Em minhas várias interações com um sem número de atleticanos que jamais conheci pessoalmente e sequer sabia da existência até poucos dias atrás, mas que, de repente, se tornaram tão próximos e tão conhecidos em razão desse périplo a que estamos todos nós, galistas apaixonados, atravessando nesse surreal e apaixonante fim de temporada, tenho recebido uma incrível quantidade de posts que expressam, com uma clareza meridiana, o que vai se passando no espirito e nos corações de cada torcedor alvinegro.
No artigo “ENTRE A AGONIA E O ÊXTASE”, publicado em 3 de novembro ultimo, em minha coluna PRETO NO BRANCO, no Fala Galo, escrevi que “o Atlético chega a uma reta de final de temporada recheada de vários ingredientes. Armadilhas, algumas certezas, outras tantas incertezas, malas brancas, Fake News, arbitragens polêmicas, ações e omissões controversas do VAR, muita ansiedade e uma expectativa de títulos jamais vivida pela sua torcida nesses seus 113 anos de vida, dão o tom deste fim de temporada singular do Galo mais famoso do mundo”.
Guardando a boca para comer farinha, o atleticano, porém, já viaja em sua imaginação para lugares onde o homem nunca esteve antes. Não, não se trata de personificar personagens de uma série famosa de ficção científica da televisão. Na realidade, essa travessia do torcedor atleticano jamais foi percorrida por qualquer outro aficionado do esporte bretão, mesmo porque a historia que o Atlético está escrevendo é impar, i.e., nenhum outro clube e nenhuma outra torcida jamais experimentaram o que o Galo e a Massa já vivenciaram e estão vivendo.
Rodada a rodada, jogo a jogo, passo a passo, o atleticano, ao mesmo tempo, em que se mostra comedido, prudente e humilde, não deixa de curtir essa sua passagem pela antecâmara da redenção, à espera de ver o sonho se tornar realidade e, aí sim, poder soltar aquele grito represado em sua garganta por décadas e décadas.
Se há razão para medos e para temer os fantasmas que sempre o obsidiaram, há também motivos de sobras para o atleticano se sentir feliz e, porque não, festejar. Não, não estou falando sobre festejar os títulos em disputa, mesmo porque eles ainda estão longe de se materializarem.
Falo sobre aproveitar o momento, sobre curtir esta campanha maiúscula de um time que mostra foco, esbanja personalidade e, apesar do visível e inevitável desgaste, demonstra possuir uma reserva mental e moral digna de aplausos e respeito. Experimentar sentimentos antagônicos é ser atleticano. Ter o coração feliz e apertado ao mesmo tempo é coisa de atleticano. Chorar e rir ao mesmo tempo faz parte do ser atleticano.
De repente, o time alvinegro, líder absoluto do campeonato e ostentando um aproveitamento invejável, dentro e fora de casa, vai ao Rio de Janeiro enfrentar, naquele momento, o seu principal concorrente ao título desse Brasileirão 2021, que atravessava uma crise, tinha desfalques e problemas mil.
Jogadores e comissão técnica, porém, sucumbiram ao ambiente absolutamente hostil que os aguardava, o que se somou aos desgastes físico, mental e emocional que este final de temporada naturalmente já faz pesar sobre o grupo atleticano. Jogar mal e sair ferido moralmente e derrotado do Maracanã foram consequências óbvias e inevitáveis.
Muitos achavam que, a partir daquele jogo fatídico, o Atlético se desmoronaria e o rubro-negro carioca avançaria para, não só conquistar o tricampeonato consecutivo, como também para colocar o projeto atleticano em xeque, talvez o objetivo maior daqueles que se incomodam e não gostam de saber e de ver o que está acontecendo com o Glorioso.
Seria absurdo imaginar que uma reviravolta de tal monta na competição pudesse gerar no Galo mais famoso e mais querido do mundo uma crise de proporções incalculáveis? Afinal, a historia do Atlético não é entrecortada por crises e tsunamis que, por vezes, se arrastam infinitamente e provocam desastres, vez ou outra, irreparáveis? Mas, o que aconteceu depois daquele jogo de triste memória é para o atleticano festejar.
Alguém duvida que o fato de o time atleticano, de forma absolutamente personalista, madura e focada, ter vencido os quatro jogos que disputou após a jornada fatídica no chamado Templo do Futebol, não deixando que a derrota, amarga e doída é verdade, provocasse abalos sísmicos indesejáveis e, assim, possibilitando-se manter-se firme no topo da competição e cada vez mais perto do titulo, é coisa para todo e qualquer o atleticano comemorar?
