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O que o Atleticano pode esperar do Galo

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

É com muita preocupação que tento vislumbrar o nosso futuro no “cenário esportivo mundial”. Se no regional, apesar de praticamente assegurar as conquistas em todas as categorias, ainda falte o sub-20 (que terá pela frente o time da minha cidade, Araxá), nas competições nacionais e na internacional ficamos pelo meio do caminho. Tem também o sub-14, competição ainda embrionária, com apenas quatro equipes na disputa e que começa a ser decidida no sábado, frente ao mesmo que já derrotamos no sub-15 e sub-17.

Gostaria de estar aqui hoje, neste 8 de novembro, esbaldando e projetando o nosso futuro de maneira entusiasmada. Mas, que nada! Junto-me à preocupação de grande parte da Torcida. Queria, na verdade, estar vivendo como nos bons tempos de conquista da Libertadores, da Recopa e da Copa do Brasil. Mas tenho que falar de um Galo que decepcionou na temporada e que – pelas conversas com vários conselheiros ontem – traz a incerteza do que será o próximo ano.

O Conselho se reuniu na segunda-feira para aprovar a proposta orçamentária. Considerada tímida, em relação às últimas, a reunião teve como grande destaque a aprovação do nome do ex-presidente Elias Kalil para o estádio a ser construído. Justa homenagem, mesmo considerando que ele é superado por seu filho Alexandre e até por Nelson Campos, campeões da Libertadores e do Brasileiro. A meu juízo, ambos foram maiores que Elias, simplesmente pelos títulos que nos brindaram.

Não sou conselheiro, já tive essa honra por três mandatos, tendo sido enxotado da condição na gestão do Paulo Cury, que não me deixou saudades. E nem foi por ter me tirado do Conselho, mas, sim, pelo desastre que foi seu mandato, tanto administrativamente quanto – e principalmente – no futebol. De volta ao presente e pensando no futuro. Kalil, o Alexandre – agora prefeito da Cidade do Galo -, bem que poderia ter deixado melhor legado.

Imagem: Bruno Cantini/Atlético

Em seu comando conquistamos aqueles três títulos mencionados acima, além de vários mineiros, o que nos deixou mal-acostumados. Até por que ele mesmo garantiu que era um caminho sem volta aquele Galo de sua gestão. Pois, depois de três anos, a frustração é visível entre os Atleticanos. E no futuro, com a chapa Sette Câmara/Lásaro Cândido praticamente eleita, existem preocupações sérias quanto ao que será do nosso time do coração. O orçamento aprovado não sinaliza por contratações de impacto. Talvez até seja melhor, pois os recentes não empolgaram como prevíamos.

Ao que soube, o nosso novo mandatário não é afeito ao diálogo com a imprensa. Teria, num passado, até telefonado para jornalista em tom agressivo. Recentemente, como seria até intenção deste blog, da mesma forma, se recusou a falar com quem trabalha em redação. Ao que soube, teria dito que trata é com o dono do veículo (no andar de cima). A se confirmar a informação, pressinto muita dificuldade de relacionamento.

Se o atual pecou por até certa timidez, podemos inaugurar uma fase diferente e ainda de menor transparência. O prejuízo não será dos profissionais de redação, mas, sim, da instituição e do Torcedor Atleticano. Tomara que estas informações não se confirmem, contrapondo ao que já – antecipadamente – causa preocupação.

A maior razão de o Galo ser o que é e ter chegado onde chegou – apesar de diretorias terríveis em nossa história centenária – é a força da nossa Torcida. O Atleticano é diferente de torcedores de outros times, seja em Minas Gerais, no Brasil e até mesmo grandes equipes do exterior.

O relacionamento clube / imprensa é fundamental à sedimentação e consolidação deste projeto de engrandecimento de nossas cores e tradição. São muitos jornalistas assumidamente Atleticanos atuando em Minas Gerais e até no eixo Rio de Janeiro e São Paulo. Eles merecem melhor consideração da direção do Galo.

