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O astuto e aterrorizante mascote Atleticano

Qual torcedor adversário nunca tremeu ao ouvir o grito de guerra que ecoa das arquibancadas dos estádios de Belo Horizonte? E jogadores que vestiram ou ainda vestem camisas de clubes que vem até a capital mineira enfrentar nosso time do coração? Os depoimentos sobre essa magia e sinergia são inúmeros. Esse som é perceptível nas transmissões de rádio e televisão, obrigando até mesmo locutores desafetos a se renderem. Que o diga aquele moleque carioca do “eu duvido”.

Esse sujeito, a exemplo de tantos outros – sejam do eixo ou até mesmo aqui das Gerais – tremem quando ouvem o grito de GAAALOOO da Massa. Teve até jogador aposentado que confessou essa tremelicação. Acho natural e compreendo o pavor que deve causar, fosse eu não Atleticano nem passava perto do Mineirão ou Independência em dias de jogos do Glorioso. É ensurdecedor! Imagina então quando o estádio do Galo estiver em funcionamento.

Já fui algumas vezes lá nas obras da nossa casa própria – uma Arena moderna – cujo projeto prevê tudo de bom e do melhor, baseado em experiências internacionais que dirigentes Atleticanos foram conhecer. Notadamente na Europa. Distância das cadeiras ao gramado, acústica, bem como conforto ao Atleticano, tudo isso e tanto mais milimetricamente estudado pelo projeto em execução.

O grande motivador dessa intenção, evidentemente, foi a força da nossa Torcida que amedronta quem vem enfrentar nosso time na Cidade do Galo, conhecida também por Belo Horizonte. Desconheço identificação igual ou até parecida como essa que desfrutamos. Nosso time é conhecido nacional e internacionalmente por Atlético e também por Galo. Times outros, notadamente brasileiros, não têm essa magia com seus mascotes.

Nunca percebi torcedor corintiano agitar com o grito de mosqueteiro, botafoguense com cachorro, flamenguista entoar urubu, tricolor carioca se valer de guerreiro, Internacional chamar o time de saci, Bahia e o super homem, Vasco e seu almirante. Só o Palmeiras, de um tempinho pra cá com o porco. Aqui em Minas, ao que me lembro, o coelho sim e até o meu Ganso (Araxá) são assim chamados pelos seus torcedores nos jogos. Mas é só.

Qual a razão de tamanha identificação do Atleticano com o Galo? O mascote, criado pelo chargista Mangabeira – que além do nosso é pai de vários outros menores de Minas Gerais – foi justificado pelo autor por ser de briga e nunca se entregar. Desde então, a Massa – como é conhecida a Torcida Atleticana – aderiu e passou a chamar o time de Galo. É impossível dissociar um do outro. Galo é sinônimo de Atlético e Atlético é Galo.

Histórias sobre essa interação entre Galo e Atlético não faltam. Desde Zé do Monte, do pentacampeonato dos anos 50, entrava no gramado carregando um gênero vivo da espécie; passando pela ousadia do Ronan Ramos – Relações Públicas do clube nos anos 70 – que pela primeira vez vestiu um personagem com o mascote acompanhando a criançada.

Também dele, o repórter da camisa amarela, na mesma ocasião, um enorme Galo estilizado em tablado levou o Atleticano ao delírio num antigo clássico mineiro. Convém registrar que o nosso time sempre foi protagonista do maior jogo de Minas Gerais. Já são três os contendores ao longo dos tempos, atualmente pelo que estamos vendo, breve será o Athletic, depois de ter iniciado com o Vila Nova e passado por dois clubes de Belo Horizonte.

Diversas versões do Galo já desfilaram pelos lados de Lourdes, também pelo Mineirão e Independência, com designers do Volpi, Ziraldo e do Fidusi. Eu mesmo, em todas as minhas camisas, tenho o Galo Fidusi, produzido pela a CarioGalo, acima do bolso do lado esquerdo do peito. Desconheço torcida, no mundo todo, que tenha tanto orgulho do mascote como quem tem o Clube Atlético Mineiro como seu time do coração. E, por conseguinte, que adora gritar bem alto GAAALOOO para o mundo inteiro ouvir. Seja aqui pelas ruas da nossa cidade, pelo interior ou até mesmo fora de Minas Gerais e do Brasil.

