Acho compreensível e não questiono o fato de alguns amiGalos se sentirem desanimados. Sou, via de regra, otimista. Acho que tudo é passageiro e dias melhores nos esperam sempre. Lógico que fico p… da vida com o desempenho distante do que esperava. Afinal, comecei o ano sonhando com o Mineiro, Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores e Mundial, além de outros menores como a Flórida Cup e Primeira Liga.
Pelo menos em branco não passamos, faturamos o primeiro deles de maneira inquestionável, embora o adversário da final não oferecesse grande resistência. Assim já fora, quando em 2014, faturamos a Copa do Brasil num enredo parecido. Nem por isso, de coração, acho que devemos nos entregar ao desânimo. Isso seria falta de força de vontade. E se tem algo que nos diferencia dos demais, é exatamente nossa crença e fé. Então, sugiro uma reação!
Quantos momentos piores já se passaram, sem – contudo – querer justificar o presente. Afinal, com os jogadores que temos atualmente, com receitas e orçamentos recentes invejáveis e – especialmente – com uma Torcida como a nossa, pelo menos metade do projetado e desejado poderia ser considerado normal. Mas, como fazer o atual artilheiro reencontrar as redes – como Reinaldo, o dono eterno da camisa 9 -, depois de um início avassalador de temporada? Imaginar um similar de Ronaldinho com a 10 ou alguém que repetisse sua magia?
Nem vou tentar projetar as outras posições que, no passado – entre aqueles que vi e outros que ouvi falar –, tiveram donos absolutos. No time atual, com todo respeito – com a exceção de Victor – não vejo nenhum outro em condições de figurar no Galo de todos os tempos. E, ainda assim, em termos de grupo, não vejo elenco tão qualificado no momento. Mas, depois de três treinadores, fica evidente que faltou alguma coisa essencial.
Comando? Compromisso? Sei lá o que é! Faltou liderança dentro de campo, à beira do gramado e – principalmente – da direção. Se um grupo (de qualquer natureza), seja qual for a atividade, não tem liderança, tudo funciona à revelia e à própria sorte. E é o que está acontecendo com o Galo. Alexandre Kalil assumiu um clube desorganizado, mas teve a felicidade de contar com pessoas brilhantes, que sob a sua batuta centralizadora fizeram a máquina funcionar.
Já Daniel Nepomuceno, embora tenha assumido com a casa pronta – os mesmos nomes dentro e fora do campo – ao que percebo, delegou excessivamente e deixou a situação desandar. Não acho normal seis treinadores num mandato de apenas três anos. Diretores que, como disse, sob o comando do presidente rendiam e depois passaram a dividir o palco com o presidente. Alguns até seguiram por outros caminhos.
Se passam jogadores, treinadores e dirigentes, saibam que o Torcedor não passa e jamais abandona sua paixão pelo Galo. Quantos atletas passaram por aqui e não deixaram recordações? Treinadores? Até presidentes? Alguns depois deram algum caldo noutras praças, mas se aqui ficassem teriam ainda imposto mais agonia à nossa vida Atleticana.
Eu não queria de volta uma relação de jogadores que depois que saíram até conseguiram alguma coisa, mas que no Galo deixaram a desejar. Cicinho, Adenor Bachi e Paulo Cury, só para citar um nome de cada condição. Nenhum deles deixou saudade aqui no Galo. Nem por isso, minha condição de Torcedor esteve ameaçada. Eles passam, o Galo e minha Atleticanidade permanecem.
Em tempo: Estarei hoje pela manhã, à convite da Associação dos Ex-Atletas do Clube Atlético Mineiro (AEXCAM), participando do seu encontro anual. Estive lá em 2015. Confesso que é um dos momentos mais emocionantes na vida deste Torcedor, rever e fazer uma boa resenha com ídolos do passado. Entre aqueles que vi jogar e outros que só pude conhecer sua trajetória em livros com a camisa do nosso time do coração.
Conforme havia sinalizado, agora é o momento de o blogueiro também dar um tempo e…
Essa frase foi de um amiGalo, muito bem informado sobre as questões internas do nosso…
Dentro do propósito deste espaço, considerando ainda o desafio e nomes mencionados quando da postagem…
Ao que minha memória registra e sem pesquisar, nunca antes desde que a série A…
Ontem o blogüeiro havia anunciado a intenção de ter o domingo de folga, mas o…
Depois de um ano que nada prometia, a mudança do comando técnico deu animo ao…
View Comments
Ao chegar na Vila Olímpica dia 07/10/2017. Foi como se o tempo não tivesse passado. Veio um filme na mente. Mesmo que não tenha sido destaque na época, a gente se sente parte de tudo isso que o Galo é hoje. Nosso hino diz;
"Uma vez até Morrer"
Afinal aqui é Galo Porra.
