Sonhando e planejando o futuro

Agora é aquela situação. Atenções divididas até o encerramento da temporada. Concomitante com buscar resultados (hoje é fundamental pontuar, melhor ainda com vitória), temos que projetar e arquitetar o próximo ano. Se no que está dando certo não pode ser mudado, sendo o contrário deve, sim, ser modificado. E as mudanças no Galo têm que ser drásticas. Como diria, de mamando a caducando.

Mas, antes de fomentar essa discussão, vamos ao presente. Hoje, em Santos, mesmo considerando ser a equipe praiana um adversário difícil em seus domínios, o Galo nem pode pensar em deixar de pontuar. Um ponto que seja será interessante, mas considerando o desarranjo até o momento, o ideal mesmo é trazer os três pontos. Se Robinho vem crescendo, deixando até dúvida entre os Atleticanos sobre seu comprometimento, agora é a hora de mostrar evolução e mudança de comportamento.

Ele, a exemplo de Fred, sempre capitularam diante de suas equipes anteriores. A propósito, o Fluminense do centroavante venceu o Galo nos dois turnos, aqui e no Rio de Janeiro. O camisa nove ficou devendo. Agora é a vez de Robinho desmentir essa máxima, ou superstição, levando o Galo a uma grande partida frente ao time que o projetou para o futebol mundial. No primeiro turno, ainda sob o comando de Levir Culpi, o peixe derrotou o Galo no Horto.

Está na hora de mudar o jogo. Nada melhor que este desafio de hoje à tarde, na Vila Belmiro, para embalar o sonho da fiel Torcida. Esse time, responsável pela nossa bipolaridade, numa rodada faz o Atleticano sonhar e na outra provoca o desânimo. Tempos atrás, me incluo sem receio, fazíamos contas e projeções otimistas para a sexta participação consecutiva na Copa Libertadores. Agora, constato, com tristeza, que a insegurança é perceptível entre os Torcedores.

Alguns chegam até a abrir mão do sonho em troca de um melhor planejamento para o futuro. Sobre isso, embora com algum tempo de atraso e timidamente, percebo a virtual diretoria a ser eleita ainda se movimentando. Digo assim, pois enquanto outros clubes estão tratando de contratações, no Galo ainda fica a definição do nome para a diretoria de futebol. Exatamente o lugar que ficou acéfalo na gestão que está por terminar. Alexandre Gallo deverá ser confirmado com a eleição da chapa da situação: Sette Câmara e Lásaro Cândido.

Sobre isso, não é opinião isolada do blogueiro, basta reler a quantidade de comentários aqui contidos, bem como e até uma extensa lista de sugestões, minuciosamente declarada por quem tem amor e paixão pelo Clube Atlético Mineiro. Sigamos. Nas laterais, temos dois bons jogadores, mas precisamos de reposição dos dois lados e até quem provoque uma boa disputa por vaga com os dois titulares. Na zaga, seguramente, está nosso maior problema. Léo Silva, capitão e que tem história, não aguenta a sequência desgastante da temporada. Gabriel, que se firmou, sempre é cantado como possibilidade de transferência. E o pior, tirando os dois, não vejo nenhum preparado para assumir a titularidade. Bremer e Matheus Mancini são boas promessas, mas ainda imaturos para tanta responsabilidade.

Para volantes, vejo dois bons nomes para continuar. Adilson e Gustavo Blanco, este desde que se livre definitivamente do DM. Fora eles, os demais são instáveis. A começar pelo comemorado Elias. Roger Bernardo, a exemplo do Felipe Santana, joga uma ou duas boas partidas, depois desce a ladeira. Então, é necessário pensar em nomes para compor o elenco. Ainda acredito no Ralph e um pouco no Yago. Merece uma reoportunização depois do clássico. Lucas Cândido…

Um pouco mais à frente, vamos lá. Cazares, desde que tome juízo. Seja trazendo papai e mamãe para cuidar do bebezinho ou mesmo uma babá. Otero, sim, apesar de ser de lampejos. Valdívia, se voltasse a ser aquele dos primeiros tempos do Internacional, claro, mas o que vi diante do Botafogo, prefiro o Carlos de volta.

E lá na frente. Que situação! Seria, pelos nomes, seguramente o setor mais qualificado. Mas, para nosso desespero, apenas Luan – atuando pouco – tem mostrado amor, raça, garra e compromisso com a camisa e história do Galo. Clayton, talvez – como salientou um leitor – se voltasse a atuar como no Figueirense, pudesse dar a volta por cima. Os outros são os outros e só! Que nos façam calar! Hoje, lá em Santos, terão outra oportunidade.