Mudar o foco até receber os bolivianos no jogo de volta

Crédito: Bruno Cantini/Atlético

Não foi um bom resultado, mas também o cenário poderia ter sido até pior. Um gol de diferença, pelas circunstâncias de altitude e cansaço dos últimos compromissos – que ocasionaram um futebol longe da expectativa do Atleticano – se não pode e nem deve ser comemorado, deixa aberta tranquilamente a reversão na partida de volta em agosto.

A partida foi ruim. Os jogadores mais velhos sentiram muito, tanto que todas as substituições privilegiaram por tirar exatamente eles de campo. Robinho, que não estava bem – embora sua presença preocupe o adversário -, Elias e Fred, acabaram saindo. Timidamente, após as mudanças, o Galo esteve mais agudo e por pouco não empata a partida.

Muitos Atleticanos, durante o jogo e mesmo depois do apito final, pelas redes sociais, reclamaram da equipe. Sem tirar a razão, afinal, eu mesmo esperava uma boa vitória, mas alguns álibis não podem ser desprezados. Este mesmo time, no último domingo, se desdobrou em campo para fazer aquela extraordinária virada no placar.

Outro fator, embora tenha sentido isso até com irritação, foi que os dois times gostaram do resultado. Da metade do segundo tempo em diante, embora com esta ligeira melhora nossa em busca do gol, notava-se que as duas equipes tocavam a bola esperando o tempo passar. Os donos da casa, seguramente, para assegurar um resultado improvável. Já o Galo, pelos fatores que disse acima, altitude e maratona de jogos. Então, agora é esperar que na segunda e decisiva na partida joguem com o mesmo espírito do clássico. Assim, com segurança, vamos garantir passagem para a próxima fase.

O Jorge Wilstermann, em seu histórico, carrega ser um time caseiro e fora de seus domínios um fracasso. Até agora, sete jogos, quatro vitórias (todas em casa) e três derrotas (todas atuando como visitante). Então, ainda não vejo motivo para tanta tensão e desmotivação. O treinador, contrariando minha expectativa e de muitos de nós, entrou com Rafael Carioca e Yago, quando sentia que entre a Massa a preferência era para a dupla Roger Bernardo e Adilson. Os novos contratados já mostraram a que vieram, então insistir com o toque para trás, surpreendeu negativamente entre os Torcedores.

Crédito: Bruno Cantini/Atlético

Por outro lado, não podemos deixar de considerar que o time que iniciou a partida tinha nada menos que quatro jogadores criados na base. Ousadia, embora pela necessidade. A dupla de zaga, provando a tese daqueles que defendem ser Deus Atleticano, será – a meu juízo – a da sequência da temporada. Bremer e Gabriel demonstram personalidade, jogam tranquilos e estão se entendendo bem. Já Alex Silva, ainda carece de melhor estabilidade. Altera boas partidas, com lances que oscilam de um exímio ala com sequência que assusta a quem acompanha o Galo. Corta para um lado, corta para o outro, depois perde a bola e deixa um buraco.

O outro jogador criado na base, Yago, muito mais que seu companheiro de contenção, devagarzinho vai adquirindo e transmitindo confiança. Mas tomou um amarelo de graça, por infantilidade. O mesmo aconteceu com Fred, que já na primeira fase, ao lado de Elias, foi amarelado em momentos desnecessários. Agora está tudo zerado, ou melhor, estava para Yago e Fred, que foram advertidos. Terminamos a partida com cinco atletas criados no Galo, embora o quinto seja bastante rodado, mas tem o Galo no sangue. Rafael Moura.

O juiz da partida e seus bandeirinhas, todos uruguaios, deveriam dar aula aos sopradores de apito brasileiros. Um ou outro lance discutível, o que é aceitável, mas sem qualquer interferência na partida. Até acho que os nossos não são tão ruins, a orientação da CBF é que prejudica. Apitam de forma tendenciosa a favor dos times paulistas e cariocas.