Ah! Mas o Flamengo goleou um estranho São Paulo no Morumbi e, nessa ultima rodada, com um gol sofrido nos segundos finais do jogo bateu um bipolar Corinthians no Maracanã e, como gostam de alardear a turma do contra e, em particular, determinados segmentos da mídia, segue na caçada ao Galo. Tudo isso faz parte e não deixa de se interessante, pois contribui para que o grupo atleticano se mantenha focado. Nunca é demais lembrar que o Atlético depende única e exclusivamente de si.
Como sempre, e não custa nunca repetir e escrever, o próximo jogo, independentemente do adversário e do local da partida, é o mais difícil e o mais importante. Cuca que vive uma merecida bonança depois de uma tempestade que se abateu sobre ele no início dessa temporada, não só tem o grupo na mão, como também sabe e dividiu com cada um de seus jogadores a percepção de que, não só a torcida atleticana faz essa viagem transcendental, mas, que eles também estão nessa travessia. O périplo é de todos.
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Boa Noite,
Foco total no jogo contra o Juventude e os 3 pontos.
Me preparando para a comemoração.
Por aqui, apenas lendo.
Bom final de semana a todos!
Não vejo como o Galo perder este Brasileiro, mas vamos como bons mineiros, passo a passo, até a glória de um campeonato que não chegará aos 50 anos porque vai acontecer antes de 19 de dezembro. Hoje, no açougue (não é pra me "gambá", mas fui lá) meu amigo Domingos, cruzeirense, me perguntou por que nós ainda não estamos comemorando o título, dizendo que quando ele tinha time já estaria. Passei por 1971 e pretendo voltar a ver nosso Galo campeão brasileiro. Parabéns pelo texto, Max!
Grande Daniel,
Muito obrigado pela interação. Vc tem razão, Galo escaldado tem medo de água fria. Vamos, jogo a jogo, chegando lá. Não somos soberbos. Comemoraremos na hora certa.
Um grande abraço.
FALTA POUCO.. FALTA MUITO POUCO...
ESSE JOGO CONTRA O JUVENTUDE É UMA GRANDE DECISÃO.
VAMOS CONTINUAR JOGANDO COM HUMILDADE, PÉS NO CHÃO, DANDO A VIDA, NADA É FÁCIL PRO GALO....
VAMO QUE VAMO.. FÉ E FOCO.
Boa tarde Amigalos!
Queria parabenizar ao espaço pela liberdade de debate, opiniões e por ser extremamente democrático. Cada um com sua razão, mas todos com a mesma emoção de curtir o momento do MAIOR clube de futebol do mundo em termos de devoção e fidelidade. Gostaria de participar mais vezes do debate, mas a correria do dia a dia não permite. Leio, além do artigo, todos os comentários.
Alguns sobrenomes me são familiares (Barata, Galupo, por exemplo), pois sou Curvelano e estou em Sorocaba a mais de 16 anos, mas conheço pessoas destas famílias da minha região. Enfim, este é um espaço onde tenho tremenda empatia e serve para matar a saudade de conversas e discussões sobre o Galo. Enfim, tá chegando a hora de sermos novamente CAMpeão Brasileiro e ansiedade toma conta do dia a dia. Grande abraço a todos os AmiGALOS, e obrigado Eduardo por manter este espaço.
SOROGALO ,
exatamente !
Minha família é toda da Terrinha ,
a Curvelo do Licor de Pequi Cristal .
Além do BARATA , a minha família
é também DINIZ / MASCARENHAS .
Caro Barata,
Saudades de Curvelo!! Na minha infância não saia das fazendas Pyol e Salitre.... quanto a família Mascarenhas, tenho primas que são netas de Dona Carmem. Já viu né, cidade pequena, mundo pequeno.
Saudações alvinegras.
O espaço é nosso, só estou blogüeiro. Sigamos!
Boa tarde a todos. Amanhã estarei lá apoiando o galo! Jogue a vida neste jogo meu galo e sigamos em.frente. Falta pouco. 3 vitórias entendo serem.o suficiente.
Vai GAAALOOOO!!!!