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  • Realmente Sérgio Sette Câmara é arrogante, "pavão" e "dono da verdade". Fui seu aluno na Milton Campos e percebi tais "qualidades", porém, se mudar a trajetória atual do clube rumo aquele passado do qual não queremos lembrar, tem meu total apoio. Pode ficar mudo e ausente da mídia, bastando recuperar meu Galo de 2012/2014. Mudando de assunto: como um clube reserva 100 milhões do orçamento para pagar medalhões que não entregam o resultado esperado e 7 milhões para as categorias de base? Por isso não revelamos nada que preste. Outra: as obras do estádio coordenadas por Daniel Nepomuceno vão criar um rombo nas contas do Atlético. O que foi orçado em 450 milhões vai virar um buraco sem fundo, tipo estádios da copa 2014. Esperem e verão, pois a grana vai sair do futebol para tapar o buraco negro que se tornará a construção do estádio. Isso se não virar um esqueleto inacabado.

  • Boa tarde! As perspectivas para 2018 não são tão boas como aquelas que tivemos nos últimos cinco anos. Porém, não vejo nada demais para uma Diretoria minimamente competente e compromissada com os interesses do Galo. Esse mesmo plantel que está hoje no Clube pode ter um rendimento muito superior ao obtido em 2017. Isso porque, para além da qualidade técnica dos atletas, há outros fatores que determinaram o fracasso, conforme vimos afirmando aqui: falta de clareza na definição dos objetivos do Clube (as entrevistas dos jogadores denotam essa falta de clareza de objetivos, o que deve ser construído e acompanhado pela Diretoria junto com a torcida); preparação física inadequada; falta de um Diretor de Futebol; e dispensa do treinador que começou a temporada, mesmo com os erros cometidos por ele (aliás, trocar treinador às vésperas de jogos decisivos é algo complicado). Todavia, grande parte da torcida já identificava com clareza as necessidades do plantel ao final de 2016, as quais se agravaram com as negociações posteriores (contratação de zagueiros, reserva para a lateral direita, um meia de qualidade e atacante de velocidade). Observem, conforme levantamento feito pelo Pablo Oliveira, que o Clube tem ativos para a remontagem do plantel. Temos "moedas de troca" e todas as possibilidades de fazer contratações que, embora modestas, supram as nossas atuais necessidades. No gol, Vitor pode continuar, mas com a definição de um reserva competitivo à sombra. Na lateral-direita, Marcos Rocha é uma boa moeda de troca; na zaga precisamos de dois zagueiros de peso; penso que o Gabriel deveria ser vendido para fazer dinheiro, uma vez que ele tem sido elogiado dentro e fora do Brasil. Não é nada difícil substituí-lo. Bremer e Mancini são do mesmo nível, mas deveriam continuar compondo o grupo e ganhar rodagem para assumirem a zaga; na lateral-esquerda precisamos apenas de um reserva que faça sombra; no meio, precisamos de mais dois volantes de qualidade (Yago, Roger Bernardo deveriam ser negociados pois não tem condições de jogar no Galo), e mais dois meias de qualidade (Cazares e Otero devem compor o grupo); e, por fim, no ataque, penso que havendo uma boa oportunidade o Fred deveria ser utilizado como moeda de troca (fala-se na troca por Wilian do Bigode... Roger Guedes também não deve continuar no Palmeiras) e, além disso, faz-se necessária a contratação de dois atacantes de velocidade. Gioavane, Carlos Cesar, Alex Silva, Filipe Santana, Erazo, Yago, Roger Bernardo deveriam ser negociados. Leo Silva e Rafael Moura devem ter seus contratos rescindidos. Quanto ao Robinho, penso que se deve avaliar bem. Se o Fred for negociado, acho que o Robinho deveria ter o contrato renovado, desde com redução do salário e inserção de cláusulas de produtividade. Isso não é nada difícil para um bom diretor de futebol. Abraços

      • Ao que me consta, o Bigode foi emprestado ao Palmeiras, mas depois foi adquirido pelo time paulista. Isso não significa que ache que ele virá para o Galo. ?

  • boa tarde Eduardo e massa,otimo texto,o cone do fred deu uma entrevista que espera que o galo renova com Robinho e he man,so si a diretoria for louca de renovar com Robinho,he man,Leonardo silva,eraso,o problema temos que tolerar em 2018 fred,felipe santana,patrick,etc,e outras barcas que volta em 2018,parabens presidente desde de 2015 vivemos pesadelos sem fim,quero mais 5 pontos e que o ano acabe,para termos um 2018 com títulos importantes,reage galo,vai galooooooooooooooooooooooo.

