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O PRÓXIMO JOGO É SEMPRE O MAIS IMPORTANTE

Max Pereira
@pretono46871088
@MaxGuaramax2012

Nunca uma frase se adequou tanto a clube como esta frase título se amolda ao Atlético de hoje. O Atlético de desse ano de 2022 lembra um doente em convalescença que depois de ter chegado ao fundo do poço e ver sua autoestima e sua confiança se esvaírem e o fim chegar perigosamente, já começa a sentir a energia voltar a aquecer e a dinamizar o seu enfraquecido organismo, enquanto a fé passa a embala-lo cada vez mais e a saúde se revigora.

O Galo mais famoso e mais querido do mundo já dá sinais de que a resiliência e aquela capacidade de superação que o time atleticano exibiu à larga na temporada passada e que pareciam ter-se extinguido por completo, estavam apenas adormecidas em algum lugar do inconsciente coletivo da equipe atleticana e já começam a despertar e a resgatar nos jogadores alvinegros aquele brilho nos olhos de um grupo vencedor e campeão.

Claro, ainda são apenas os primeiros passos de um doente que está se recuperando de uma enfermidade, se não longa, bastante grave e, eu diria, normal e até previsível neste futebol fascinante e prenhe de armadilhas. Como disse o contestado treinador atleticano em uma de suas recentes entrevistas coletivas, a comparação desse Atlético de 2022 com aquele Galo esfuziante de 2021 é perversa e injusta. E, como emendou o Turco, a realidade é outra.

Não há como contradizer Antônio Mohamed. As condições objetivas, o momento, o treinador e sua ideia de jogo são outros. O elenco também não é o mesmo e, embora, o time titular não tenha sofrido mudanças significativas, as saídas e chegadas de jogadores que aconteceram, ainda que pontuais, já são suficientes para alterar significativamente os paradigmas do elenco e do próprio clube que também viu muita gente deixar o barco atleticano e muitas caras novas embarcarem no navio alvinegro em diversas áreas da instituição.

Enfim, o tempo passa e as coisas mudam. Tudo evolui, seja para pior, seja para melhor e a transição quase sempre não é tranquila e cobra o seu preço. Não haveria, pois, como o Atlético de 2022 passar impune. O grande desafio, não custa repetir, era, pois, buscar atravessar essas tormentas normais, previsíveis e até inevitáveis, com a maior dignidade possível, administrar e minimizar ao máximo os prejuízos que normalmente adviriam. Quem conhece o esporte bretão sabe que permanecer no topo é muito mais difícil e complicado do que chegar lá.

Se a vida é cíclica e os altos e baixos são parte inexorável dela, como permanecer mais tempo no topo ou perto dele e menos tempo na baixa ou perto dela? O nosso vizinho e coirmão América, por exemplo, há algumas rodadas chegou não só a fazer parte do G4, ocupando a terceira posição na tabela do Brasileirão e agora vive o pesadelo de ser o primeiro clube fora do indesejado e terrível Z4. E o temível e poderoso Flamengo, tido e havido como um dos maiores times do futebol brasileiro na atualidade e candidato natural ao titulo, só está á frende do Coelho em razão dos critérios de classificação. Coisas do futebol. Coisas da vida.

As duas vitórias em sequencia sobre o Flamengo se tornaram emblemáticas, extremamente significativas e absurdamente importantes tendo em vista o momento atual do Atlético. Se de um lado, elas significam que o time está recuperando a confiança e a moral abalada, de outro são apenas os primeiros avanços em uma recuperação que ainda promete ser longa e doída. Os riscos de uma recaída são reais e, por isso, mais do que nunca é preciso que o grupo atleticano adote como mantra e palavra de ordem a frase “O PRÓXIMO JOGO É SEMPRE O MAIS IMPORTANTE”.

No artigo “É HORA DE AMARRAR AS CHUTEIRAS COM A VEIA, publicado nesta ultima quarta-feira, dia 22 de junho em minha coluna Preto no Branco, no Fala Galo, escrevi que o convalescente e ainda inseguro time atleticano iria passar diante do Urubu por mais uma prova de fogo. Não deu outra.

Acrescentei, ainda, que independentemente dos problemas e das crises recorrentes do Flamengo e do histórico dos últimos confrontos entre eles, amplamente favorável ao alvinegro das Gerais, o Galo teria diante de si, além do Urubu, um adversário muito complicado e que, por vezes, tem sido implacável e imbatível, impondo ao Glorioso derrotas doloridas e impiedosas: o próprio Atlético.