Para alguns que escreveram acima: que Fred de Melo que nada !! Aquele sujeito ali é um estrelinha, coxinha de Savassi !! Prefiro muito mais este blogueiro aqui: melhor escrita, gente como a gente, mais sensibilidade, mais humano. Dá lhe Eduardo!
Fred é meu ídolo. E mais. Referência inigualável na literatura Atleticana. Ele e Roberto Drummond. Me orgulho de ter convivido muito com Roberto e atualmente com Fred.
Caros colegas da massa atleticana, a respeito do que li acima em comentários
de alguns atleticanos cito o que aconteceu para explicar essa campanha ridícula do Galo em 2017:
a) a mais de quatro anos um time com uma defesa ruim, e nada foi feito para arruma-la;
b) desde 2013 a equipe vinha dando sinais evidentes de baixa de qualidade , e o que foi feito contratações , em sua maioria de peças de qualidades sofríveis;
C) enfraquecimento do elenco saídas de jogadores com reposição de nível muito inferior;
d) time com idade média cada vez maior e o resultado - essa porcaria de campanha com uma serie notável de vexames;
e) perda do diretor de futebol;
f) amadorismo na escolha de treinadores e no planejamento do futebol.
Deixo acima os principais motivos para estarmos com um 2017 tão péssimo em termos de resultados. em vista de minha exposição de motivos, alguns poderão me rotular de pessimista , mas me enxergo realista - esse time não dá mais. Se escaparmos da segundona, será pela ruindade dos demais adversários e não por uma melhora técnica desse elenco.
Dessa forma espero que em 2018 aja planejamento sério e reformulação geral, caso contrário repetiremos essa mesma mediocridade desse ano. saudações atleticanas
Pra começar a melhorar a receita é simples : Fooooooooooooooooooooooora Robinho,Fred,Luan (que de bom só tem o fato de ser atleticano),Ralf, Yago, Rafael Moura e cia.
Ah ser atleticano ... Há tantas maneiras. Normalmente de forma apaixonada, ilógica, irracional... E isto é que incomoda aos rivais. Em número de conquistas na era Mineirão não temos a maior quantidade. Porém tivemos maiores repercussão pela nossa natureza. Não sou eu quem irei dizer como torcer , mas é inconcebível para muitos que não haja um grande título por ano para todos os times. E ... não tem título suficiente para agraciar a todos. Eu sempre critiquei e ainda critico jogadores , dirigentes , técnico, de tudo .... E também torço contra a maré. Do tempo de |Eduardo, havia aquele ideal olímpico - O importante é competir - que caducou com a lei de Gerson - o importante é faturar, que se aplica na nossa cultura atual . O que se fazer com a atual situação ? O que será, será. Mas a paixão continuará, seja aonde e como for.
Caros,
Por um punhado de ombridade, já q em campo e nos bastidores alvinegros...
A essa altura do campeonato incompreensível a postura do blogueiro tecendo loas à própria atleticanidade e a crítica lançada é crua e positiva, apesar dos áulicos sempre no ponto solidários na mesmice. Pode ser q o cronista seja mesmo o sangue da melhor qualidade, q se importa apenas com o seu umbígo, com a sua própria atleticanidade, com seu otimismo por oposição ao desânimo ñ questionado dos outros. Pode até ser q compactue com os cartolas da vez. Entretanto, o marasmo e o silêncio q contaminam o Galo é gritante. Parece q o time tá no melhor dos mundos. O estádio comprou a voz de muitos. Alguns tem levantado a voz e alertado para o desleixo dos atuais comandantes alvinegros, preocupados apenas com seus negócios, suas políticas privadas. Foi levantada essa lebre aí, de q o cronista leva um por fora...aí ñ é um terreiro de atleticanos, mas de defensores de uma famiglia, o q é lamentável...Temos q manter o controle, dentro da tradição de vencer. O Galo ñ é de 2ª, ñ.
Sugiro que todos leiam a excelente (mais uma!)coluna de hoje do Fred Melo Paiva, no superesportes. Esse cracraço das letras renova nossa Atleticanidade (se é que precisa ser renovada) todos os sábados e transforma o até então insuperável Roberto Drummond (até então!), num paulo coelho (eco!) qualquer! SAN
Sigo o relator. Fred é um dos dois maiores craques da literatura Atleticana. Ele e Roberto Drummond.