Agora, trocando de chip outra vez, vamos pensar só em Campeonato Brasileiro. Domingo, com apito de Wilton Pereira Sampaio, vamos enfrentar o Botafogo no Rio de Janeiro. Perigoso, muito perigoso pelo histórico recente. Mas, embora até defenda que o treinador deveria dar um descanso aos “velhinhos”, os cariocas não ameaçam. O fator extracampo é muito mais preocupante que o adversário. Pra cima deles. Copa do Brasil, com o mesmo Botafogo e no Rio (tomara que a bolinha do sorteio da CBF não sacaneie de novo), e Copa Libertadores, outra vez com o Jorge Wilstermann, só no final de julho e início de agosto, respectivamente.

Blogueiro

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  • Essa sua barba branca mostra muita emoção e pouca razão, infelizmente.
    Carioca já chegou na seleção e foi peça fundamental na conquista de diversos títulos como copa do Brasil, Recopa, florida cup e mineiros. Sempre titular absoluto ao contrário do donizete, por exemplo, que comeu banco...

    Se o problema é tocar para trás peça para ele fechar o olho e mandar o dedão lá para frente pois qualquer moloide consegue fazer isso.

    Veja se o time está bem articulado e se os jogadores da frente estão livres para recebê-la. Pergunta para o Marcelo, Aguirre e principalmente o levir se o carioca só sabe mandar bola para trás.

    Para de jogar o atleta para as cobras. Essa barba branca sua não lhe ensinou que isso não ajuda em nada?

    • Caro amigalo, tenho que discordar de você. Para mim e muitos atleticanos o Carioca já era. O problema maior, no meu ponto de vista, não é nem a quantidade absurda de toques para trás que ele dá, que também irrita, mas sim a falta de comprometimento com o time, acho que esse é o termo exato para defini-lo. Está ficando insuportável assistir a esse jogador andar em campo, você já parou para ver que praticamente nenhuma bola que ele perde ele tenta recuperar? Eu não estou pedindo para ele ser o Luan e sair correndo o campo todo, mas a maioria das bolas que ele perde ele não dá o combate para recuperar e sai ANDANDO atrás do adversário, daí acaba sobrando para algum zagueiro ou lateral fazer a cobertura, testando o coração do torcedor.

      Quando eu falo que é falta de comprometimento dele, pelo menos aparentemente, é porque eu sei que ele não é um jogador ruim, ele é capaz de jogar muito mais, tanto que foi convocado para a seleção mas, depois disso, parece que está com preguiça de jogar futebol. Resumindo: Esse problema do Carioca já está se arrastando por tempo demais. Não é "muita emoção e pouca razão", é o imediatismo do futebol, o torcedor já teve paciência demais com um jogador que não retribui em campo o apoio da torcida e se é para continuar jogando mal assim, agradeço aos serviços prestados mas que saia do time o quanto antes, pelo menos é economiza uma grana alta do salário dele e dá oportunidade para outros da base que querem mostrar serviço.

  • Boa noite Eduardo e demais Atleticanas e Atleticanos ! Muito bom perceber a serenidade com a qual o Eduardo analisa os jogos e o desempenho do time do Galo. Tenho aprendido muito! Na minha visão, mais que a altitude e as más condições do gramado, pesou a falta de estratégia no jogo. Cada jogador parecia atuar segundo as suas convicções, sem saber qual era a estratégia do time, coletiva. E nisso, parece-me, há uma falha do treinador. Este, considerando todas as variáveis que envolviam a partida (altitude, condições do gramado, idade do time, etc. etc.) deveria ter postado bem o time na defesa, orientado os jogadores para terem ao máximo a posse da bola, com os jogadores jogando próximos e se ajudando, indo ao ataque "na boa". Assim, em um campo que não oferecia boas condições para a prática do futebol, o adversário tenderia a ficar desestabilizado. Além disso, acho que o Roger deveria ter colocado o Otero desde o início no lugar do Robinho (e isso eu pensei antes de ver a péssima partida do Robinho), para que ele, com mais força física, pudesse brigar com os adversários no ataque. Além disso, durante o jogo teria tirado o Alex Silva e deslocado o Yago para a lateral direita ou, ainda, colocado o Matheus Mancini na zaga, com o Bremer marcando na direita. Aliás, o Bremer e o Gabriel jogaram bem; ontem tive que me render ao bom futebol do Gabriel, embora em alguns lances ele ainda se mostre afoito. Espero que o Yago também evolua e aprenda a dar passes de mais de 10 metros. Por fim, no Indepa vamos sapecar esse Jorge. Abraços!

