Se torço contra o vento, por que não torcer pela vaga na Libertadores?

Ontem, passei o dia todo confuso até em relação ao que penso. Digo sobre o jogo de hoje à noite entre Flamengo e Independiente. Disse e confirmo: sinto total desconforto em torcer pelos cariocas. Não só pelo passado escuro e pelas roubalheiras históricas que consagraram Wright, Aragão e outros asseclas, mas – até mais – pelo fato de o Galo ter feito absolutamente nada para merecer uma oportunidade na Libertadores. Ainda que nessa repescagem preliminar.

Quando me lembro que além desses juízes, todos cretinos, ainda tivemos todo tipo de sacanagem patrocinada pela CBF, atendendo interesses de emissora de televisão e até do sistema político da ocasião, a náusea aumenta. Desde os anos 80, naqueles jogos finais do Brasileiro e na partida do Serra Dourada, até recentemente, a CBF não tem constrangimento em favorecer os interesses do Rio e de São Paulo, com destaque para Fluminense, Corinthians e esse tal de Flamengo.

Entretanto, em que pese tudo isso, embora não vá acompanhar a partida, comecei a admitir que prefiro o time do Rio de Janeiro campeão. Evidente que a única justificativa seria a abertura desta vaga adicional e a possibilidade de os “novos ares” na Cidade do Galo devolverem a nossa autoestima e esperança em dias melhores. Sendo assim, com o nariz tapado, sou Galo e tenho uma nega chamada …!

De qualquer maneira, vingando ou não essa possibilidade, para amanhã – quinta-feira – vamos ficar atentos ao que o novo presidente a ser empossado nos reserva na entrevista coletiva. São muitos os nomes comentados, jogadores ainda considerados promissores e outros que estão mais para final de carreira. Evidente que o treinador, agora confirmado oficialmente no cargo, está participando dessas sondagens.

Sem querer ser repetitivo, até por que os leitores por meio de seus comentários vêm sendo contundentes, algumas posições são de necessidade imediata de novos valores. No gol, Victor precisa e até merece quem lhe ameace da situação cômoda que está desde as conquistas de 2013 e 2014. Giovanni não tem este perfil, Uilson igualmente e está até afastado, enquanto Cleiton é – digo isso pelo sentimento das ruas – nome em que se deposita muita esperança. Porém, ainda muito imaturo para uma eventual titularidade.

Se Marcos Rocha sai ou continua, necessário se faz que tenhamos opção para a lateral direita. Alguém que obrigue o titular, se continuar, a preocupar com a cômoda condição que segura desde 2012. Na outra, igualmente o Fábio Santos precisa de uma sombra. Zagueiros são prioridades. E não é necessidade recente, isso vem há três anos, mas a direção preferiu congestionar outras posições em detrimento da defesa. Neste período, ficamos entre os times mais vazados de cada temporada.

Volante. Parece que alguns pretendem seguir carreira noutra praça. Não vejo necessidade nenhuma em tentar segurar qualquer deles, inclusive os dois que atuaram mais vezes com Oswaldo de Oliveira. Yago passou de descartável a peça a ser considerada. E ainda temos Gustavo Blanco. Se saírem os eventuais titulares, evidente que precisamos buscar reposição. O perfil seria do tipo Pierre e Donizete.

Na ligação, embora tenhamos seguramente uma joia – que se tivesse responsabilidade seria inquestionável seu rendimento -, Cazares tem optado por comportamento que não condiz com de um atleta profissional. Que sirva, pelo menos, para uma troca por algum jogador que tenha compromisso. Ou, seria o ideal, voltasse com novas atitudes. Vide Jô, que em situação similar, acabou rendendo em tempo e foi o craque e artilheiro do Brasileiro.

Lá na frente, pelo que temos, necessária se faz a vinda de um velocista. Luan, com toda consideração ao seu passado e até mesmo sua garra e amor ao Galo, infelizmente é jogador para meia hora em cada partida. Se trouxer e acertar na contratação, quem sabe até conseguimos recuperar o Fred, que na companhia de Robinho e depois da chegada de Oswaldo de Oliveira, reencontrou parcialmente o ímpeto que justificou sua contratação.

Seguindo em frente, com esperanças na vaga e numa boa reciclagem do elenco para buscar um 2018 feliz a todos os Atleticanos.