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Sem jogo e fazendo contas

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Um fim de semana sem Galo, para o Atleticano, é como domingo sem missa para aquele católico fervoroso dos meus tempos de infância no interior. Por mais que preencha o tempo com cinema, shopping, praça de alimentação, academia, clube, cafezinho com amigos e parentes, o tempo não satisfaz e fica aquela sensação de vazio. Belo Horizonte não é a mesma sem o nosso time em ação. Fica triste!

Mas, como tudo é passageiro, na quarta-feira (não aquela de frustração alheia) tem mais Galo de volta na cidade. E neste retorno, o Atleticano espera uma única situação sob o comando do treinador Oswaldo de Oliveira. Comprometimento, o que faltou até agora neste 2017. Nenhum dos treinadores anteriores, Roger Machado e Rogério Micale, conseguiu extrair isso de um grupo onde tem jogadores experientes e comprovadamente bons de bola.

Se faltou liderança, dentro das quatro linhas, em torno dela ou lá no alto da pirâmide, o momento agora é de buscar a recuperação. O risco e a ameaça da degola ainda rondam e provocam pesadelo no Atleticano, embora – opinião pessoal – não admita tal possibilidade. Um time com os nomes que o Galo dispõe, jamais pode pensar em rebaixamento. Entretanto, os tropeços que originaram resultados inesperados – sobretudo em Belo Horizonte – sugerem algo diferente da expectativa.

A partida de quarta-feira, frente ao São Paulo, será decisiva e agora, sim, vai mostrar a que veio o terceiro treinador neste ano. Nas duas primeiras partidas, especialmente aquela pelo Brasileiro, senti que o time esteve mais vibrante e buscou o resultado. Na Primeira Liga, a decisão – embora nas penalidades – abalou a confiança de muitos amiGalos. Acho compreensível, afinal, não gostamos nem de perder disputa de palitinho.

Entretanto, apesar da perda do título da Primeira Liga, e pelas circunstâncias do momento, senti alguma evolução da equipe. O comandante e a diretoria, não sei ao certo as razões, ainda deram dois dias de folga ao elenco. Pelo momento, a necessidade de vencer e o desempenho global, não sei se estão merecendo tamanha regalia. Mas, não estou lá dentro e tampouco sei do que se passa, se Oliveira entendeu assim, sigo apoiando. Em todo o caso, passaram o fim de semana treinando.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Ao que parece, Leonardo Silva e Marcos Rocha seguem desfalcando o time e nem se tem ao certo quando estarão à disposição. Pelo que jogou na partida com o Londrina, o zagueiro Felipe Santana pode vir a ser uma boa opção para as missões que ainda temos pela frente. Pelo seu histórico, teria desconfiança, mas especificamente neste jogo, mostrou poder merecer nova oportunidade.

Já no caso da lateral direita, sinceramente, o único substituto da posição me tira o sono. Com Marcos Rocha e Carlos César indisponíveis, a única opção sendo Alex Silva é de apavorar ao Torcedor. Fosse um erro isolado numa partida, mas o jogador – sistematicamente – vem atravessando bolas à frente da zaga e possibilitando jogadas de perigo dos adversários. Nem me prendo à reposição de bola bisonha da última partida. Lembram que ele errou reposição de bola em batida de lateral? Talvez fosse o caso de deslocar alguém para aquele setor e dar mais segurança e confiança aos seus companheiros em campo e a nós na arquibancada.

De resto, o time está bem servido, faltando apenas o componente básico, fundamental e essencial para vencer os jogos. Compromisso! Havendo garra e determinação, seguramente, vamos nos distanciar do Z-4, de onde estamos a apenas quatro pontos. Consequentemente, quem sabe, até sonhar com o G de cima, de onde nos distanciamos seis pontos.

Dos 12 jogos que nos restam, seis são como mandante e igual número de vezes como visitante. Em casa: São Paulo, Chapecoense, Botafogo, Atlético-GO, Coritiba e Grêmio. Como visitante: Sport, o clássico mineiro, Santos, Bahia, Vasco e Corinthians. Façamos nossas contas.

Blogueiro

View Comments

  • Boa noite senhores.
    O maior problema do Galo em 2017 foi a perda do Maluf.
    Outro problema é que o GALO sempre contrata nomes e não jogadores.
    O pior é que na base não se forma ninguém da frente há muito tempo.
    Realmente é melhor não ir para a LIBERTADORES em 2018.
    Que DEUS nos ajude.

  • Caros,
    Ñ pode deixar de ser, 4ª feira é mais decisão. É aí q escancara na sem vergonhice a falta de compromisso desse time, falta de empatia com torcida e, falta do básico, bola. É só falar em decisão e essa turma aí, Deus me livre da pergunta herética, já treme? O Campeonato Mineiro passado ñ vale, pelo simples motivo de q invariavelmente o Galo vai levantar esse caneco. É a velha hierarquia no terreiro q prevalece desde as origens do tempo. Recapitulando um time qq na na história alvinegra: Será q nessa decisão, pois é uma, veremos chute a gol, esse fundamento tão raro? Teremos um meio de campo compacto, criativo e combativo? Será q o time tem treinado pelo menos cobrança de lateral?, nem mais aquela jogadinha ensaiada da AvRocha? A essas alturas já pairam longe qsq certezas: temos, hj, verdadeiramente um time? Prá mim é uma sorte grande a próxima partida ser contra a mariada paulista, clube q tem uma indisfarçável inclinação histórica para ser freguês do Galo...
    Obs.: parece q na imprensa geral e aqui é proibido discutir a indiscutível necessidade de reformulação total desse elenco atual. Ñ dá prá manter a base disso aí, nem base tem. Atrás da piada "ñ deu liga"...mas isso aí de reformulação envolve criticar todo um "planejamento" e, mais q isso, envolve criticar a família Kalil, o q envolve confrontar as viúvas q ficariam desoladas e...e desfiariam o velho rosário de maria isso aquilo...
    Obs.: mesmo q tudo fique como tá, já tão ensaiando outro culpado. Só peço q ñ queiram crucificar o pobre Diabo, Ele mesmo já marcado, colocando a responsa pelos laterais e penalidades mal batidos, a conversa fiada de melhor plantel, o abandono todo, no eterno caluniado.
    "O Diabo mandar dizer q nem tudo é culpa Dele e q Ele mesmo ñ passa aDeus de folga".