  • Caros,
    O Galo jogou? Vcs viram os caras q tavam jogando com a camisa do Sr. J.WW? Tinha da União dos Trabalhadores, do União Araras, tinha boliviano lá e tinha até Alex Silva no time deles. Eu ñ tive dúvidas q o Galo tava jogando contra o Sampaio Corrêa, conhecido como "Bolívia querida", mas como a camisa era cor vermelha e o jogo era na Bolívia, voltei ao espetáculo...Eu defenderei sempre a presença do Robinho nesse time, simplesmente pq é o melhor jogador do plantel (na zona da criação e da definição - pode tb correr e dar um 1º combate), mas ontem ele ñ deveria ter entrado em campo, pois se foi à Cochabamba ninguém viu. Atuação lamentável desse craque. Robinho ñ tem a garra q muitos querem, mas tem q jogar, qnd entra em campo. Cazares vai na mesma linha, ñ vi o equatoriano jogando na Bolívia. Vamos combinar, qnd esses dois jogadores jogam, o Galo joga. Porém, para q os dois joguem, precisamos um meio campo mais combativo desde a cabeça de área. Qnd a gente pensa q o entregador de camisa encontrou a melhor formação, lá volta Zé Carioca e sua cadeira cativa sentados na má vontade. Querer colocar Robinho no mesmo saco onde se encontra Zé, ñ dá. Ñ são da mesma panela rs. Robinho meia atacante, Cazares tb. Ñ podemos nos dar ao luxo, com um time q se desgasta mais rapidamente, de jogar com um volante faz de conta. Pq Zé Carioca é isso, ele engana, e muitos ñ querem ver pq é proibido criticar jogador q veste a camisa. Ñ sou contra criticas a Robinho e a Cazares, ñ. Eles q se virem, são bem pagos para jogar bem, para o bem do CAM. Mas o q ñ podemos é isentar jogador por preguiça de analisar. Hj a melhor alternativa é Roger Bernardo e Adilson, q ñ têm a classe do Zé. Pois é, uma coisa é a arquibancada, o campo, o momento do jogo in locu. Outra é ver a oscilar um time q pode ser mais estável e se tornar campeão. Algum pensador aí apresentou o chavão acusando os "profetas do acontecido". Ora, toda profecia é baseada em acontecimentos passados, são projeções do q pode vir a ser a partir do q é e do q foi. Então temos q lamentar a derrota, sim senhores, e rapidamente encontrar a cara do time para a volta. Queremos saber para qual time vamos torcer, pq ñ basta vestir a camisa. É preciso honrar a camisa.
    E ainda acho q a melhor profecia foi escrita pelo Mágico Timaço de 2013, para voltar a jogar com ganas de vitória.

    Obs.: é por causa dessas oscilações, inclusive oscilação na hr da entrega das camisas, é q ñ acredito, agora, na conquista do Brão. Precisamos de mais 6 ou 8 vitórias, no 1º turno, prá brigar.
    Agora, Libertadores, tô sentido q a história vai ser escrita uma vez mais.
    PRÁ CIMA DELES, GALO!

