Na Libertadores, o maior e melhor de Minas

Finalmente chegou. 8 de março de 2017, quarta-feira. Não aquela de 2014, de um falastrão que foi tomar fôlego na China. Trata-se da estreia do Galo na Copa Libertadores da América — quinta participação consecutiva. Entre os brasileiros, por enquanto, apenas São Paulo ultrapassa nosso time. Em Minas Gerais, o Atlético é e sempre será insuperável em todos os quesitos; façanhas como essa, disputa de títulos regionais, até mesmo no recebimento de patrocínio. Não tem comparação!

Antes de expressar minhas considerações sobre a partida de hoje, faço breve comentário acerca do contrato renovado com a Caixa Econômica Federal. A instituição financeira investe em quem lhe dará melhor retorno na temporada, especialmente em visibilidade. Que venham os títulos. Para quem pensa que Atleticano não tem memória, vale ressaltar que outros times mineiros pegaram carona neste investimento da estatal. Ano passado foi o Galo quem correu atrás e sensibilizou a direção da Caixa, clamando por aplicações fora do eixo Rio-São Paulo. Os valores praticados ainda estão longe do ideal, todavia, em perspectivas regionais, as cifras são e serão mais justas.

Com o time definido para a partida contra o Godoy Cruz, o Galo inicia sua caminhada em busca do segundo título da Libertadores — o desempenho da equipe será determinante para o acréscimo de R$ 5 milhões da Caixa. Em competições organizadas pela Conmebol, somamos quatro troféus, entre eles, dois do torneio que antecedeu a Copa Sul-Americana. Esta, desdenhada por alguns em circunstâncias passadas, hoje é insistentemente valorizada não só por dirigentes mas também por setores de nossa imprensa. Recopa é outro título igualmente enaltecido no passado e jogado, hoje, para os lados. Coisas de momento e de conveniência.

Sobre os 30 jogadores relacionados, diretoria e comissão técnica optaram por uma lista previsível. Vale, ainda assim, ponderações positivas. Ao contrário de 2016, neste ano foram inscritos quatro goleiros. Roguemos a Deus que não se faça necessário o uso de todos, pois estamos livres daquele martírio provocado pelas contusões simultâneas de Victor e de Geovanni. Na ocasião, o Galo precisou contratar um goleiro às pressas, que aqui chegou e nada fez além de comer, de dormir, e de ser flagrado em noitada em dia de jogo. Que os Santos Atleticanos — todos e muitos — protejam São Victor, Geovanni, Uilson, Cleiton e demais jogadores na temporada.

Roger Machado coloca em campo o mesmo time que vem sendo escalado no Campeonato Mineiro, com Rafael Carioca no lugar de Yago. Podemos preferir uma formação diferente, agora, no entanto, é hora de sonhar. De somar. Nossa energia é fundamental para uma grande vitória em solo argentino. O Atleticano já ocupa as ruas e as arquibancadas de Mendonza. É a arrancada rumo ao nosso objetivo: ganhar o título pela segunda vez. Nada de bi; isso não é do lado de cá da lagoa. Reitero: vamos em busca do segundo título da Copa Libertadores. Sei que leitores não Atleticanos, que adoram nosso blog, entram e mandam nos comentários cobranças sobre bi. Saiam fora, aqui não tem disso!

Vencendo hoje, nosso próximo compromisso será apenas em abril, em casa. Tranquilidade e tempo necessários para o treinador organizar a equipe. Na próxima partida, bem provável que tenhamos Victor, Luan e Maicosuel liberados. Não são reforços: todos eles são fundamentais para as grandes conquistas de 2017, sobretudo a Libertadores. Na primeira etapa — fase de grupos —, o Galo terá à disposição os 30 inscritos, sem poder alterar nomes, salvo caso expresso no regulamento, como se deu ano passado. Boto fé nessa rapaziada que está regularizada, para se chegar no mata-mata.

Sem intenção de me meter a futurólogo, alerto que para as fases seguintes (eliminatórias em dois jogos) precisamos pensar em pelo menos duas contratações de peso. Não precisa dizer, mas não custa repetir… um zagueiro e um armador.

No mais, vamos pra cima desse Godoy, Galo!