Há 22 anos, em 1994, a diretoria do Atlético, pressionada por um grupo de Torcedores, investiu e até envolveu-se com nome da política mineira da ocasião na montagem do que acabou se chamando “SeleGalo!” Foi um fracasso, um verdadeiro fiasco. Ao final, ainda devendo ao político/investidor, teve de transferir propriedade do clube para cobrir o custo daquela aventura. A responsabilidade pelo malfadado projeto pode ser dividida entre a diretoria e parte da torcida que apoiou essa articulação.
Jogadores totalmente descomprometidos, embora com passado de vencedores, desceram em BH e foram para a Cidade do Galo. Dois deles, apesar da grande expectativa, jamais deveriam ter vestido a camisa Atleticana. Renato Gaúcho e Neto. O primeiro até que foi mais efetivo e acabou saindo por um atrito, adivinhem com quem? Levir Culpi, que assumiu a equipe depois do fracasso com Waldir Espinosa.
Além dos dois, ainda Éder Aleixo, retornando ao Galo, Adilson Batista (ele mesmo, aquele do “vamos aguardar”), Gaúcho, Paulo Roberto Costa (que contou a história da tremedeira) e outros de menos visibilidade. O saldo daquele fiasco acabou sendo a demissão do treinador Espinosa – que não conseguiu dar padrão de jogo à equipe –, sendo substituído então por Levir. Tempos depois, o primeiro treinador, contratado diga-se por exigência de Renato Gaúcho, embora tenha negado, deixou escapar que o fracasso poderia ter sido pelas “baladas” das estrelas.
O time, me lembro bem, tinha um goleiro mediano. Na ocasião, meu amigo Bastião Verçosa, lá de Araxá e adepto de justificativas imprevisíveis em momentos difíceis, dizia: “Com um time desses, com tanto craque, pra que pensar em goleiro? A bola nem vai chegar ao nosso gol”. E chegou e, como agora, tomamos muitos gols. A escalação era: Assis, Paulo Roberto Costa, Kanapis, Adilson e Paulo Roberto Prestes; Valdir, Carlos e Darci; Renato Gaúcho, Gaúcho e Neto.
Com a demissão de Espinosa, em que pese a briga do Levir com o Renato Gaúcho, quase chegamos às finais do Brasileiro. Foi num ano em que havia uma repescagem e o Galo renasceu das cinzas. Salvo melhor juízo, foi também no mesmo campeonato que nossos adversários bateram na trave do rebaixamento, sendo salvos por um gol – acreditem – de Toninho Cerezo na última partida. Além desse tento, ainda deu assistência para outro. Venceram o União São João de Araras, por 3 a 2 e de virada, na penúltima partida daquele ano.
Pois bem, estou fazendo toda essa digressão para alertar que o nosso momento é muito parecido. Se em 1994, com tantos medalhões – embora Levir tenha feito uma grande reformulação depois que assumiu (mas a expectativa para a temporada foi a mesma) –, chegamos perto, será que agora vai se repetir? Que eles, os consagrados jogadores do atual time Atleticano, mostrem um final de temporada diferente.
A Torcida exige a conquista da Copa do Brasil!
Vacinado e descrente da mídia do eixo, já disse e repeti – contestado por quem…
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Estamos por três semanas para a temporada encerrar. Para o Galo, se conseguir o milagre…
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Eu não vou! E o time vai? Não acredito! A derrota por um gol para…
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Caro Eduardo, pouco mais de 8 meses depois, a confirmação: a #selegalo foi reeditada em 2017.
Medalhões vencedores, pouco comando da diretoria, rios de dinheiro que fariam com que um mês de salário do Fred (que tem até pouca culpa) pagasse tido um time de juniores com mais vontade de ganhar.
Robinho foge da bola o jogo todo. Carioca só passa de lado.
Com o dinheiro do estádio dá pra montar um timaço, mas isso não vai resolver, porque em alguns meses vai todo mundo embora e a cena se repete.
Vamo brigar para não cair, construir o estádio e torcer por dias melhores.
Caro Souza,
Seguem algumas correções históricas quanto à SeleGalo:
O goleiro titular não era o Humberto, e sim o Assis. Humberto jogou no decorrer da temporada. O Lateral esquerdo era Paulo Roberto Prestes, e não Luiz Carlos Wiking. O Luiz Carlos, que era Winck, e não Wiking, era o lateral direito. Paulo Roberto Prestes, como já falei, era o lateral esquerdo. O que jogou no Galo em em 1995 era Paulo Roberto Costa, o cara de cavalo.
Caro Eduardo,
Admiro e muito seus comentários mas desta vez tenho que falar que foi muito mal esta comparação, além de serem situações completamente diferentes, veio numa hora inoportuna pois estamos prestes a decidir um campeonato nível nacional, e como Atleticanos que somos, temos que jogar pra cima e não ficar ressuscitando estas barcas do passado.
