Não existe almoço grátis!

Por José Roberto

Não! Não me refiro à expressão popularizada pelo escritor de ficção científica Robert A. Heinlein, pelo contrário. Sim, pela insinuação que a assessoria de imprensa de beira de campo – o VARmingau – fez por meio das redes sociais logo após o término da partida no Rio de Janeiro, no sábado à noite. Minha letra de hoje seria ao estilo Rammstein, “Feuer Frei”(abrir fogo), devido aos últimos acontecimentos fora de campo e pela ótica de nosso time ainda não estar pronto, necessitar de reforços e de treinar muito as finalizações, etc. As cobranças e críticas – construtivas, diga-se -, não podem deixar de ser feitas.

Mas, este “chilique” do representante “gropista” – Globo, para ser mais específico -, reforçado por um dirigente  “urubulino”, que antes de conversar goma, deveria se olhar no espelho, sendo que sua agremiação menor é a mais beneficiada do planeta pela classe que agora tentam colocar em “xeque”. Não fossem os fatos ocorridos na década de oitenta, seriam hoje menores que um Bangu (todo respeito ao Bangu) da vida. Não vou aqui falar como e contra quem foi, está na história como o maior roubo do futebol mundial e isto ninguém apaga, fim de papo!

O Galo assumia a liderança provisória, sim, provisória! Estamos na sexta rodada de 38 e tem muita água para passar debaixo da ponte. Sigamos no sapatinho, com os pés bem fincados no chão. Essa, de seguir o líder, não é retórica de nossa torcida, vaidade é para quem acha que o “crássico é crubista” e “tuni” só existe para o tráfego de trem. Galo é faca na caveira, luta diária e resistência: assim foi construída a nossa rica e centenária história.

Como ia dizendo, assim que terminou a coça de relho na freguesia, o Galo assumia o primeiro posto na tabela do campeonato, e os dois “afilhados” da que se acha dona de toda opinião no mundo, juntamente com a casa bandida do futebol, jogariam posteriormente. No mesmo dia à noite, o nosso inimigo número um e próximo adversário, entraria em campo para fazer seu clássico regional. Já o outro, no dia seguinte. Somente com vitórias nos ultrapassariam, e pelo visto deu ruim para os de camisa feiona: empate garantiu a não alteração nas primeiras colocações da tabela. Que assim seja até o final do Campeonato.

Assim com é atribuído a Riascos, que foi quem bateu o pênalti mais importante da rica e centenária história do C.A.M. e chamou o ex-time de “mierda”, foi ele também que começou a confusão que deu origem à expulsão de dois jogadores do nosso próximo adversário. Que se lasquem pra lá, eu vi Riascos ir pra bola! Que culpa tem o Galo neste imbróglio todo? Nenhuma! Mas não, por ser de Minas Gerais o trio que apitou o jogo, o assessor de imprensa “gropista” de beira de campo do mingau não perdeu tempo em se caracterizar de VARmengo (não é a primeira vez deste senhor, aconteceu na Vila Belmiro, salvo engano ano passado, a mesma situação e deu um bafafá danado),  dando a entender, por meio de rede social, que as expulsões se deram para beneficiar o Galo.

Ora! Desde quando o nosso time é beneficiado por qualquer indivíduo que veste amarelo, vermelho, preto e sei lá qual outra cor? Pior, do quadro da instituição que tem má vontade homérica com o C.A.M. desde que pregamos a mutamba no time dela, lá em 1969, ou seja, desde sempre. Não obstante a passada de recibo VARmingautico do repórter, vem o dirigente do mingau vociferar o mesmo tipo de abobrinhas, como se jamais tivessem sido beneficiados destes artifícios para se dar bem sempre que houver possibilidade. Do repórter, nada a falar, somente lembrá-lo de que ele deveria se ater em exercer a função que lhe é atribuída. Quer torcer, direito dele, compre o bilhete e vá para a arquibancada, lá que é lugar para isto, não dentro das quatro linhas. Seja mais profissional e menos torcedor do microfone, é feio isto!

Com isso, o mingau faz a lição que sabe fazer como ninguém: coloca uma pressão monstro na arbitragem, chama a atenção para ela e desvia os olhares para o que realmente importa, o jogo. Também desfaz do adversário, que em caso de vitória – e ela virá, certamente -, mesmo com a arbitragem trabalhando bem, ficará sempre a dúvida se foi pela superioridade do adversário ou por interferência do apitador. Isso é covardia com o próprio torneio.

Vamos ver qual será a atitude da nossa diretoria com toda esta situação, já que o jogo começou mesmo antes da data prevista. Momento de o presidente dar uma porrada na mesa da CBF (pelo que se sabe, o Tadeu não tem moral e força lá dentro para isto) e mostrar o seu/nosso descontentamento com todo este circo que está sendo armado por conta do clubismo de um profissional do microfone e seu ato falho.

Trabalhar bem, não será suficiente, terão de trabalhar muito bem nos bastidores e, ainda, deixar bem claro que qualquer erro que houver contra o C.A.M. não será aceito. Antes de brigar contra seu próprio patrimônio igual vem acontecendo, que nosso mandatário se una a ele. Antes de tratá-lo como inimigo, que dê uma olhadela ao seu redor, o inimigo pode estar ao lado tentando conseguir um almoço grátis. Vamos proteger nosso C.A.M., ele agora precisa muito de nós. Mas sem deixar de seguir com as cobranças, elas também fazem parte desta proteção. Saudações !