Time alternativo para pegar cariocas reforçados

Depois de uma semana toda complicada, com derrota inesperada, mudança de treinador, anúncio de estádio próprio e escalação de time alternativo, o Atleticano segue sua sina em apoio ao time. Tudo no Galo é muito rápido, dinâmico, o humor nosso de cada dia sofre interferências indesejáveis sistematicamente. Nem assim, com tanto solavanco, deixamos de apoiar e acreditar em momentos melhores.

Afinal, diga-se, nossa história recente deixou o Atleticano mal acostumado, pois vivenciamos as melhores e maiores conquistas de uma trajetória que já invejava a concorrência. Paralelo a isso, também, depois de grandes conquistas – especialmente em 2013 e 2014 -, entramos numa rota de instabilidade com trocas permanentes de técnicos em meio às grandes decisões.

Não quero aqui julgar ou fazer avaliação sobre esse quesito, mas – até confesso – que ao final de 2014, quando já acostumava com a teimosia do Levir e começava a lhe dar crédito, fui surpreendido com sua saída. Naquela ocasião, por meio das redes sociais, critiquei muito o treinador, mas ao final, notadamente pela conquista da Copa do Brasil, passei a lhe respeitar e acreditar na continuidade do seu trabalho.

Dispensado, veio a infeliz aposta no Aguirre, sucedido – com grande expectativa – por Marcelo Oliveira, até chegar à recente passagem de Roger Machado. O intermediário, entre os três, teve o mérito de ter a coragem de fazer uma avaliação sobre o desequilíbrio do elenco Atleticano. Já os outros dois – muito bons de prosa – contribuíram para fomentar nossa ilusão.

Agora, diante de uma triste realidade, temos que encarar hoje à noite o Vasco da Gama, que embora seja um time instável e cheio de problemas internos, é carioca e tem a benevolência da organização do futebol brasileiro. Já sabemos que frente a equipes do eixo, temos mais que onze adversários em campo, a interesse da entidade que escala a arbitragem e até da emissora que patrocina essa situação. Então, é entrar e encarar o time da camisa com listra diagonal e aqueles com uniforme de mediadores. Um correndo no centro do campo, dois nas laterais, dois atrás dos gols (com aspecto de patetas) e um do lado de fora dando pitaco em tudo. Dezessete adversários quando jogamos contra o eixo.

Ainda assim, não temos tempo de pensar em outra coisa que não seja vencer. O treinador interino, Diogo Giacomini, embora tenha relacionado os principais jogadores, sinalizou uma escalação alternativa para a partida. E, a bem da comprovação dos fatos, quando o Galo entra com time alternativo, o rendimento tem sido muito melhor que a escalação com aqueles considerados titulares. Parece que as estrelas ficarão guardadas para Micale pegar o Botafogo.

De qualquer maneira, Victor e Bremer são desfalques certos, por cumprirem suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. O do goleiro, comprovando o destempero do momento, foi gratuito. Deixou a meta para ir procurar a advertência. Já o jovem zagueiro, que começou encantando com suas apresentações, depois da renovação do contrato não repete o futebol que apresentou. E mais, receber o terceiro cartão amarelo, em tão poucas partidas, é preocupante. O segundo e terceiro – especialmente o último – logo no início dos jogos. Precipitado demais, precisa buscar ser mais tranquilo.

Vencer o Vasco, além de ser adversário direto, significará avançar em busca das primeiras colocações e vaga na Libertadores do próximo ano. Ou será que os jogadores estão tão confiantes nas conquistas da Copa Libertadores ou da Copa do Brasil na temporada? Com este futebol que estamos assistindo? Sei não!

Reafirmo, prefiro time de futebol a estádio. Quero, na verdade, os dois, Mas, a se escolher, mantenho a opção por vitórias e títulos. Isso, sim, será um grande legado de toda administração.