Bom dia Eduardo, Max e Atleticanos! as respeito da partido do Atlético contra o asqueroso carioca no maracanã , eu diria que foi algo não comum , pois o time atleticano tinha amplas condições de vencer o time da casa com certa facilidade . Porém, vimos algo estranho em campo: os jogadores do Galo pareciam estar apreensivos e nervosos . pareciam que entravam com um peso enorme nos ombros e o fator de concentração se perdeu. exemplo disso foi o gol que levamos, total falta de atenção em um lance normal e perfeitamente defensável. Foi um daqueles dias em que nada deu certo. Infelizmente perdemos para um time que qualquer atleticano não suporta admitir perder nem em época de vacas magras. Saudações Atleticanas.
bom dia Eduardo e massa e Max pereira. falta pouco galo, falta pouco massa gigantesca do galo espalhado pelo mundo afora. a portuguêses preparam o ouvidor que vou soltar o grito de campeão depois de 50 anos. rsrs. mas ainda não ganhamos foco total contra o juventude e quem sabe contra a flor comemorar o título do brasileirão. a galo nos deixa sonhar. vá galoooooo.
ÂNGELO ,
significativa a rodada contra o Fluminense .
Teremos a faixa que nos surrupiaram em 2012 justamente para ser entregue para o Pó de Arroz.
Sim, amigo Barata , mas vacilamos tambem muito naquele ano. Porém, foi o favorecimento mais céu aberto que já vi no futebol , mais descarado , não procuraram esconder a tramóia pra favorecer o cbflu
SAUDAÇÕES ALVINEGRAS.
Amanhã estarei lá para apoiar o Galão da Massa.
Bica Bicudo
Vai Galo, canta alto para seu povo ouvir.
Viva o GALO mais lindo do mundo.
Viva o CUCA o treinador mais vitorioso da história do Galão da Massa. Viva o CUCABOL.
Aqui é Galo, forjado na dor na injustiça e no amor.
Bom dia, Eduardo. Max Pereira, atleticanas e atleticanos.
Muito bem, MAX o périplo é de todos e todos percebem isso e seguem o Galo carregados de múltiplos sentimentos. Só que eu prefiro caminhada porque quero ir em frente sem voltar ao ponto de partida. Aliás, o Galo tem feito isso em grande parte de sua vida, navegando em torno de si mesmo. Seus adversários sabiam que ele voltaria ao ponto e seria fácil alcançá-lo. Lembram-se da flanelinha amarela? Agora o momento é de mudança de rumo, seguindo em linha reta, alcançando seus objetivos e deixando para trás aqueles que o perseguem, sem olvidar os que o seguem. É por isso que o Galo reúne em torno de si um elenco de auxiliares que não permitirão um retorno.
Com uma administração ímpar, jamais vista em seus domínios e um planejamento que só não é perfeito por ser coisa humana, mas contando com profissionais muito capacitados como a sua comissão técnica, o Galo segue em direção ao infinito. Não há retorno e por isso seus perseguidores, invejosos e desesperados, jamais o alcançarão. O Galo leva consigo um séquito inestimável conhecido simplesmente por torcedores e se resguarda numa miríade de sentimentos que vão da serenidade à loucura num mesmo instante. Os corações atleticanos estão em polvorosa. Sempre estiveram em combustão à espera do sucesso, mas agora a esperança virou possibilidade e a cada jogo essa possiblidade se confirma em uma realidade impossível de segurar. Haja coração.
O time atleticano, dirigido com maestria em todas as suas nuances, segue tranquilo, preparado técnica, moral e emocionalmente, sabendo que a cada jogo se aproxima da glória e que é preciso ser equilibrado sabendo que o próximo jogo é o mais importante e que não tem como chegar ao fim sem passar por ele. Mesmo com tropeços a caminhada segue firme porque todos sabem que há pedras no caminho e que o importante é não cair e parar. Para que fazer contas? Para que olhar para trás? Porque se preocupar com adversários que nunca o alcançarão? Importa é continuar fazendo o certo, ou seja, jogar bola e nada mais. FALTAM APENAS SEIS JOGOS e a taça está logo ali.
O GALO ESTÁ VIVO E ATIVO NO PLANETA BOLA, JOGANDO COMO UM VERDADEIRO CAMPEÃO.
Paulo, bom dia.
Muitíssimo obrigado por este belo texto. Usei a palavra périplo no sentido figurado. Quis falar em viagem espiritual. E, quanto ao voltar ao ponto de partida, prefiro sempre falar daquele já distante 25 de março de 1908, onde um gigante foi cunhado. É a volta a origem do sonho, nesse clima de realização. Mas, sem nunca tirar os pés do chão.
Saudações atleticana.