação ao funcionário público. Ao defender a inexistência dessa categoria está, em tese defendendo a inexistência do Estado e dos serviços (mesmo precários) por ele prestado. Explico. Serviços são prestados por pessoas. A sociedade pleiteia saúde, sabedoria (digo, instrução) e segurança. Quem prestaria tais serviços de forma generalizada, sem distinção de classe social? Sem a presença do Estado, como as pessoas de baixa renda frequentariam escolas? Como teriam acesso à justiça? E a saúde? Veja o preço de uma consulta médica. Chega a custar mais de 20% do salário mínimo, se utilizados serviços de especialista. Sem a justiça, os conflitos sociais seriam resolvidos pelas vias de fato. Sem o aparato policial, viveríamos em plena guerra civil. Veja o ocorrido recentemente no Espírito Santo. É meu nobre, cerca de 80% da população brasileira não teria condições de pagar a entes privados os serviços que o Estado, mesmo que precariamente, lhes presta. Presumo que a correção das anomalias não seria a total ausência do Estado, mas a fiscalização da sociedade. Em relação à estabilidade, acredito que apenas o fato do servidor público não poder exercer qualquer atividade empresarial já seria motivo suficiente à sua existência.

    • defender inexistência do funcionalismo??? se me mostrar onde está escrito isso, eu como o computador e te mando a foto dele saindo

  • Quem afirma que o serviço público no Brasil (sem enaltecimento) é pior do que o particular, não tem saído de casa para fazer compras ou objetivando lazer; jamais foi a um banco; não tem contrato com operadoras de telefonia, internet ou TV; nunca construiu ou reformou uma residência e não possui veículo automotor.
    Empate técnico, no mínimo!

  • Concordo com quase tudo que o blogueiro fala..
    A mordomia que grande parte do funcionalismo tem é INADMISSIVEL!!
    Haja imposto para sustentar essa maquina gigantesca e inoperante...
    E quem paga o pato somos nós...inclusive esses mesmos que não fazem nada e possuem tantas regalias...
    Na minha opinião esse pais já era...já estou com 50 anos...daqui uns 15 eu já morri, se Deus quiser...
    O negócio é aproveitar o restinho de tempo que me falta. Abraços.

  • Já que alguém falou de servidores Policiais Militares e CIvis. Pois bem, vamos lá: quem paga, como bem disse o Sr Ricardo, é o povo com impostos. Vou escreve pouco para não cansar: na PMMG, apesar de lei estadual não permitir, cada Coronel, independente de sua função, tem a disposição para buscar e levar em casa todos os dias uma viatura DESCARACTERIZADA, isto mesmo, para quem não entendeu, uma viatura sem características de viatura policial. É pouco? Comandante de unidade também tem um carro a disposição: alguns um Ecosport, outros carros mais simples como Pajero. Na capital, até os subcomandante de unidade tem carro a disposição. Quer mais? É melhor não saber para não passr raiva, mas vai mais uma: em uma das empresas que não querem privatizar, recentemente dois ex-comandantes que aposentaram com salário superior a 30.000 já estão ocupando cargos. E por aí vai.

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