  • Nada mudou. Nada muda. O time vive da qualidade de seus jogadores. Quando dois ou mais conseguem fazer uma partida melhor, o Galo vai bem. Quando ninguém se destaca, resta o coletivo, e este não existe com o Roger. Não existia também com o Aguirre e com o Marcelo Oliveira. No entanto, o treinador “Pedro-Leopoldense” ao menos não tolhia a qualidade do Robinho e o escalava em sua posição de origem: atacante pela esquerda. Roger insiste em escalá-lo pelo meio. Erra também em manter volantes que não marcam, sob e pretensa e ilusória desculpa da qualidade do passe (vejam quantos passes erraram Carioca, Yago e Eias ontem), preterindo os volantes marcadores, Roger Bernardo e Adilson. Vendo um programa esportivo, ouvi do Roque Júnior uma tese interessante: futebol atualmente é ocupação de espaço. Não importa o sistema utilizado, mas sim a compactação e ocupação dos espaços pela equipe, de tal forma que não permita o adversário ser melhor nesse quesito, e fazendo com que a equipe consiga tanto atacar quanto defender coletivamente. Com a inoperância e morosidade do Carioca e a inexperiência e pouca eficiência defensiva do Yago, como fazer com que o Elias, Robinho e Cazares possam se posicionar melhor em campo, sem a necessidade de marcar? Ora, eles precisam participar cada vez mais da marcação e criando um grande espaço entre eles ofensivamente. A maioria das vezes, a bola chega a defesa atleticana. E, quando recuperada, raramente geram contra-ataques. No entanto, quando esses são proporcionados, com o devido posicionamento de jogadores, sobretudo o Cazares , constumam ser fatais. Lembrem-se dos gols contra Ponte Preta, Sport e Cruzeiro (último domingo). O detalhe é que em todos partiram de lançamentos dos volantes. Mas essa volante lançador não é o Carioca, que só recua a bola, no máximo toca lateralmente. Yago não arrisca. E assim, faz-se necessário a condução da bola, mas com as dificuldades provocados pelo espaçamento entre os setores.
    A verdade é que ganhamos do Rival, mas devido a raça. Assim como foi contra a chapecoense e contra o Botafogo. Mas não basta raça, embora essa seja valiosa. É necessária organização tática. Padrão de jogo. Estratégia de jogo. E isso não existe com o Roger. Esse seria um bom comentarista esportivo, pois só retrata o jogo. Não o modifica.

    • Exatamente Souza, o time não apresenta nenhuma consistência defensiva porque deixa espaços, não os ocupa. Ontem, por incrível que pareça, nos 15 primeiros minutos do jogo o Galo mostrou certa consistência atuando com marcação alta e pressão na saída de bola.

      A única forma de Robinho, Fred e Cazares marcarem com eficiência é exatamente assim, adiantando a marcação. Só que ontem, por algum motivo (talvez porque o Elias cansou e pq o Robinho tava mal, talvez a altitude, não sei...) o time perdeu essa pressão e o Wilsterman passou a comandar o jogo. Uma coisa que facilitaria muito essa marcação sobre pressão, com as linhas próximas e o time se movimentando em bloco com inteligência, seria realmente a entrada do R. Bernardo e do Adilson (Blanco também é opção pois marca e se movimenta bem). Mas o Roger tem que optar entre Carioca e Elias pra um dos dois ser esse terceiro homem do meio campo; função que o Elias desempenha melhor. Outra coisa que facilita esta marcação mais avançada é a capacidade de recuperação do Gabriel e do Bremer.

      Agora sinceramente, o Yago é limitado. Não é porque é da base que temos a obrigação de elogiar. Ontem ele jogou mal e vi gente elogiando... eu ein! O Blanco é muito mais jogador que ele.

      Saudações!

    • Souza, boa noite e um abraço atleticano. Você foi cirúrgico na sua explanação. Estou falando há meses que esse time do Roger não tem nada que pareça organização e fico abismado de ver uns entendidos aqui dizendo que o time tem sistema tático, evolução técnica e um monte de outras palavrinhas ouvidas de comentaristas esportivos de conhecimento escasso ou duvidoso. já cheguei até a afirmar, ironicamente, que esse time está mais para bloco caricato "Unidos da Confusão" do que para equipe organizada. Os jogadores atuam inspirados em sua capacidade individual, correm o dobro do necessário se tivesse organização e se contundem em função do excesso de energia gasto. O retrato do Galo é esse mesmo que você pintou. Saudações.

  • De acordo com os registros do “Histórico Futebol Melhor”, no mês de junho, o Atlético aumentou em 8.601 o número de sócios no programa e chegou aos 96.655, sendo o sétimo clube com mais torcedores associados no Brasil. O número é quase o dobro do rival estadual Cruzeiro, oitavo colocado com 53.482. À frente do Alvinegro, em sexto, está o Flamengo com 101.402. O Palmeiras é o líder da lista nacional, com 122.778.

    Em 2017, o Atlético só perde para o Flamengo em número de adesões. Os cariocas tiveram 28.878 novos associados, contra 28.841 dos mineiros.
    Ps: eles falam que o Flalênca tem mais de 40 milhões de torcedores....que os curicas tem mais de 30 milhões.....mas não adianta, essa MASSA é insuperável.......como bem disse os caras da FOX:" não é o time que tem uma torcida,essa TORCIDA é quem tem um time"......na hora do vamos ver, só da Galo....isso é por que o Daniel é "nepomusono" para algumas cornetas....