  • Verdade seja dita: estamos com um monte de "come-dorme", jogadores custando o olho da cara, recebendo em dia seus salários e simplesmente desinteressados em exercer o seu ofício com MAIS dedicação e afinco... se esforçar e suar a camisa (além do aparentemente necessário) prá quê? Não vai receber "a mais" por isso, né? A solução então? REFORMULAÇÃO DRÁSTICA DE ELENCO EM 2018. "Comprometimento" é a palavra-chave prá uma equipe se tornar competitiva. Outra dica: reduzir a faixa etária do envelhecido elenco atleticano.

  • boa noite, caro Eduardo e demais galonáticos:
    exatamente isso, Evandro... vc tocou na ferida!!! A administração do Clube Atlético Mineiro parece que virou "casa de mãe joana". Treinador acaba de chegar efaz o que quer, do jeito que quer, passa a mão na cabeça de jogador, não pune quando deveria, e ainda dá essa ridícula folga de 02 dias como prêmio pra um elenco que acaba de perder uma decisão pro "poderoso" Londrina... É desse jeito, nosso futuro tende a ser cada vez mais nebuloso... acaba logo 2017!!!!

  • Muito bem colocado, George. Tem uma coisa faltando nesse time. Algo como um tempero na feijoada. Você olha parece perfeito. Mas falta aquele algo a mais... Não sei o que deu tanta m... Não acredito em falta de profissionalismo. Mas tem umas coisas. Contra o Londrina teve um tumulto na área paranaense e alguém chutou uma bola, que acertou justamente o Fred. Aquele que deveria ser o incumbido de empurrar para o gol. Será que o Belmiro massagista, que tem cara de "Pai de Santo" já sugeriu banho de sal grosso? Aqui em casa tem arruda e "comigo ninguém pode". Aliás, desses adereços indispensáveis em casa de pobre, só não tenho uns dez meninos, mas tenho três cachorros...

  • Esta ficando difícil demais acreditar em qualquer reação dessa caricatura de time, que nos coloque novamente na libertadores. Seria menos vergonhoso para esse time deixar o Galo na sua sexta libertadores consecutiva. Fiquei muito bem acostumado. Fazer o quê. Mas a verdade é que minha única ambição são os 45 pontos e mais nada. Ainda estou doído da perda do titulo para um londrina da vida. Digo que era obrigação ganhar. Mesmo com esse bando de chinelinho. Não honram nossa Camisa.
    Pior time do Galo de todos os tempos na minha humilde opinião...E olha que ja vi muita draga. Mas igual a esse ...é de espantar a preguiça e má vontade de muitos, e uns que se dizem até torcedores. Não vou julgar mais...As vezes é ruindade mesmo , nós que nos iludimos...Sigo torcendo e esperançoso para 2018, sem Nepomuceno e sua barca.
    SAN.

  • Boa tarde! Enquanto não vemos o time em campo o que se espera é que ele esteja fazendo a coisa certa: que os jogadores estejam treinando comprometidamente e focados em tirar o Galo da situação em que se encontra. Na quarta-feira precisamos de uma vitória contundente! Para isso, é recomendável que se improvise o Yago na direita, porque o Alex Silva está muito mal. No mais é cobrar transpiração dos jogadores em campo. Abraços

  • Velho, você é chato e inútil! Vai virar maria que é um favor que você me faz. oOOOOOOhh pelinha, deixa a galera comentar.
    Acha que tem superpoderes capazes de sair julgando quem é quem?
    Vá pentear macaco!!!

  • Amigos,
    Alex Silva não é péssimo. Ele é o pior dos péssimos. E com ele outros daa safras do A. Figueiredo.

  • Boa tarde Eduardo.
    É a primeira vez que apareço por aqui, mas tenho acompanhado sua coluna e os comentários dos nossos amigos atleticanos. Em muitas situações, mesmo com as divergências de opinião, este espaço serve para a gente refletir melhor sobre as questões relacionadas ao nosso Galo. O torcedor atleticano sempre foi diferenciado. Já fomos comparados aos argentinos pelo incentivo incondicional durante as partidas. Já recebemos com festa times lutadores mesmo em situações que fomos derrotados. Mas tem uma coisa que incomoda, ou mesmo irrita, nossa torcida é falta de vontade, falta de raça. É aí que gostaria de chegar. Podemos jogar ofensivamente, defensivamente ou em qualquer esquema tático, mas a vibração e o comprometimento não podem faltar. Infelizmente, este time atual não tem alma. É burocrático. Este ano, a não ser pelo Mineiro, foi perdido. Vamos torcer para que os novos dirigentes aprendam com o fracasso e façam as mudanças necessárias para voltarmos a conquistar grandes títulos.

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