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E a sua vida, seu paspalho, melhorou?

Não? Não melhorou? Pois deveria. Você está pagando por isto. E muito. Acorda, seu trouxa!

Tá muito pesado.

O total de funcionários públicos na ativa passou de quase 6 milhões, em 2001, para quase 9 milhões, em 2014, nos três níveis de governo e nos três Poderes. Acrescente os terceirizados, que somam cerca de 18 mil só no governo federal. No Executivo foram contratados 120 mil novos funcionários neste período. Agora eu te pergunto: Você notou alguma melhora?

Desde 2001, as despesas com pessoal tiveram um aumento de 130%. Passaram de R$ 170 bilhões para quase R$ 400 bilhões em valores corrigidos. O custo per capita dos brasileiros para pagar os salários quase dobrou no período, de R$ 1.000 para R$ 1.925. Outra pergunta: Você tem sido melhor atendido?

No setor público os salários subiram, em média, cerca de 50% desde 2001; na iniciativa privada o aumento ficou em 20%, já descontada a inflação. Ou seja, o aumento real do funcionalismo foi mais que o dobro do setor privado. Os motoristas da Câmara Federal ganham mais de R$ 12 mil e os garçons do Senado, mais de R$ 17 mil. Afora os casos mais escandalosos, que estão no Poder Judiciário, onde os “benefícios extras” superam os próprios valores dos salários. Dá pra entender agora a contrariedade do STJ e da PGR em relação à PEC 241, que limita o gasto público?

No Brasil, o funcionalismo suga o setor privado e comanda o país, que é mera vítima do corporativismo estatal de Brasília, onde os servidores têm acesso aos políticos influentes e estão dentro do Congresso, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Municipais, justamente donde se esperam leis para inibir os abusos e os privilégios.

(É certo que milhões de servidores públicos fazem jus ao cargo e ao salário. Trabalham muito e realizam suas tarefas com afinco. Toda generalização é burra!) 

Porém, não dá para negar que há um número significativo de funcionários que não fazem absolutamente nada, já que protegidos pela tal estabilidade, e que assediam moralmente aqueles que querem trabalhar direito. E ainda temos de encarar aquelas ameaçadoras placas, nas repartições públicas, nos alertando que poderemos ser presos em caso de desacato. É espantoso!

A Lava Jato está fazendo sua parte na construção de um país melhor. Mesmo que timidamente, este novo governo tem tentado fazer sua parte também. Agora cabe a nós, cidadãos contribuintes e mantenedores do Estado fazermos a nossa e pressionarmos, com toda energia, os parlamentares de Brasília, dos estados e dos municípios a seguirem os rumos destes novos tempos.

Ninguém é obrigado a trabalhar no setor público e ninguém é obrigado a ficar trabalhando. Quem não estiver satisfeito com os ganhos e com as regras, que procure um emprego mais adequado no setor privado. O que não dá mais é viver como um rei, às custas dos súditos, pois estes já estão de “saco cheio” de viverem na merda, apenas para garantirem a boa vida de quem não lhes devolve absolutamente nada em troca. Já chega!

Leia também, aqui.

 

Ricardo Kertzman

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  • Ricardo, quando cheguei em Braga, Portugal , para solicitar a minha residência no País, fui ao órgão próprio do governo federal num sábado de carnaval, era dia útil, pediram para eu voltar com os documentos relacionados no próximo dia útil, uma segunda-feira de carnaval. Diga-se nunca fui tão bem atendido num órgão público como aqui. E ainda fizerem a propaganda lulopetistas dizendo que o País estava quebrado. Hilários, os incautos.

  • Estou lendo um livro sobre o Brasil, em que é reproduzida parte de um documento escrito por frei Vicente do Salvador, em 1630, que dizia que "Nenhum homem nesta terra é republico, nem zela, ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular"... parece adequado e atual, não é?

  • Qualquer pessoa que tenha o mínimo de bom senso e raciocínio lógico mediano sabe que isso que vc expôs é a mais pura verdade e inadmissível de acontecer, mas a eterna vigília em rebater e calar qualquer observação em contrário a doutrina e lavagem cerebral perpetrada durante anos vinha até então se sobrepondo a nossa voz!! Que bom que isso está acabando e esse discurso de eles x nós não encontra mais eco tão facilmente. Creio que conseguiremos virar esse jogo!!!

  • A conta sempre arrebenta do lado mais fraco, apesar de ser a maioria e é quem grande parte das contas: os trabalhadores da ativa e aposentados da iniciativa privada serão os mais castigados...

  • É realmente uma situação aviltante, um buraco negro para o futuro do país!
    Estranho o novo governo querer ir em cima da previdência nos primeiros meses, quando tem um rombo desses nas mãos, que tal fazer como qualquer empresa privada, fazer programas de demissão voluntária ou simplesmente demitir os garçons do senado por exemplo e contratar empresas terceirizadas. Não sei mas alguma coisa tem que ser feita.

