Dias atrás, circulando pelo Diamond Mall, o shopping do Galo, como faço habitualmente, duas crianças me chamaram a atenção. Algo meio que intuitivo. Parei e fiquei observando aqueles dois meninos com camisa do Galo, cuja fisionomia sinalizava algo ainda indecifrável. Estavam acompanhados por duas senhoras e uma delas, percebendo a minha curiosidade, disparou: “São paulistas, mas são Galo”. Imediatamente emendou: “Leio seu blog todo dia”.
Daí, partimos para um bom papo sobre essa nossa contagiante paixão. Olavo Wadt (8 anos) e Murilo Wadt (13 anos) são filhos da belo-horizontina Carolina Pinto Wadt e de Carlos Henrique Wadt. O marido, com descendência alemã, é natural de Mococa e morador de Ribeirão Preto, ambas cidades do interior de São Paulo. Bem que o sr. Whadt tentou persuadir os filhos a serem são-paulinos, mas não contava com a astúcia e a mineiridade da esposa, embora radicada em São Paulo há bastante tempo.
Os meninos confessaram que, quando eram mais novos, acompanhavam o pai no futebol, até que veio o ano de 2013. Naquele momento mágico do “eu acredito”, no dia em que Rogério Ceni deu água para Ronaldinho, os filhos de Carolina e Carlos Henrique definiram que o coração seria preto e branco. Olavo, o mais novo, conta que acompanha o Galo lá de Ribeirão e quando o time joga o coração fica “disparado”.
Já Murilo, que diz ficar emocionado e nervoso, foi enfático ao dizer que, se fosse o Galo nas semifinais da Copa Libertadores, nosso time eliminaria o Nacional de Medelín e estariamos comemorando o título. O Galo é diferente e não desiste disse o garoto, referindo-se ao time do pai, que entregou a vaga já na primeira partida. Mãe e filhos vieram a Belo Horizonte rever familiares e, coincidentemente, em data de jogo do Galo para acompanhar a partida frente ao Santa Cruz.
De volta para casa, prometem expulsar o pai amanhã para torcer pelo Galo contra o São Paulo. Não será a primeira vez. Mo mata-mata da Libertadores ficaram os três em casa e o paulista-alemão foi para a rua torcer isoladamente. Afinal, quem manda naquele terreiro é o Galo. Até os amigos vizinhos da família estão se tornando Atleticanos.
Ah! Na decisão do Campeonato Mineiro do ano passado, em visita a parentes no interior, foram a Varginha assistir ao jogo entre Galo e Caldense. O pai, dizendo ser por precaução, levou todos para a torcida do time do interior. Os meninos tiram um sarro e afirmam que o lugar foi escolhido por ter “cadeira e sombra, coisa de torcedor do São Paulo”.
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Ihhhhh Olha aí, o Eduardo faz um texto que no meu entender tem um tom até de humor.
Ainda bem que os filhos não seguiram o caminho do pai.
Ótimo texto!! Sou Paulistano e Atleticano há 43 anos. Meu pai, mineiro de BH e torcedor dos tempos de Independência conseguiu passar para os filhos (meu irmão também é Atleticano) a paixão pelo Galo. Irmão do Salomão que você conheceu bem, meu pai criou os filhos na década de 70 sem internet e a facilidade que temos hoje de saber as notícias do time. Lembro dele ouvir os jogos do campeonato mineiro num rário de ondas curtas, pegando a Inconfidência Mineira, com mais chiado que narração. Mesmo assim, ele gravou em fita cassete muitas finais e as tenho até hoje. Sobrevivi a todas as influências paulistas e hoje minha filha também Paulistana e filha de Paulistano também é Galo. O quanto puder passar para minhas futuras gerações a paixão pelo Atlético, não importa a origem de nascimento. Eles sempre serão GALO!!
Uai, eu tenho dois netos paranaenses, que moram em Jacarezinho, atleticanos doentes e que estão fazendo muito jacarezense virar Galo. A mãe, Angélica, é torcedora do Corinthians,mas os filhos não : são Galo. O mais velho, inclusive, se chama Victor Romário e o mais novo chama-se Pedro Murilo. São nosso pontas de lança no interior paranaense.
Lá, aqui, em toda MG, espalhadas pelo Brasil e pelo mundo...mães fazendo nosso DNA Preto e Branco prevalecer.
Torcendo junto com os Galinhos da Massa!
Eu sou o pai (pelo menos dizem), essa história está meio deturpada, nem tudo foi dessa forma. Atualmente o SPFC está aquém do Galo sim. Mas na balança somos muito mais vitoriosos, afim Tri-mundial e Tri-libertadores além de Penta-brasileiro e o galinho ???? Bom "se" não entra em jogo e quem estava na semi-final da libertadores era o SPFC e não o Galo, que afinal foi eliminado pelo SPFC em pleno seu terreiro. Eu adoro futebol mas não sou fanático a ponto de brigar em casa e na rua por conta de time e/ou jogadores que não pagam nossas contas. Escolhi sentar na torcida mista em Varginha devido à facilidades e conforto pensando na família e foi em consenso todos escolheram. Por isso acho esquisito essas afirmações, exijo meu direito de resposta a essa reportagem tendenciosa e unilateral, procurem enaltecer suas virtudes e de seu time, é feio tentar denegrir outras pessoas tentando se enaltecer. Falei e disse, publica isso agora !
kkkkkkkk
Publicado!
E amanhã mãe e filhos unidos pelo Gaaalooo!
Dudu,
Se realmente a molecada disse que foram para a torcida adversária para ter cadeira e sombra, coisa de são paulino, vc acabou de ser responsável por um divórcio.
Kkkkkkkk
O nosso amigo Carlos ficou P da vida. Pública isso agora?
Kkkkkkkk
AQUI É GALO PORRA!!!!! VOLTA KALIL PELO AMOR DE DEUS!!!!!!
Varginha faz parte do roteiro Atleticano, somos apaixonados pelo Galo doido aqui.
Temos em Varginha a GaloET... Gostaria de contar-lhe algumas histórias algum dia. Quem sabe quando for a BH irei ao Diamond Mall encontrar-lhe e tomaremos um chá...
Marcado!
Eduardo, não é "Paulista com descendência alemã" e sim "Paulista com ASCENDÊNCIA alemã" visto que ele e os filhos são os descendentes. Corrige aí pra gente.
GALO!!!
Tem toda razão. Já consertei. ObriGalo pelo alerta.
Ascendência alemã, não descendência.
Sem dúvida, Denilson. Falha nossa, já reparada. ObriGalo.
- Gurizada esperta e a mãe - mineiramente falando - catequizadora nata .Parabéns pela descoberta Dudu .Pesquisa de CAMpo tbm é cultura ! É por estas e outras que digo:))) SOUUUUU ALVINEEEEEGRO E O SENTIMENTO NÃO PODE PARAR - olê olê oooolêêê olê olê olááá - SOU ALVINEEEGROOO ... (((
Só uma correção, Eduardo: as crianças e o Carlos Henrique não tem "descendência" alemã. O que eles têm é ascendência alemã. Um abraço!
Sim. Vacilei, mas já consertei. ObriGalo.