Lembrando da selegalo, o pior não foi o gol do Branco, e sim o goleiro Humberto dar um bico na bola logo no pé do Marcelinho Carioca, que sem deixar cair colocou por cima, decretando a derrota que nos custou o título. Pior não foi o gol e a assistência do Cerezzo e sim o Renato Gaúcho só ter jogado uma partidaça no Galo, na penúltima rodada da repescagem, quando ganhamos por 5x0, se empatasse quem cairia seria o cruzerim (mas ainda tínhamos a partida final com o União São João lá em Araras e não poderia arriscar). Ele pegou uma bola do goleiro, driblou o time adversário todo e fez um golaço. Mostrou que é cruzeirense. Fico chateado quando falam mal do Marques como um aí em cima, se não fosse por ele nem chegaríamos bem no final dos campeonatos de 97 a 99 (em 98 a culpa foi do Carlos Alberto Torres, que soube que a Lusa estava vencendo o Grêmio em Porto Alegre e mandou o time jogar pelo empate contra a Ponte em Campinas e no final o Grêmio virou e tirou nossa vaga – num ano em que perdíamos num sábado no Mineirão por 2x0 para o Botafogo, viramos para 5x2 e deixamos empatar em 5 gols e que estávamos vencendo o Santos por 4x1 na Vila Belmiro e depois da expulsão do lateral esquerdo deixou empatar). O maior erro do Cuca em 2013 nem foi sair antes do Mundial, e sim brincar no Brasileiro ao invés de usá-lo para colocar o time nos trinques, desistiu do campeonato na metade. Demos sorte do zerim não ir à final da Copa do Brasil 2016, pois o Marcelo não ganhou clássicos quando esteve lá nem ganhou no Galo, é o pior técnico que vi desde 1970, quando comecei a torcer aos 11 anos de idade. Breve treinará Sport, Figueirense e times desta linha e terá que se contentar com isto para não sumir como Adilson Batista e Humberto Ramos, que substituiu Dario Pereyra em 99 e nos levou à final (aliás, por que não tiram o MO antes da primeira final e colocam o Micale?). Se não formos campeões da Copa do Brasil seremos mais uma vez humilhados por não conseguirmos um bicampeonato, já que a diretoria do Galo não valorizou a Conmebol, como fizeram Botafogo e São Paulo, e agora é tarde para isto. De todos os técnicos citados por aqui prefiro o burro com sorte.
É parece muito com selegalo.
E Eduardo pode comentar a camisa 3, será q não dava pra caprichar um pouco mais nisso?
Time baba
Treinador baba
Agora uniforme baba
Nem vêm falar, tamo melhor q os outros. Com esse elenco e o dinheiro gasto se eu fosse presidente batia na cara cada um dos incompetêntes q levaram a essa campanha ridícula.
Pode colocar a barba de molho, não leva a copa do Brasil e vamo ficar na pré libertadores.
Porque o distribuidor de camisa e os chinelinhos não gostaram da cobrança do presidente dorminhoco
PAULO ROBERTO COSTA NAO JOGAVA EM 1994 E SIM O PAULO R PRESTES
Boa noite! Vejo muitos comentários aqui comparando o atual elenco do galo a "funcionários públicos" como se essa classe de trabalhadores fosse nefasta. Que pensamento tacanho, injusto e um tremendo cliché. Sou funcionário do estado de minas gerais há doze anos, devidamente aprovado em um concurso público para o qual estudei muito, faço meu trabalho honestamente, ralo muito, ganho mal, e acredito eu que faço o melhor que posso para atender o público carente que necessita dos meus serviços e faço efetivamente, através do meu suado trabalho, um bem para o meu estado e país. E vocês? Fazem o que? Funcionários ruins e preguiçosos existem em todas as classes de trabalhadores, seja na iniciativa privada ou pública. Quanto preconceito! Quanta falta de informação! Quanta burrice! Igual a mim conheço dezenas de colegas que trabalham há décadas para fazerem um bem público, mal remunerados, sem condições de trabalho e ainda viram motivo de piada pra essas pessoas que ficam aí arrotando clichés e bobagens e que não fazem nada de bom no seu trabalho para ajudar nossa tão combalida sociedade. Valorizar os funcionários públicos honestos e trabalhadores é também valorizar o país e nossa sociedade.
Os problemas do nosso Galo hoje são porque nosso presidente é frouxo e só resolveu falar grosso em Curitiba para aparecer e nosso técnico é um incapaz. Como disse o Kalil em 2008 quando assumiu o Galo, Marcelo Oliveira não serve para ser técnico nem do time junior do Galo. Vamos torcer para termos muita sorte e ganhar a Copa do Brasil.
Eu não compararia este time coma SeleGalo. Aquela foi uma da spágina smais vexarórias da nossa História e a fase que vivemso hoje é diferente .Tanto do time como do clube .Porém , muitos dos erros que levaram áquele fracasso se repitiram agora : desorganização do departamento de futebol ,pouco critério nas contratações de atletas e muita falta de comando .
Porém, ainda acredito que foram apenas questões pontuais e não estruturais que temos em comum com aquele time de 1994 . E uma das melhores formas dos nossos jogadores demosntrarem que estou certo é entrarem como se deve para jogar a final da Copa do Brasil com o Grêmio .Estarei vendo e vou cobrar !
Quando o time do Barcelona foi eliminado das quartas-de-final da Champions League pleo Atlético de Madrid , o time se fechou e ,por uma questão de honra ,lutou pela conquistas do Campeonato Espanhol e da Copa do Rei e ganharam as duas competições . Só espero que os nossos jogadores tenham a mesma honra e se fechem para ganharem a Copa do Brasil . Simples assim !