Lembrei, também, que “vencer adversários tradicionais em qualquer circunstância é saboroso”. E que, “neste momento em particular, uma nova vitória aumenta a autoestima dos jogadores, pacífica o clube e devolve ao grupo, ao ambiente intramuros e à instituição em geral, a paz, a harmonia e tranquilidade para que o trabalho dentro de campo flua com mais qualidade e proficiência e para que a engrenagem da máquina atleticana funcione com eficácia e com a sintonia necessária para que o clube continue rumo ao protagonismo colimado pelos seus próceres e sonhado pela sua torcida”.

A noticia do falecimento da mãe do lateral Mariano mostra que o infausto e as dificuldades estão sempre presentes e que a vida é feita de momentos de alegria e de dor e, portanto, de resiliência e de superação, maracas registradas desse Galo maluco em toda a sua história. Vera Pontes, filha do mítico Ubaldo Miranda, o artilheiro dos gols espiritas, lembrou que o grande Miquica, mesmo recebendo a noticia da morte de seu pai no intervalo de um jogo, voltou para o segundo tempo e marcou o gol da vitória alvinegra. Coisas do atlético.

O jogo, magistralmente decidido a favor do Galo graças ao talento e à determinação do incrível Hulk, deixou claro durante todos os seus 90 minutos que existe um Atlético forte e poderoso que quer voltar a fazer a diferença no futebol brasileiro, mas que ainda requer trabalho, foco, cuidados, diligência, expertise, união, harmonia e vigilância e que a sua massa torcedora continue jogando junto com ele, dentro e fora das quatro linhas.

O melhor disso tudo é a certeza de que a Massa nunca vai faltar, porque ela sabe que o próximo jogo é sempre o mais importante.

Blogueiro

View Comments

  • Boa tarde !
    Em time que está ganhando não se mexe, mas o Turco ficou igual criança com brinquedo novo. Deve ter ficado animado com a estrutura e elenco do Galo e quis entrar na brincadeira, mudou a forma do time jogar e nos lascamos. Ainda bem que ele é um cara humilde para reconhecer que não estava dando certo.
    Se não inventar e jogadores mantiverem atitude e companheirismo teremos bons resultados novamente.

  • Fato inegável o nosso Galo ficou enfraquecido,Diego Costa, Hyoram, Tchê tchê, Savarino, todos fazem falta em qualquer Time, só um exemplo,o tão criticado Tchê Tchê joga em várias posições,nas laterais,no meio etc,o jogo seria pra poupar titulares,mas quem colocar, nosso banco tá fraco e pobre

  • Bom dia a todos. Quero 3 pontos amanhã, com time reserva , titular, alternativo, time de pelada, catado etc. 3 pontos só isso.
    Quanto a keno e zaracho, temos que cuida Los ao máximo. São e serão muito importantes p mantermos elenco e competitividade.
    Os reforços a meu ver, pavon titular, Pedrinho , jemerson e kardec são banco, até que provém ao contrário.
    Haverá muito mais motivação dos titulares com esse banco.
    Bora liberar o pavon.

  • Bom dia!
    Só sei que os cento e oitenta minutos de Mineirão contra os mulambos, deram pra sapecar outra goleada. 4x1 sobre o mengaço classifivadaço...kkkkk

  • Bom dia Eduardo, Max e Atleticanos! O grande problema, pegando carona no redator, é permanecer no topo. Como o Atlético tem buscado isso? A meu ver o planejamento deixou falhas:
    a) perdeu jogadores e não fez reposição a altura e tempestivas;
    b) o atual treinador não inspira confiança e tem sérias limitações para leitura de jogos e resolver deficiências táticas e coletiva do time,
    A melhora do futebol e resultados nas partidas contra o CBFla decorreram em muito da melhora individual de alguns jogadores do elenco. coletivamente não vi o galo construindo jogadas , desenvolvendo jogadas ensaiadas, bem distribuído em campo e com organização tática bem definida. ou seja no que depende de treinador estamos ficando para trás. Prezados, nesse último jogo, fomos dominados, dentro de casa por um time em franca crise de confiança e em queda qualitativa de futebol desde o ano passado. Vencemos pela qualidade individual de alguns de nossos jogadores Natahn, Mariano, Alonso , Allan , Ademir e pelo extratosférico Hulk. Portanto, como o turco seguirá adiante, resta torcer para os jogadores continuarem a evoluir individualmente seu futebol de forma a compensar as deficiências coletivas e táticas da equipe, pois não dá para esperar muito do turco. Saudações Atleticanas

  • Bom dia amigos do Galo. Embora tenha apresentado uma melhora nos últimos jogos, o NOSSO GALO ainda não está jogando um futebol condizente com a qualidade do elenco que tem. Depende muito do talento individual de alguns jogadores e isto não é bom.
    Continuo questionando a capacidade do atual técnico quanto a saber corrigir falhas persistentes na nossa zaga e melhorar a saída de bola, tem muito chutão para frente.