  • Toda generalização é burra, como já disse. Existem funcionários públicos exemplares, que trabalham muito, nos fins de semana e feriados, inclusive. Os funcionários públicos são necessários para a manutenção do Estado, já que essas pessoas são o meio de exteriorização deste. No entanto, terei de ser ferino com o estado atual de coisas no Brasil, no que tange ao funcionalismo público. Quero me referir aos funcionários públicos privilegiados, daqui pra frente. Começando pelo aspecto previdenciário, temos um regimo próprio dos servidores públicos, que rende até o salário do ministro do STF, acima de 30 mil reais. Nenhum aposentado do regime comum de previdência ganha acima do teto que não chega a 5 mil. A injustiça é gritante. Ainda mais, se o funcionário público for viúvo de outro funcionário público. Ai a pensão vai para a estratosfera. Este são exemplos dos PRIVILÉGIOS (benefícios sustentados pelo Estado aos privilegiados – os suditos pagando para a nobreza concursada ou política). Se o ajuste fiscal feito pelo governo federal fosse feito da forma certa, começaria unindo os dos regimes de previdência, o comum e o próprio se tornariam um só, com as mesmas regras. O que seria o regime próprio de previdência, se não um privilégio? Justiça zero em relação a aqueles que em media trabalham bem mais para sustentar esse pacderme gordo, lerdo e glutão. Esse mamute é o que o brasileiro tem que carregar nas costas, para manter os privilégios daqueles que se justificam "eu passei em um concurso público". Claro que este promovido a nobre está feliz. Todo concursado é feliz, porque tem pleno conhecimento dos privilégios, em comparação com outros trabalhadores. E ainda desdenham daqueles que sustentam a máquina burocratica inchada e ineficiente, não, mas também por causa do excesso de servidores: "reclama que não passa em concurso, porque não consegue passar". Esses que se justificam sempre, querem justificar a mamata. Em comparação a países de maquina mais robusta que o Brasil, como os EUA, o funcionalismo do brasil é excessivo. Salários gordos, cargos vitalícios e despesas administrativas consomem, neste país, mais de 25 por cento do PIB. O burocratismo dos funcionários públicos prefere o aumento do salário em vez de responsabilidade fiscal e orçamentária. A consciência em prol de um interesse comum não existe para os burocratas e a sociedade como um todo sai perdendo. São inúmeros os privilégios à casta de funcionários públicos. O RPPS é um excelente exemplo, porque vale para todos os funcionários, igualmente. São os funcionários públicos EM EXCESSO que causam a elefantíase burocrática do Brasil, enquanto os pobres trabalham na iniciativa privada e se matam de trabalhar e de não terem serviços públicos. Quando um funcionário público vier falando em justiça social, pergunte a ele se é cinismo ou privilégio. Ele vai querer enganar, dando azo a explicações que sustentam o pacderme burocrático, um verdadeiro ladrão da nosso trabalho, produtividade e riqueza. Quando disserem que o estado está quebrado, suspeite do Estado, ele provavelmente quer enganar você com palavras bem calculadas politica e economicamente. O brasileiro continua otário, paspalho como sempre foi. Até quando? Espero que mudemos nosso estado de consciência em defesa de depender cada vez menos do Estado para viver. Isso serve para funcionários-privadas e para os funcionários públicos. Excelente artigo, essa discussão precisa ser abordada mais vezes. Meus parabéns, Ricardo, seu blog é muito bacana.

  • É seu paspalho, desta vez eu tenho que concordar com você. Eu sou completamente contra ao concurso publico, a estabilidade no emprego, as greves, se tá rui pede conta e vá-se embora é um absurdo o que os professores fazem 2 ferias por ano , mais uns dois meses de greve, chega no final do ano quero viajar, e não posso, os meus filhos tem que pagar os dias de greve. Quando eu for ditador se qualquer setor publico entrar de greve eu coloco o exercito para trabalhar e imediatamente contrato outros funcionários que queira assumir o trabalho do jeito que ele é , e não para mamar nas tetas do pais. mas resumindo, minha vida melhorou sim, muito obrigado.

  • Há funcionário público e "funcionário público".
    O "funcionário público" pelego é aquele comunista que o que mais gosta é ganhar o pão com o suor do trabalho dos outros ... com o próprio dá muito trabalho.

  • Não quero entrar no mérito do serviço medíocre prestado por grande parte das repartições públicas Brasil à fora. Embora existam muitas exceções. Quero só questionar o porquê devemos nivelar as aposentadorias por baixo? Será que após trabalhar 35 anos no serviço público ao se aposentar o funcionário público deve depender da família para sobreviver? Querem repetir para o funcionário público o mesmo sofrimento que as famílias de trabalhadores da iniciativa privada passam com seus pais que não têm dinheiro nem para comprar seus remédios de uso obrigatório. Se defendermos isso estamos fazendo o jogo daqueles que diuturnamente defendem uma miserável aposentadoria para aqueles que trabalharam, quer seja na iniciativa privada quer seja no serviço público , durante uma vida. Todos devem receber uma aposentadoria decente dentro das mesmas regras, esta deve ser a "bandeira".

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