Sonho meu!

Hoje, bem cedinho, ao editar e postar aqui neste nosso cantinho, experimentei uma deliciosa viagem sentimental. Enquanto escolhia no Flickr do Galo as fotos para ilustrar a nossa prosa diária, me deparei com uma sequência de imagens do Cuca visitando o futuro Estádio do Galo. Já estive lá algumas vezes, as imagens não eram novidade aos meus olhos.

O sentimento diferente e intenso veio lá da alma e do coração Atleticano. Tentarei ser sucinto neste post extra, motivado pela sensação – arrisco a dizer premonição – que me ocorreu com o sol ainda nascendo. Não tenho quintais na região, mas pude sentir o canto do Galo, ainda que no inconsciente. Canto de cantar, do dono do terreiro, nenhuma alusão ao nosso cantinho diário de resenha Atleticana.

Passei boa parte da manhã ainda curtindo aquele sentimento gostoso que só a Atleticanidade pode nos proporcionar. Quis até resistir, receio de tantas ilusões já vividas, mas impossível lutar à tentação e sabor do pensamento positivo. Foi como um bálsamo a tantas amarguras dos tempos recentes. Tanto na condição de Torcedor Atleticano quanto de fatores que afligem a todos nós, brasileiros e o resto do mundo.

Ando tão amargurado, lutando e resistindo a não capitular em meio a essa pandemia e de seus dissabores. O Galo, que sempre foi importante no meu viver, tem sido uma poderosa muleta para enfrentar esse momento. Saímos recente de uma competição, que por falhas nossas, nos escapou o título. Doeu, claro, mas não como aquelas decisões dos anos 70 e 80 – São Paulo e duas vezes com o Flamengo – todas elas perdidas pela sacanagem oficial da CBF.

Outras, igualmente, como em 99 – no apito de um árbitro de Minas Gerais – e em 2012 e também 2015, numa sucessão de erros em favor de Fluminense e Corinthians. Enfim, esse terceiro lugar, repito doído, não machucou como nas ocasiões passadas. Mas ao que interessa, ao ver as imagens do Cuca nas obras do Estádio do Galo, senti algo diferente e gostoso.

Senti confiança no trabalho que ele irá desempenhar nas duas próximas temporadas. Intuo que vai nos devolver a alegria dos anos de 2012 até 2014, perdida a cada nova diretoria que veio depois daquela gestão. O olhar dele para as obras, a vontade de vencer e mostrar a todos o seu valor e a força da camisa Atleticana.

Se já venho pensando na inauguração e na sequência de jogos na nossa casa própria, agora depois disso, estou ansioso pela primeira partida e títulos. A festa será Atleticana, tenham certeza.

Voltando aos tempos do “eu acredito”. Se era “caiu no Horto, tá morto” e “salão de festas do Mineirão”, o que podemos esperar na Arena do Galo?

*fotos: Pedro Souza/Atlético