Vamos com fé pra Porto Alegre

Passados os resultados que não agradaram ao Atleticano, mesmo com uma vitória nos três últimos jogos, o momento agora é de juntar os cacos e as energias e botar fé no time. Afinal, no jogo de hoje, além da busca por um bom resultado que gere pontos na tabela de classificação, teremos pela frente um adversário direto pelo título e vaga na Copa Libertadores. O Grêmio, com um jogo a menos, segue colado no Galo, com três pontos a menos na tabela de classificação e melhor saldo de gols. Podemos, com um bom resultado, avançar e aumentar essa distância, embora o treinador Marcelo Oliveira esteja enfrentando problemas para escalar o time.

Nove jogadores no departamento médico é para tirar o sono de todos – treinador, diretoria, os próprios jogadores e nós Torcedores. Se Rafael Carioca vai ou não para o jogo, mesmo seguro de que com sua presença e com três volantes, como foi com o Palmeiras, o estado de ânimo de todas aumenta, o que temos de pensar é numa boa apresentação e que venha uma vitória. O empate seria de bom grado, mas vencer é o nosso ideal.

Se Carioca não jogar, o treinador terá duas opções: aquela com quatro atacantes, que já vem se repetindo, ou a escalação dos dois Santos  – Douglas e Fábio – desde o início da partida, como o próprio Marcelo deixou providencialmente escapar. Quem ta lá na beira do gramado e vive o dia a dia do clube é quem tem de definir. Robinho até já disse, o treinador tem um bom salário para isso.

Na defesa, certamente, ele irá insistir com o Ronaldo. Eu entendo que seria a hora de jogar o Gabriel numa gelada. Acredito no potencial do jovem revelado pela base. Entretanto, reitero, não cabe a mim e nem a qualquer outro Torcedor decidir. Que venha, então, o Ronaldo. Que ele, Ronaldo, que na semana anterior pediu paciência ao Torcedor, mostre qualidade e não faça o Atleticano perder exatamente o que ele pediu. Paciência!

Já no gol, serei um pouco mais extenso. Não prolixo. Deixei propositalmente para o final. Inicialmente, com os olhos para o céu e reclamando dEle. Por tantas vezes Ele tem se mostrado Atleticano. No passado recente, até convenceu o ídolo de nós todos, Fred Melo Paiva, que se converteu e abandonou seu ateísmo. Mas convenhamos, levar Victor e Giovanni, simultaneamente e pela segunda vez no ano, para o estaleiro compromete e fragiliza nosso trabalho de catequização.

Pois bem, quem não tem Victor e Giovanni vai de Uilson. O jovem goleiro tem entrado em verdadeiras frias, é verdade. Mas, apesar disso, ao contrário de certo goleiro (idolatrado por outra torcida), Uilson, com pouquíssimos jogos e ainda nenhum mérito, já carrega no peito uma medalha de campeão olímpico. E convocações, diga-se!

Uilson terá uma oportunidade especial hoje e algumas coincidências podem conspirar a seu favor e ao nosso, de Torcedor, claro. Diego Alves, que lembrei aqui recentemente, da mesma forma passou pela base e convocações, até que escalado deixou o Torcedor em pânico. Deu a volta por cima e acabou vendido para a Europa.

Em 2012, quando o Galo iniciou este momento que ainda vivemos até hoje, o presidente Kalil foi buscar o então goleiro do Grêmio, uma vez que o Torcedor não demonstrava confiança no ainda jovem Giovanni. Pois bem, adquirido o passe daquele que se tornou o nosso paredão, a partida válida pela sétima rodada do campeonato daquele ano marcou a despedida do outro como titular da equipe. Vencemos por um a zero, com um gol do Jô, depois de uma bela jogada do Bernard, então com apenas 19 anos. Mas, puxem pela memória e respondam quem foi o melhor em campo?

Resposta rápida. Giovanni! Que Uilson se valha das coincidências e adquira de vez a confiança do Torcedor mais chato do Brasil. Foi assim que Kalil anunciou, naquela ocasião, a contratação do Victor.