    • Legal mesmo!
      Se não ganhar um título de expressão esse ano e ficar somente no gostinho como o ano passado esse número vai desabar.
      Eu mesmo serei um que vou cancelar,eu ia fazer isso no início dessa temporada mais resolvi dar mais uma chance para o Nepomuceno e sua turma.

  • O ano está na metade e o Galo ainda aspira a todos os títulos que está disputando. E o Galo está diferente. O Galo está decisivo. Não é um Jorge Wilsterman que vai tirar o sono da gente.

  • O Atlético começou bem o jogo ontem, sufocando o adversário, como deve ser quando enfrenta equipes tecnicamente inferiores. Por outro lado, o JW respeitou o Galo nos minutos iniciais do jogo. Tivesse encontrado um gol, como foi com o time do Grêmio na terça-feira, o jogo poderia ter sido outro.

    Com o passar do tempo, o Galo foi perdendo o impulso inicial e o JW foi saindo aos pouquinhos e começando a gostar do jogo. Parecia a partida contra o Paraná pela Copa do Brasil. E porque o time do Galo não manteve a intensidade inicial? A meu ver por conta de dois jogadores de frente que estiveram num dia muito ruim. O Robinho fez sua pior partida com a camisa do Galo ontem. Só não saiu durante o primeiro tempo porque o Roger respeitou sua história. Mas era visível a sua irritação à beira do campo. E o Elias que não conseguia ajudar a manter a intensidade necessária de pressão e pouco ou nada produziu.

    Quanto ao Fred, não dá para cobrar nada. Sua função é de finalizador e para isso precisa receber a bola em condições para finalizar, o que não aconteceu ontem. Aliás, dá para cobrar sim. Seria bom ele tentar parar de cavar faltas inexistentes e simular agressões que não aconteceram. Depois a televisão mostra em todos os ângulos a sua simulação e fica muito feio para ele. Talvez por isso os árbitros deixem de marcar as faltas existentes por insegurança em saber se era apenas simulação. Pra variar, tomou mais um cartão amarelo tolo, por reclamação. Ele jogou muito tempo no Rio e deve achar que aprendeu a ser malandro. É o melhor finalizador do Brasil, um jogador muito útil à equipe, mas precisa lembrar as palavras do Bezerra da Silva: “malandro é malandro e Mané é Mané”. Por enquanto ele tem sido só Mané.

    Voltando. Um time que está sem força de ataque, sobrecarrega o meio de campo e, se o adversário tiver uma qualidade melhor, a defesa também. E difícil era a missão do treinador no dia de ontem. Ele percebeu claramente o problema e trocou o Robinho pelo Valdívia e o Elias pelo Otero. Sinceramente? Mesmo o Robinho perdendo TODAS as bolas, ele incomodou muito mais a defesa adversária do que o inexistente Valdívia. Aliás, precisa ser feito um planejamento específico para tentar fazer o Valdívia jogar futebol novamente. Entrar naquela falta de ritmo, passeando no campo em jogo importante, é muito complicado. O Otero, um pouco mais atuante, não foi nem sombra do que já havia sido tempos atrás. Vem numa má fase de fazer dó. Enfim, esse foi o Galo ontem. Jogadores titulares de frente inoperantes e reserva iguais ou piores. Depois o Rafael Moura agregou a luta que lhe é característica, mas pouco adiantou já que pouco foi criado para que o centroavante do time aparecesse.

    Nesse contexto, pouca diferença faria se o time entrasse com o Roger Bernardo e Adilson, reservas, ou com o Rafael Carioca e Yago, desde que os dois primeiros não comprometessem, como foi o caso dos que entraram. Isso porque o problema do Galo ontem nunca foi nesse setor do campo. Aliás, chama a atenção a má vontade da torcida com o Rafael Carioca! O time com um ataque inoperante, onde tudo que ia, voltava imediatamente e a culpa era do... Rafael Carioca! Ora, façam mil favores! Ao lado do Yago, foram eles, os dois jogadores, que deram um pouco de organização e consistência ao time evitando que o mau futebol virasse uma pelada completa. Aliás, um adendo importante. O Yago vem crescendo cada vez mais. Aqueles que hoje o criticam, como fizeram com o Gabriel, vai acabar tendo que dar o braço a torcer, reconhecendo que ele tem futebol para jogar no time titular do Galo.