Qual entre nós, em viagem de turismo ou profissional – interna ou internacional – que ao encontrar e identificar um Atleticano não deu o grito de guerra? Sim, somos diferentes, como afirma nosso ilustre Atleticano Chico Pinheiro. Os adversários tem torcedores, nós temos Atleticanos que fazem ecoar por todo o lado esse nosso grito de guerra. Imaginem, qualquer mascote de outros clubes, sendo cantados das arquibancadas. Pura chacota! Aqui é Galo, po##@!

*imagens: redes sociais

Blogueiro

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  • Lulu da Palmerana este é o mascote cheio de vaidades kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Socorro vou morrer de tanta felicidades vendo isso kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Queimen a língua cambada

  • Eu já ponderei , aqui mesmo , sobre a associação de nosso símbolo com 5 notas musicais que , sendo ouvidas onde for , arranca o grito de GALÔ da garganta .

    É o ÚNICO time do MUNDO que tem essa interação , e não entendo como a Comunicação do Clube não aproveita esse fato .

    Para refrescar a memória :
    a Sinfônica do Júlio , o mais amigo , executava , ao chegar nas arquibancadas , a musica Pergunte ao João .

    E o refrão dela , as tais 5 notas , ao ser tocado , no fim de cada verso a MASSA gritava GALÔ .

    Marca registradíssima que ecoa MUNDO afora .

    Ouçam a música ( com Clementina de Jesus ) e duvido se vocês não saem gritando GALÔ ao ouvirem o refrão .

  • Desculpem , mas não dá pra deixar passar a notícia :

    a International Board proibiu o goleiro de fazer qualquer movimento que distraia o cobrador na penalidade máxima .

    Já permite aos árbitros punir com advertência o jogador que se "exceder" nos dribles , e agora essa .

    Definitivamente , o futebol como espetáculo está na "taba da berada".

    É PRACABÁ !

  • Bom dia, Guru!
    Realmente, o Galo é um mascote que enche o Atleticano de orgulho!
    Qual Atleticano que não compra o azeite Galo, ou que quando vai a Portugal e vê o famoso Galo português não se identifica imediatamente com o símbolo!?
    Dá-lhe GALO!

  • Bom dia, todos! Por falar em mascote, que saudades de ver as crianças entrando em campo junto aos jogadores. Que saudade de ver torcedores exibindo com orgulho fotos com os jogadores dentro do CT. Que saudades de ver e ouvir os setoristas trazendo informações, muitas vezes exclusivas, dos treinos do nosso time. Que saudades de ver o torcedor "povão" gritando no Mineirão. Atualmente o torcedor é visto como um simples cliente de uma empresa, chamada Galo, onde a sua contribuição é que interessa. Por isso, não me assustarei se a nossa diretoria a qualquer momento fazer algo parecido como o que o Ronaldo fez com o mascote do CSA de Minas.

  • Bom dia, tudo todos!
    Sinceramente? Achei tudo muito normal em se tratando dessa instituição que já mudou de nome, cores,escudo e identidade por tantas e tantas vezes.
    Acho até que o idealizador desse feito é o tal roger flores.
    O Lulu da Pomerânia original que não deve ter gostado muito.
    As marias andam bem briguentas ultimamente, há alguns dias uma pegou o batom da outra em Sete Lagoas , agora essa rapozete...
    Esperemos o próximo episódio.

  • Bacana demais!!!!Eu até já frequentei um restaurante do repórter da camisa amarela, Ronan Ramos de Oliveira na beirada da lagoa da pampulha, ele era ou é um cara sensacional!!!!!!

  • Sugiro a mudança também do título "Aqui é só galo". O CSA/MG mesmo falido e ridicularizado incomoda demais.

    • Gege das candongas

      Já penteou os pelos da Pomerania hoje? Incomodar? Jamais, se a gente não tiver as Marias pra zoar quem será nosso objeto de deboche?
      Ao invés de estar aqui vc, devia estar lá no site da Mariada, reclamando com o gorducho pegador de traveco

    • Não Senhor Geraldo, seu time não nos incomoda em nada, nós Atleticanos estamos pouco se lixando pro que acontece lá dentro da toca da sua raposa, aliás, já que vc veio até nós, preciso dizer que a harmonização que ela fez ficou bem bacana, combinou!!!!!

    • Caro G Augusto Ribeiro, o título do post é "O astuto e aterrorizante mascote Atleticano", observe lá. Nem mencionei essa pretensa sugestão, até porque, em Minas não tem comparação. As imagens são puramente ilustrativas.

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