  • Eu que sou apenas um mero torcedor, quero falar da paixão do Atleticano para com esse Clube. É muito emocionante ver e sentir que essa MASSA alvinegra não abre mão de estar ao lado do time em todos os momentos, seja estes bons ou ruins.

    O time vinha de péssimas atuações, descendo a ladeira, diretor sendo cobrado, treinador por um fio, jogadores muito criticados, inclusive com torcedores indo a porta do CT pra se manifestar e cobrar.

    Aí vêm dois jogos seguidos contra o Urubu, dado como o maior clássico interestadual, o Brasil inteiro assistindo pela TV aberta, Mineirão lotado nas duas ocasiões, um show da torcida com direito a mosaicos, incentivo total e absoluto nas cadeiras (saudade mesmo é do cimento) e o nosso GALO volta a mostrar um futebol muito mais convincente com toda a sua raça e vontade de passar por cima dessa crise momentânea.

    Que semana mágica e assim todos nós, esperamos que esse time volte a nos brindar com esse tipo de atuação até o fim da temporada, levantando quem sabe, mais canecos e claro, a tão sonhada Libertadores pela segunda vez, amém!!!!!

  • Futebol é simples demais de ser jogado ( e explicado ) .

    Zé das Camisas é uma lenda nesse quesito .

    Chegou um garoto pra treinar e seu Zé perguntou :
    - joga de quê ?
    - "bato nas onze"
    - então , volta depois , pois preciso de um ponta esquerda .

    Isso justifica o posicionamento do ALLAN nos dois jogos contra o Fla
    Ficou quieto ali na entrada da área , não passava da intermediária .

    Errou ? Alguns lances sim , dada a sua pouca qualidade .
    Mas deu pouca canelada e não correu atrás de atacante

    Então é isso , simples assim .

    Agora , vai lá ouvir os "analistas" falarem de "marcação alta" , "baixar as linhas" , "atacar a bola" e outras sandices inenarráveis .....quanta bobagem , crendeuspai !

    É PRACABÁ !!!

  • Bom dia Massa

    Se tem um fator determinante para o sucesso de qualquer equipe de futebol, a sinergia comando x jogadores, talvez seja a mais importante. E isto ficou provado nos últimos dois jogos contra o Tremengo (como assim Cris Galo chama o nosso freguês).
    Fato é que até então, EL Turco já estava sentado na porta do departamento pessoal, mas ainda tinha a seu favor a simpatia e aceitação do elenco. E os jogadores deram a vida pela técnico.
    Mas não foi só esta a razão para nossa recuperação, pois o próprio entregador de camisas, refletiu e parece que aceitou que o time sem um sistema defensivo confiável não estava dando certo.
    Mas o caminho de Turco ainda é longo e perigoso e ele ainda a cada jogo, deverá afastar a desconfiança e porque e a rejeição de grande parte da torcida quanto a seu trabalho.
    Eu que já o defendi aqui (e até fui cornetado por isto), mas mudei de ideia e defendi sua saída, quero novamente estar errado e no alto de minha bipolaridade no final da temporada ao invés de gritar fora Turco, gritar fica Turco.
    Será muito bom quebrar a cara novamente, como foi assim com Cuca no ano passado.
    Mas uma coisa depois das duas partidas parece certa:
    Tá em crise? Chama o Tremengo!

  • A SAÍDA DE BOLA DO ATLÉTICO É UM VERDADEIRO TESTE PARA CARDÍACO...
    UM PERIGO , AQUELA SAÍDA , TOCANDO BOLA NA ZONA DO PERIGO , E OS ADVERSÁRIOS JÁ PERCEBERAM . É PRECISO TER OUTRAS ALTERNATIVAS.
    QUANTO ÀS BOLAS ALTAS , CONTINUAMOS DO MESMO JEITO , PERDENDO QUASE TODAS NA CABEÇA.
    É PRECISO TREINAR MUITO ESSE FUNDAMENTO.
    QUANTO A MARIANO , É SIMPLESMENTE O MELHOR LATERAL DIREITO DO BRASIL , E SE NÃO FOSSE PELA IDADE , CERTAMENTE SERIA TITULAR DA SELEÇÃO.
    VAMOS AGUARDAR A CHEGADA DE JEMERSON E PAVÓN , OS DOIS CHEGAM PARA SEREM TITULARES.

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