O Fred é um dos maiores cronistas atuais. Agora ele tem uma tendência a associar petistas às coisas do Galo. Hum... Parece mais uma viúva. E me perdoe nosso blogueiro, mas o sensacional cronista não brinca com as coisas da política, como citou o amigo, em passagem anterior. Ele sempre acha uma forma de transformar a nossa saudosa e o homem do triplex em mocinhos, ou pelo menos - como isso anda impossível - relembrar (na visão dele) que há piores... Falemos do Galo?
Aqui, falo só e sempre sobre o GALO.
Olha gente! A coisa não tá bonita, não... Mas ninguém pode acusar o presidente do Galo de mau intencionado. Talvez ele não tivesse noção de que pra comandar uma nação como essa, não basta conhecimento administrativo. Tem que ter o "saco roxo" como diria meu avô. Quem não queria o Elias no seu time? Quem não queria o Roger como treinador no seu time no final do ano passado? Quem imaginaria o Fred sem fazer gols? Daria pra imaginar que ele não corresse, mas essa seca... É assim mesmo! Duro é para o São Paulo, que o presidente vendeu meio time e queimou seu maior ídolo como bode expiatório. O Nepomuceno é fraco, sim. Mas agora o que a gente pode fazer é torcer para que o próximo não seja. E aqui entre nós. Nos primeiros anos desse século, tivemos temporadas bem mais desastrosas. Tirem o time do risco da segunda. Se possível busquem um G e vai estar de bom tamanho. Quanto tempo passamos levando sapatada das bluegirls? Ao menos isso voltou à normalidade. Trombou com o Galo, tem maria chorosa...
Boa tarde!
Me desculpem os "mais atleticanos", mas eu já tentei me livrar de ser atleticano algumas vezes, depois da era Reinaldo/Cerezo/Marcelo/Paulo Izidoro, Éder. Logicamente não consegui e confesso que desisti dessa ideia.
Não sou tão otimista, principalmente quando vejo em um noticiário esportivo, que o horroroso time B conseguiu vencer os reservas do time principal num coletivo. Que elenco "poderoso" é esse? Como se não bastasse essa desanimadora notícia, fico sabendo também que Luan voltou a sentir, bem como Marcos Rocha, mas a repórter, numa tentativa irracional de aliviar um pouco a barra das desgraças anunciadas, diz também "mas Alex Silva foi reavaliado e está bem pra voltar na próxima partida". Agora me digam, como é que eu posso ficar otimista?
Vamos ser realistas !!! Acompanho o Galo desde o inicio dos anos 90 e esta tem sido a sina. Desta época prá cá raríssimas vezes tivemos um time competitivo. Salvo em 1999 quando fomos vice no Brasileiro e as campanhas de 2013 e 2014; que se formos analisar bem, foram um ponto fora da curva. Na imensa maioria das vezes nosso ano se resume a : GRANDE EMPOLGAÇÃO NO INÍCIO E ENORME FRUSTRAÇÃO NO FINAL !!! Vamos deixar a arrogância de lado e recomeçar do zero, sem barulho, como todo bom mineiro " comendo pelas beiradas". Na minha opinião tanto a imprensa quanto nós torcedores superestimamos nossas forças e subestimamos nossos adversários.
Esta é a verdade, quer publicar ótimo: se não, vai continuar tentando tapar o sol com peneira.
Justiça seja feita. Não há como negar tudo o que disse. É a minha opinião. Essa crise que entramos em 2017 pode ser um importante ponto de mudança. Nenhuma crise é agradável. Mas é só pela crise que se sai da zona de conforto. Concordo totalmente. Na crise não se pode entregar os pontos. É da reação que vem o crescimento desejado. Isso que você escreveu está na mente de muitos, mas é jogado para debaixo do tapete todo início de ano. Precisamos trocar a ESPERANÇA por PLANEJAMENTO. Critiquei e critico a filosofia do Clube e Diretoria que há anos tem as mesmas convicções e toma as mesmas decisões. Agora estamos em um ponto de virada. Temos à nossa frente uma porta entreaberta onde o interior é escuro. Atrás de nós há uma porta de onde viemos e seu interior é claro e confortável. Podemos voltar atrás e ficarmos na região confortável de nos considerar o melhor clube do mundo apesar do rendimento variável e de tantos anos se muita coisa acontecer. Ou podemos enfrentar o desconhecido e abrir uma nova porta. Acho, é uma opinião pessoal, é claro, que a luz está no fim do túnel. Mas será preciso renunciarmos a velhos conceitos, que para nada servem mais a não ser viver de lembranças, e avançar e criarmos um novo futuro. O primeiro passo foi dado na questão do estádio. Mas será preciso avançar mais. Renunciar à inícios impactantes da temporada e perda de combustível no meio. Renunciar a queimar rápido demais e cultivar o figo com menos intensidade para que esteja disponível até o fim do ano.