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Sem superstição pero hay

Embora não seja chegado em crendice, tenho cá minhas manias – notadamente relacionadas ao Galo em dias de jogos – que procuro seguir. Acredito, embora com alguns deslizes, que têm me sido convenientes. Desde o número de jatos de desodorante – claro 13 – até uma bota antiga e o uso de calça preta nos jogos mandantes. Como no setor de imprensa é proibido o uso de camisa do clube, nunca estou com camisa naquele local. Enfim, o manto como chamamos e para nós é mesmo sagrado, tem suas peculiaridades e respeito por parte do Atleticano.

Como as camisas, desde tempos, se tornou em importante fonte de receitas dos clubes – do Galo e de todos –, a invencionice ganhou espaço e o desejo nosso como consumidor. Nada tenho ou carrego de conservadorismo em minha vida, exceto no caso da camisa preta e branca, pendurada ou não no varal (como diria o saudoso amigo Roberto Drummond), com listras verticais e simetricamente respeitadas. Já tivemos listras maiores e menores. Algo em torno de 5 centímetros sempre foi o usual ao longo destes 115 anos de história.

Com a entrada das grandes empresas neste mercado, tenho saudade da Malharia Petrópolis do Chaim Abdo Mitre ali na Rua Flórida (Sion) que forneceu material ao Galo nos anos 70/80, virou um mercado de grife e o torcedor visto quase que apenas como consumidor. Enfim…não tenho a pretensão de lutar contra essa tendência que o capitalismo sabe muito bem explorar. Desde que não afete minha Atleticanidade. Gosto muito mais da tradicional, preferencialmente sem patrocinador que obriga o Atleticano a ser usado como um outdoor ambulante pelas ruas da cidade. Sem essas colagens, patrocinadores, só o Manto da Massa, que recebi semana passada depois de um ano na fila. Ufa!!!

Numa curta pesquisa de tempos recentes, percebo o quanto nossa tradicional camisa P&B vem sendo violentada pela busca do lucro para a Adidas, Le Coq Sportif, Diadora, Penalty, Dry World, Topper, Puma, Umbro ou outras menos citadas. Fato é que nenhuma delas tem, nem questiono isso pois estão nos clubes na condição de interesse comercial, qualquer compromisso com o time ou o torcedor. O único é o de fornecer o material para consumo das equipes desde o profissional até a base, alimentando a rede de lojas para a venda no varejo. E, ainda assim, recentemente assistimos malharia famosa não conseguir atender a demanda.

Mas, o que me traz nessa sexta-feira – entre o péssimo jogo e vitória sobre o inexpressivo Brasil de Pelotas e a espera do Vasco pelo Brasileirão – é aproveitar para prosear sobre esse assunto. Até porque sobre o time do Coudet, melhor esperar alguma reação, uma vez que de bom ainda não podemos dizer absolutamente nada. Em que pese o mineiro, frente a times de ocasião que duram exatamente o período da disputa. Amanhã, eu vou ao Mineirão, vou torcer pro meu time (que sou fã), mas me ajuda ai Coudet e jogadores. Tá dando calo na vista a cada nova partida. Tá passando da hora de mostrar serviço, treinador. Já se foram 18 partidas, na terça – a de número 20 – pela Libertadores e frente ao Paranaense vai recuperar daquela lambança frente ao Libertad? Acorda, Chacho!

De volta às camisas que é a nossa resenha de hoje. Recebi, ontem cedo, a nova camisa de jogo em função de mais uma renovação do plano GNV Forte e Vingador. Registre-se a eficiência da equipe que trabalha na renovação. Segundo andar da loja ao lado da sede. Muito bonita, apesar de – a exemplo de algumas do passado de outros clubes – mais parecer um abadá. E um verdadeiro código de barras. E um monte de patrocinador. Na frente, nas costas, na manga, e se fosse possível até no avesso teria alguma marca estampada. Porém, disse bonita, para ser usada pela Torcida. Camisa de jogo, insisto, não poderia ser diferente da tradicional preta e branca, com listas iguais na vertical. A atual, apelidada – não por acaso – de código de barras seria linda nas arquibancadas.

Tivemos outras piores recentemente. Dourada e rosa e preto, da atual Adidas. Uniforme da Umbro, preto com friso fininho e quase despercebido; Toda preta, da Penalty e depois da Diadora; preta com detalhes e branco e dourado, também Diadora; ainda dessa mesma Diadora, preta com faixa cinza; no ano do centenário, preta com listras douradas no lugar do branco; de volta a preta da Puma e logo depois da Dry World; igualmente preta agora da Topper e depois até da Le Coq que na sequência enfiou uma cinza goela abaixo.

A maioria delas, quase todas e sem entrar no Manto da Massa – sem anunciantes –, como uniforme de número três. A tradicional continuava em campo. Agora, puxando pela memória, afirmo sem medo de errar. Essas invencionices, via de regra, sugerem mau agouro. Por memória e até em arquivos do flickr. Mesmo utilizadas em campo uma única vez, o Galo não foi feliz com várias delas. Agora esse código de barras é toda partida. E o time óóó…!!!

No creo en brujas pero que las hay las hay!

