Desesquerdização ou morte

A legislação tributária é a foice e a trabalhista o martelo sobre as cabeças dos empresários e trabalhadores brasileiros.

 

“Então, Ricardo, qual a solução para o Brasil?”

Bem, a solução todos sabemos: mais educação, menos estado, mais liberdade. Ou seja: uma “desesquerdização” ampla, geral e irrestrita. Ocorre que, dadas as condições atuais e tão adversas, dificilmente o Brasil chegará, algum dia, a se tornar minimamente decente. Por que? Porque o tal “sistema” é tão forte e onipresente, que não deixa margem para sua destruição. Some-se o fato de o brasileiro médio adorar um Estado gigantesco e pronto! O quadro que retrata o pior dos infernos está pintado. Uma muralha ideológica separa o Brasil que quer evoluir e progredir, do Brasil que escolheu o atraso, pois vive (e muito bem) dele. Vejam os últimos dias, como exemplo:

Um juiz trabalhista mineiro deu ganho de causa a um motorista da UBER, reconhecendo vínculo trabalhista. É absurdo? Claro que é. Mas vocês viram ou ouviram manifestações contrárias? Sequer os demais motoristas protestaram. E os usuários onde estão, que não aparecem para defender a empresa que tanto gostam? Amanhã ou depois a UBER se manda daqui, e todos, exceto o juiz que manterá seu salário, seu carro com motorista e demais benefícios, se estrepam. Mais desemprego, menos arrecadação, menos circulação de dinheiro, menos conforto para a população. Ponto para a esquerdopatia influente e reinante.

A Justiça paulista proibiu o prefeito João Doria de apagar os malditos grafites que emporcalham a cidade. Por que? Porque o juiz certamente é de esquerda, conforme se verifica em seu próprio despacho. “Mas um juiz pode se meter em assuntos do executivo?” Não, não pode. Ao menos não deveria. Mas já se tornou prática o Poder Judiciário querer legislar e administrar. O STF tá cansado de fazer isso. Assim, os votos dados a um prefeito são sobrepujados por uma decisão de quem não foi eleito. Quem ganha? Os grafiteiros e os oposicionistas de Doria. Quem perde? A maioria da população, mais uma vez, que vê seus anseios serem subtraídos como sempre.

Uma pesquisa eleitoral indicou o penta-réu criminal Lula como o favorito em 2018. A despeito de não ser base para o pleito presidencial, haja vista as dezenas de situações não consideradas até lá, inclusive a prisão do mesmo, os dados nos mostram que 50% dos eleitores, com no máximo o ensino fundamental, votariam no corrupto falastrão. Esta massa de ignorantes não faz a menor ideia do que se passa no Brasil, daí a escolha. Dê-lhes educação e o quadro muda radicalmente. Ocorre que, para a esquerda, escola não significa Matemática, Português, Física ou Química. Conforme vimos recentemente, a cambada quer mais Filosofia, Educação Física, História (a deles, claro), Educação Sexual. Do contrário, invadem, depredam e proíbem quem quer estudar de… estudar!

Michel Temer empossou ministro um aliado enrolado na Lava Jato a fim de conceder-lhe o famigerado Foro Privilegiado. Questionado, o STF ratificou a nomeação. O mesmo STF que condenou menos de 1% dos acusados que julgou nos últimos dez anos, e que transforma em réus menos que 3% dos investigados. Renan Calheiros, com doze inquéritos dormindo em alguma gaveta por lá ou Romero Jucá, com oito, devem estar morrendo de medo, não é verdade? Ao mesmo tempo em que Rodrigo Maia, na Câmara, e Eunício Oliveira, no Senado, passam o trator da impunidade na cara dos brasileiros. “Viu, você está errado. Eles são de direita!” Cê tá de sacanagem, né, ô Mané? Vá estudar e compreender o que é ser de esquerda e depois volte aqui e me peça desculpas.

Trabalhamos todos mais de 5 meses por ano apenas para quitarmos nossos impostos. A legislação tributária é a foice e a legislação trabalhista o martelo sob as cabeças dos empresários. Os funcionários públicos destas duas esferas estatais recebem salários maravilhosos e benefícios inimagináveis a um trabalhador comum da iniciativa privada, sem que lhes seja exigido coisa alguma além do simples comparecimento ao trabalho. Não estão expostos a qualquer tipo de crise. Vocês acham que estão preocupados com demissões, falências, desemprego ou recessão? A única preocupação desta turma é a perseguição implacável a quem trabalha e produz.

Você paga mais caro por sua TV por assinatura porque o Estado exige que as operadoras contratem conteúdos nacionais. Você é obrigado a almoçar sem sal na mesa do restaurante porque um vereador quer cuidar da sua saúde melhor que você mesmo. Sua esposa não pode dar uma palmado no seu filho porque um promotor qualquer poderá prendê-la. Você não pode andar armado para se proteger e à sua família porque uma ONG qualquer não te deixa. O corporativismo estatal faz com que você sobreviva numa sub-republiqueta terceiro-mundista, enquanto draga toda a riqueza produzida para dentro das casas dos funcionários públicos privilegiados.

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