O amor não tem fronteiras

Uma das situações que mais diferem os Atleticanos de outras torcidas brasileiras – nem falo de mineiras que são pequenininhas – é a forte devoção com o nosso time do coração. As peripécias que já fiz, e ainda faço, para ver o Galo nem de longe se aproximam do que dois amigos (membros da Galo York) que moram nos Estados Unidos realizaram neste fim de semana.

Hudson Sacramento e Gilmar, ambos de Belo Horizonte e residentes há mais de 20 anos na terra do Tio Sam, saíram de Nova York e cruzaram New Jersey, Pensilvânia, Delaware, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e a Geórgia até chegar à Flórida. Depois de 18 horas e percorrer 1700 quilômetros num carro, enfrentando chuva e nevasca, os dois alucinados Atleticanos chegaram a Orlando para ver o Galo jogar na Flórida Cup. Outros milhares irão de avião para levar sua energia ao nosso time.

Ambos, assim como outros Atleticanos, reclamaram, com propriedade, da ausência dos principais jogadores aqui mesmo no nosso blog. Minha posição pessoal, nunca foi omitida, pois entendo que devemos privilegiar as conquistas internas e internacionais em disputa no ano de 2017, porém entendo e respeito os registros dos amigos “galyorquinos”. Nem por isso, esses abnegados Atleticanos deixaram de ir ao encontro de nossas cores. É o diferencial do Galo em relação a outros times mineiros e até do eixo RJ/SP.

Daqui de Belo Horizonte, no cantinho da minha casa de onde diariamente escrevo para esta nação de 8 milhões de seguidores, registro meu respeito e admiração ao Hudson e Gilmar, bem como aos demais que estarão apoiando o time na Flórida Cup. Registre-se, ainda, a presença muitos outros membros da Galo York. Desta vez, um deles, Roni Machado, outro Galo Doido, não poderá ir, mas, em nossa última partida no México pela Libertadores, o conheci com sua inigualável paixão e fé Atleticana.

Sucesso ao Galo nos Estados Unidos. Em que pese minhas postagens recentes, nada otimistas com a equipe que viajou, claro que estarei daqui torcendo pelo sucesso e, mais do que isso, por eventuais e pontuais revelações durante a competição. Come a bola, Carlos, Elder, Lucas Cândido e tantos outros.

Da mesma forma, o galinho sub-17, representando o sub-20, começou de forma espetacular na fase de grupos da Copa São Paulo. Desacreditados, inclusive pelo blogueiro, os meninos venceram duas partidas e empataram uma, assegurando a segunda colocação no grupo. Se não avançarem muito, haverá pelo menos um ponto positivo: Marquinhos, de apenas 17 anos, pode ser a revelação da equipe.

Quem sabe o treinador Roger daria ao garoto uma oportunidade de pular direto para os profissionais. Com Reinaldo foi assim, sem queimar etapas.

Em tempo: o Galo é amor, não é simpatia. Por ele, como uma mulher amada, o Atleticano não mede esforços e vai ao seu encontro.