Imagens: 1) Pedro Souza/Atlético; 2) arquivo do UAI/EM

Blogueiro

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  • Onde assino amigo nobre temporão!? Queria dizer nada não,mas, parece q o Estatuto Social do Clube anda meio q deixado de lado la no 3º andar em Lourdes,se não vejamos:
    Título VI - Do Patrimônio
    Art.14 § VI - Uniforme titular. Composto de CAMisa com Listras VERTICAIS BRANCAS e PRETAS, apresentando no lado esquerdo,o ESCUDO estampado na altura do CORAÇÃO; de calção cuja cor predominante é PRETA,podendo ter UMA ou DUAS listras BRANCAS,de meias BRANCAS que podem ter detalhes na cor PRETA.
    § VII - Uniforme reserva. Composto de CAMisa BRANCA com ou sem DETALHES PRETO, calção e meias IGUAIS ás do modelo TITULAR.
    Com a palavra o vivente q aprovou essa nova camisa _ as outras citadas tbm_ será q ele/eles algum dia leram o nosso Estatuto. E quem deu o aval?
    Rainha da década de 70/80 foi/é imbatível. Sem contar q acabaram com a piada do código de barras com o abadá grêmîsta,xatiadisss...!!!
    Saudações Atleticanas

  • Prezados voltando aqui

    Não serve de parâmetro, mas não deixa de chamar a atenção. Em enquete no site da Globosta, esta camisa polêmica está em terceiro como a mais bonita.
    Ferrou!!!

  • Eu sou dos tempos que íamos pro Mineirão ver o nosso amado CAM jogar de preto e branco sem frescuras na camisa, empurrar a torcida da camisa feia pro seu cantinho e zoar o Raul que entrava de amarelo!!!

    Hoje em dia a nossa gloriosa camisa continua preta e branca mas cheia de frescuras, não têm mais as cordas da PM pra empurrar e o nosso goleiro é que usa amarelo... bons tempos que nunca mais vai voltar!!!

  • Bom dia a todas e a todos. Por mais que critiquemos os fabricantes o que é totalmente justo, o que realmente me assusta é que de alguma forma alguém dentro do Galo validou esse modelo de camisa, de alguma forma uma pessoa sem o menor senso crítico aceitou isso. A maldida numeração amarela do ano passado que já era péssima, conseguiu evoluir para algo horrível na camisa desse ano no quesito visibilidade. A sorte do Galo é que o amor é cego!!!!! Um ótimo final de semana para todos!

  • CARO BLOGUEIRO EDUARDO , VAMOS LEVANTAR AQUI UM MOVIMENTO E UMA CAMPANHA PARA A IMEDIATA LIBERAÇÃO DO NOSSO NOVO ESTÁDIO PARA JOGOS OFICIAIS..
    A HORA É AGORA , O ESTÁDIO ESTÁ PRONTO , NÃO HÁ MAIS O QUE ESPERAR......
    ""JOGOS OFICIAIS JÁ"".

  • Quanta bobagem……
    Se camisa ganhasse jogo o time da Hering seria imbatível, rsrsrsrs
    Só concordo quando dizem que as camisas viraram abadá!
    E o torcedor virou outdoor ambulante!!

  • De fato, "a camisa de jogo" deve ser tratada com respeito, pois é um dos símbolos mais importantes desta instituição chamada "CLUBE ATLÉTICO MINEIRO". É preciso compreender e respeitar a sua história, significado e simbologia, que são de fundamental importância na vida e cultura de todo atleticano. Sua padronização (ou pelo menos o estabelecimento de alguns critérios mínimos essenciais) seria uma forma, simples e prática, de valorização às origens e de preservação de sua própria identidade. Saudações Alvinegras!

  • Bom dia, amigalos.
    Tenho a camisa tradicional dos anos 80 com o número 9 sem patrocínios, aquela que o Rei usava, acho muito bonita. Gosto também da preta que o Marques e Guilherme usavam. Essas coloridas são ridículas, essa rosa então vai pra... Oh! Everson, camisa amarela chama gol é da Vanderleia (com todo respeito).
    Quero comprar a preta de goleiro, ficou top demais.

  • Bom dia Massa e Guru

    Pegando um gancho no post de hoje que trata de tradição e saudosismo, gostaria de comentar algumas postagens de nossos amigos de espaço, que frequentemente andam comparando épocas e jogadores do passado com os atuais.
    Eu, assim como nossos amigos de espaço reverencio nosso passado, mas não acho que devemos usá-los para analisar o nosso presente.
    Muita coisas mudaram e assim como nosso patrimônio, jogadores e comandantes até nós torcedores mudamos.
    Vários jogadores do nosso passado já foram devidamente citados aqui como referência de bom futebol, caráter e principalmente amor à camisa, mas infelizmente, por obra das falcatruas ou até mesmo do destino, nunca foram tão campeões como nossos atuais.
    Importante lembrar que se fomos brindados com estes jogadores, por outro lado sofremos com as administrações amadoras e a falta de recursos, ou alguém já se esqueceu do período que não tínhamos campo para treinar e chegamos a não ter nem presidente no clubes?
    Dito isto, é preciso lembrar a virada de chave no clube e amanhã estaremos inaugurando a mais moderna arena da América do Sul, sonho de muitos.
    Não, não estou querendo aqui jogar nosso passado no lixo, mas precisamos e devemos olhar nosso presente e nosso futuro, pois se hoje temos a representatividade significativa no mundo do futebol, é fruto justamente desta nova época.
    E para fechar, certamente nosso manto é fruto desta mudança de mentalidade e conceito, inevitável nos dias de hoje, mas o mal agouro meu Guru está em campo, onde técnico e elenco estão deixando a desejar, seja com qual camisa for.

  • Saindo do assunto de hoje, superstição e camisa, o ranking de média de público do brasileiro- de 1959 a 2022, mostra o Galo em segundo. Isso é resultado, principalmente, das grandes equipes da década de 70 e 80. Outro fator foi ter o Mineirão com capacidade para mais de 100 mil torcedores.
    Na estreia do Brasileiro 2023, já teremos a limitação de público, devido a show na esplanada do estádio.
    A torcida do Galo comparece, como confirma esse ranking, e irão estrangular a Massa com Arena para 46000 torcedores. O nosso estádio é acanhado para o potencial da nossa torcida.

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