  • Eu comungo da sua opinião, JTF. Não digo de maneira alguma que o saudoso Kalil não mereça homenagem, mas não o nome da arena. Se assim fosse ela estaria mais para Arena Rubens Menin. Ora, o pai do prefeito nunca deu nada ao Galo em valor correspondente ao do terreno doado para a construção do estádio. A construtora deve ter interesses imobiliários na região? E daí? O cara é empresário e não santo... Se na época do pai do Alexandre prefeito o Galo tinha um grande time, quase todos os grandes brasileiros, também. É minha opinião. Respeito quem pensa o contrário, mas não ganhamos nada com ele. Fomos roubados por vezes, mas perdemos em outras para equipes melhores... ?

  • Parece-me, pelas últimas participações, que a procura do entedimento do que está acontecendo no Galo, começa a ser discutido em sua essência.
    Não se trata de ser pessimista ou otimista e sim realista.
    Kalil enveredou sua vaidade pela política. Utilizou de "Maquiavél" para escolher o atual presidente.
    A mídia, a procura de patrocínio, não vai falar ou escrever "verdades". Tá todo mundo tentando se arrumar e o pior, a qualquer custo.
    Verdadeiros conhecedores de futebol, ex-atletas de singular expressões como Cerezzo, Nelinho, Reinaldo, Palhina, Tostão, entre outros, não são ouvidos.
    Reverenciar seus ídolos do passado oferecendo "placas"? Reinaldo deveria ter sua "ëstátua" com o punho erguido na sede e na cidade do Galo. Fazem isso na Argentina com Maradona e com justiça. Quem não reverencia seus ídolos, perde conhecimento para o futuro.
    Quanto ao time, quem no Brasil, principalmente, não queria ter em seus elencos Víctor, Marcos Rocha, Gabriel, Fabio Santos, Elias, Adílson, Robinho, Fred e Cazares?
    O problema desse time não ter dado resultado, está centrando no departamento de futebol e na presidência. O primeiro por sua omissão total e équivocos nas escolhas dos técnicos. O Segundo por não saber se é politico ou dirigente de futebol: não há como servir a dois "senhores".
    Correndo por fora, a cronica mineira deixou a muito de ser autentica. Vive de total dependência com os grandes da capital.
    Quem se lembra, para citar dois jogos, da decisão do Campeonato Mineiro e do primeiro jogo entre Atletico e Flamengo no Maracanã? Há sim futebol, não há é técnico e espírito de competição que deveria nortear os atletas.
    Para o ano, como menos arrogância, mais humildades (Clube e torcida), reposição de algumas peças e pés fincados em objetivos claros, acredito que poderá vir a ser um bom ano.
    Para concluir, se esse arremedo de técnico escalasse um meio campo forte, deixando de teimar em entrar de cara com Valdivia, Otero, Luan e esquecendo de Yago e Clayton, optando por Capixaba e outros que não tiveram oportunidades, talvez poderíamos chegar a Libertadores.
    Não participar dessa competição será um desastre econômico e deixará o clube fora de visibilidade . Boa parte de jogadores, preferem clubes que estão participando dessa maior competição do continente.
    Obs.: Pegando carona na lembrança citada, desejo para vc Eduardo, Parabéns pela passagem de seu Aniversário e que Deus lhe conceda "muitos anos de vida". Pessoas como vc, cumprem um importante papel social, por meio da "paixão", que é o futebol.
    Boa Tarde!

  • Boa Tarde a todos. Temos que começar a ganhar todos os jogos para conseguir uma vaga na LA. Penso que nossos jogadores terão que mostrar raça e amor pelo time. Ainda acredito. Aqui é GALO.

  • O grande erro do Kalil foi ter indicado seu substituto no Atlético... Nepomuceno, além de arrogante é despreparado, e os seus comentários de que o time teria "obrigação" de ganhar o Brasileiro, a Copa do Brasil, etc., redundaram em maior frustração ao torcedor, que hoje ainda teme um possível rebaixamento à Série B - a julgar pela queda do desempenho do time dentro e fora de casa. Especular sobre o próximo presidente é fácil, difícil seria apostar que o Danielzinho Nepomuceno seria um péssimo presidente - e foi justamente o que aconteceu! A este presidente decorativo do Clube Atlético Mineiro as minhas sinceras decepção e repugnância! E tente ser melhor ao que o Kalil lhe delegou na Prefeitura de Belo Horizonte - pelo menos.

