Vitória para engatar melhor sequência

O bom resultado e a boa apresentação da equipe, tem tudo para sinalizar uma mudança no roteiro da temporada. Não que esteja sendo de todo mal, mas a situação no Brasileiro vem obrigando o time à conquista de uma das Copas para assegurar vaga na Libertadores do próximo ano. Isso não é o objetivo maior, pois melhor mesmo seria ganhar essa competição e garantir vaga nos dois próximos mundiais de clubes.

Fato é que, a derrota para o Bahia – ainda que com time alternativo -, seguida daquele um a zero pra o fluC, deixou alguns torcedores aflitos e contaminou boa parcela dos Atleticanos. No campeonato nacional, depois de 25 jogos, restando apenas 13 para o encerramento, temos tão e somente 48% de aproveitamento. São nove vitórias e o mesmo número de empates, mas já chagamos a sete derrotas. Nosso saldo de gols de momento é um negativo. Em 2021, nos 38 confrontos, foram seis derrotas e seis empates, com expressivas 26 vitórias. Aproveitamento acima de 73% (84 pontos), saldo de 33 gols, tendo sofrido 34 tentos. Atualmente já tomamos 36 até o momento.

São números que assustam ao Torcedor, mesmo estando o Galo nas semifinais da Copa do Brasil e a uma vitória por dois gols para a mesma fase da Libertadores. O melhor da vitória de ontem, sem dúvida, é devolver ao Atleticano a confiança e auto estima com o time. Em consonância com isso, internamente estimular os jogadores do que são capazes. Atuamos com um time alternativo, jogamos bem – com comprometimento e vontade – o que deve promover a simbiose necessária do gramado com a arquibancada para avançar no Brasileiro e nas duas Copas.

Ganhamos, é verdade, uma única possível posição na tabela. Da décima colocação para a nona, entretanto, distanciamos oito pontos da zona perigosa (Z4) e passamos a ter nove a menos que o quarto colocado e seis do sexto (G4 e G6). Dos oito que estão à nossa frente, seis deles tem dois jogos a mais que o Galo, um tem uma partida apenas e o outro igual número que o nosso Galo. São aquelas rodadas adiadas em função das chuvas no Rio Grande do Sul e compromisso pelas Copas. Grêmio aqui e Paranaense lá, são os jogos atrasados do Galo.

Ontem o Milito, para preocupação de muitos entre nós e me incluo, optou novamente por time alternativo, onde tinham apenas Éverson, Alonso e Alan Franco dos considerados titulares. O Bragantino, que faz uma de suas piores campanhas no BR, não ofereceu qualquer resistência a estratégia escolhida pelo nosso treinador. Apesar de uma penalidade perdida, o Galo seguiu em busca do resultado. Logo depois desse pênalti, cobrado com certa displicência pelo Deyverson, coube ao Éverson fazer uma grande defesa que poderia mudar os rumos da partida.

Se redimindo do lance da penalidade, o mesmo Deyverson, tirou o zero do placar numa bela assistência do Rubens. No início do segundo tempo, numa jogada quase perdida – Rubens evitou uma bola sair pela lateral e rolou para Igor Gomes – que num cruzamento precioso encontrou Cadu que fez o segundo. Dois a zero, com gols de jogadores que vinham sendo questionados, não eram suficientes para relaxar o Torcedor. Daí, em jogada treinada, o goleiro encontra a cabeça desse mesmo Deyverson que deixa Hulk na cara do gol para fechar o placar. Foi uma vitória providencial, num momento decisivo, que deverá mudar a atmosfera até então de pessimismo. Tomara que reflita na sequência das três competições que estamos envolvidos. Até o momento, além do Galo, só o flamídia está nas três frentes. Que venham as Copas e os Gs classificatórios do Brasileirão. A chave tá virando e já na quarta-feira tem Libertadores.

*fotos: Pedro Souza\Atlético