Hoje alguns patetas não devem ter entendido nada: Ué, o Aécio mudou de lado?
O UAI, portal de internet do Grupo Diários Associados, que gentilmente hospeda meu blog, publicou nesta terça-feira uma entrevista com Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais. Vocês podem ler aqui se quiserem.
Não cuspo no prato que como, muito menos critico quem me aceita gratuitamente e sem me policiar. Acho que parceria é assim. Uma via de mão dupla. O Grupo e o meu editor Benny Cohen jamais se meteram no blog e nas besteiras que escrevo. Com que direito eu faria o contrário? Aliás, com que embasamento, já que não sou do ramo e não entendo nada de jornalismo?
Não gostei da entrevista. Achei-a gentil e protocolar além do necessário. Não só no caso do helicóptero, mas principalmente pela ausência completa de perguntas sobre os processos e inquéritos criminais em que Pimentel é réu ou investigado. Mas repito. Eu não gostar é uma coisa, criticar é outra. Respeito profundamente o trabalho de quem o entrevistou, até porque, como já disse, não sou do ramo para criticar com substância.
Bem, por quê então o assunto? Eu explico.
O que mais tem por aqui, na área dos comentários, é petralha-papagaio — aqueles que não pensam, apenas ecoam o que lhes mandam os chefões da quadrilha — acusando a mim e ao Portal de estarmos à serviço do PSDB. Mais! Adoram repetir que o Jornal é do Aécio Neves. Pois bem. Agora eu lhes pergunto (à vocês amigos leitores, não aos ruminantes de quatro patas): Fosse o Grupo o que as bestas dizem que é, publicaria tal entrevista hoje ou desceria a borduna no governador petista, que eu chamo de déspota, no meu blog?
“Ah, Ricardo, a imprensa é sempre aliada do poder, não importando o partido.”
Bom, aí é uma outra história! Que acusem o Estado de Minas disto então, mas não de ser pró-PSDB e anti-PT. Nem sei se é assim que funciona, mas lhes digo: se for, o que há de errado? Ter uma linha editorial definida de acordo com a ideologia dos controladores ou mesmo os interesses comerciais dos acionistas não me parece nada incorreto. Desde que as notícias sejam publicadas de forma fidedigna, é claro.
As opiniões expressas, sejam dos articulistas, blogueiros ou editorialistas, são sempre legítimas e atendem ao propósito da informação, mesmo que por uma ótica própria. A nós leitores, os clientes, cabe o ato de comprar ou não, dar audiência ou não. Criticar também, obviamente, já que a liberdade de expressão nos garante. Eu, por exemplo, evito ao máximo ler o UOL, do Grupo Folha. Nem para me informar ou ter um outro lado de uma determinada notícia, pois sei que estou dando audiência para um veículo que não considero intelectualmente honesto. Mas ofender e achincalhar acho uma tremenda babaquice. Jamais mandarei um e-mail ou comentário ofendendo, por exemplo, Clóvis Rossi ou Gregório Duvivier.
Acusar milhares de trabalhadores de vendidos e bate-paus de políticos é o tipo de covardia própria da internet, já que o anonimato e a distância física permitem. Estes haters são valentões e agressivos do outro lado do computador; pessoalmente são mansos como carneirinhos indefesos. A estes babacas, ficam aqui dois recados:
Dizem que os olhos são a janela d’alma. Pode ser. Mas prefiro os sorrisos Poucas…
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Você só esqueceu de mencionar que os meios de comunicação dependem também das verbas de propaganda(geralmente enganosa) veiculada pelos governos. Imagina quanto o BB, Caixa e Petrobrás já deixaram não só no caixa do DA como no de outros grupos. Não ser chapa-branca é correr o risco de não ter parte dessa verba. Não existe mídia isenta. É a mídia que se esforça no ilusionismo de transformar água em vinho ou bandidos em mocinhos de acordo com o capital $$$. Só pra se ter uma ideia, o governo federal, de 2000 a 2013 investiu R$ 15,7 bi em propaganda que sustentam as redações do Grupo Abril, da Folha, do DA... Opa! Não vi nenhuma propaganda do governo em nenhuma publicação do DA hoje!