  • Primeira preocupação. Elias Kalil foi só um bom presidente. Mas nada de excepcional. O Palmeiras recebeu grana grossa com a venda do seu naming right. O Galo deve até as cuecas e joga fora essa mesma grana grossa "vendendo" o nome do Elias Kalil. Para não ser mal-educado eu diria apenas que essa venda do Galo foi, no mínimo, desastrosa.

    • Tinha um dos maiores times do mundo na época, se não era o maior em 81, só isso.

      Salvo os assaltos, o considero um presidente campeão.

      • Concordo, Ita. Não fosse a ladroagem e os problemas de joelho do Reinaldo, o time do Galo nos anos 80 seria imbatível. Independentemente dos títulos que não vieram, Elias Kallil foi um presidente visionário, foi ele quem comprou o terreno e iniciou as obras da Cidade do Galo, hoje o melhor centro de treinamento do Brasil e um dos cinco melhores do mundo. Homenagem muito justa. Agora a preocupação do amiguinho aí em cima é bem outra. Nem pagando aluguel corretamente está conseguindo, imagina ter casa própria!

  • Boa tarde amiGalos!!
    Já disse aqui que o estrago com a sucessiva troca de treinadores foi grande, e montar um time para 2018 não vai ser fácil.
    Sou a favor de uma reformulação geral, contratar e dispensar no atacado, mas sendo REALISTA é difícil se desfazer de jogadores com contrato em vigor, fiz o levantamento da situação contratual de alguns jogadores:
    Goleiros:
    Victor- Junho 2019
    Giovane- Dez 2018
    Uilson- Junho 2019
    Laterais:
    Fábio Santos- Dez 2018
    Marcos Rocha- Dez 2018
    Patric- Dez 2018
    Danilo Barcelos- Dez 2019
    Zagueiros:
    Gabriel- Dez 2021
    Felipe Santana- Dez 2018
    Bremer- Dez 2021
    Matheus Mancine- Dez 2020
    Volantes:
    Elias- Jan 2020
    Adilson- Fev 2019
    Gustavo Blanco- Dez 2018
    Yago- Dez 2020
    Roger Bernardo Dez 2018
    Meias:
    Cazares- Dez 2019
    Otero- Junho 2020
    Atacantes:
    Luan- Abril 2019
    Valdívia- Maio 2018
    Clayton- Dez 2021
    Yuri- Dez 2019
    Carlos- Junho 2019
    Fred- Dez 2018
    Por tanto essa é a nossa base para 2018 são praticamente dois times com contrato em vigor para 2018
    Time base titular:
    Victor, Rocha, Bremer, Gabriel, F.Santos, Adilson, Elias Cazares, Luan, Valdívia, Fred.
    Time base reserva:
    Giovanne, Patric, F.Santana, Matheus Mancine, Danilo, Blanco, Roger Bernardo, Yago, Otero, Clayton, Yuri, Carlos.
    Não vai fugir disso não, tomara que cm algumas contratações de liga e agente consiga um time competitivo bem melhor do que em 2017.
    Saudações!!

    • Boa tarde Pablo. Espero que a nossa base tenha algum jogador de talento que possa subir para o time principal, assim como acredito que a nova diretoria tenha olhos para garimpar jogadores que estejam se destacando na série B e nos campeonatos regionais. Chega de jogador em vim de carreira.

    • Pablo, seu levantamento foi excelente, diria até espetacular.
      Só complementando, acho que se mantivermos um técnico por, no mínimo, um ano inteiro tudo volta ao normal, mesmo não mudando muito o elenco. Claro que algumas poucas contratações ajudariam muito e, pelo orçamento, teremos 10 milhões para isso.
      Muitos ficam dizendo que não tivemos planejamento e bla,bla,bla, mas pelo seu levantamento, podemos ver que se tivesse o time tivesse dado liga, teriamos um elenco pronto por bastante tempo, sem muita preocupação com renovações e fuga de jogadores, sem retorno financeiro.

  • Serão R$ 98 milhões para salários e encargos do futebol profissional, conforme consta na imprensa. Ou seja, em torno de R$ 8 milhões por mês! Isso é muito dinheiro, basta terem competência para administrar. Primeira medida deveria ser um teto para limitar os salários, quem aceitar fica, quem não aceitar pega a mala e vai embora...

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