    A defesa, tirando o Alex Silva que ontem fez também uma partida muito ruim, esteve segura, exceto no momento do gol em que bateu cabeça. Mas a dupla Bremer e Gabriel vem dando conta do recado e o Fábio Santos vem aos poucos melhorando sua performance.

    Quanto ao Cazares, esse já mostrou que não consegue carregar o time nas costas quando a equipe está muito mal. É o maestro do time, mas precisa que os demais estejam afinados para realizar bem o seu trabalho. E ontem a coisa estava complicada. É preocupante também saber que não há um bom substituto para ele. Se foi ruim com ele; muito pior seria sem ele.

    Além disso, o Galo precisaria de um jogador de ataque que fosse agudo, rápido, habilidoso para fazer sombra ao Robinho e até substituí-lo quando esse não estiver bem. Achei que esse jogador pudesse ser o Valdívia, mas até que ele recupere sua condição anterior, não agrega nada como substituto do Robinho. Espero também que o Gustavo Blanco seja um substituto à altura do Elias, já que ele tem essa característica de jogar naquela posição. Não podemos ficar contando com o bom futebol de Robinho e Elias, jogadores diferenciados, mas que não aguentam o ritmo imposto pelo nosso calendário.

    Infelizmente temos apenas uma vaga restante para a Libertadores (provavelmente a ser preenchida pelo Blanco, exceto se aparecer um bom negócio de ocasião) mas o Galo precisaria mesmo era trazer um atacante rápido para completar o elenco. Não vale pedir o Tardelli senão eu vou querer o Neymar. A menos que um torcedor magnata e de bom coração aceite pagar o valor de seu passe ao time chinês e também seu salário de R$ 2 milhões/mês.

    Quanto ao jogo de volta, eu não tenho o mesmo otimismo do Eduardo e de parte da torcida. O abismo técnico que separa as duas equipes não é garantia de nada. Para esses times em que falta a técnica, costuma sobrar o vigor físico e a intensidade na marcação, dentro de um esquema defensivo de retranca, que torna o jogo muito difícil. Basta lembrar o jogo de volta contra o Paraná em que saímos do sufoco com um gol olímpico, mais fácil de marcar do que com a bola rolando... Ou, para ficar na Libertadores, no jogo contra o Tijuana que a torcida achou que seria fácil e foi mascarada para o Horto (literalmente) e foi aquele sufoco todo. Lembrando que no futebol, a qualquer momento, você pode levar um gol. Então precisamos marcar ao menos três para ter tranquilidade. Não vai ser fácil, não! E para complicar, entre o jogo marcado para o dia 09/08, teremos o Grêmio no dia 06/08 e o flamengo no dia 13/08. Complicadíssimo! Do jeito que o Galo gosta!!

  • Boa tarde Eduardo. Definitivamente ontem o Galo não jogou para vencer, desde o inicio do jogo parecia que os jogadores estavam satisfeitos com o empate. Terminando o jogo pude perceber que infelizmente o Galo queria que o tempo passasse, não teve ação, jogou como o outro Galo, aquele que perdeu para o Vitória, ou o que empatou com a Ponte e o Sport, um time apático e sem compromisso com a vitória . Lembrem aos nossos jogadores, que o Ideal do Clube Atlético Mineiro é "Vencer, vencer, vencer.......", quero de volta o Galo que venceu e convenceu domingo passado.

  • Boa tarde Eduardo e atletianos
    O galo até começou bem, marcando sobre pressão. Teve uma boa chegada com Cazares num erro deles e este resolveu chutar em vez de passar para o Fred que tinha melhor condição de finalizar. Depois recuou muito, cercando em vez encurtar os espaços como eles começaram a fazer. O Alex Silva foi muito mal, marcando de longe (uma avenida no lado direito). Robinho e Elias muito mal, mas os que entraram (Valdivia e Otero) foram piores ainda. Discordo que o time jogou mal foi porque colocou o Rafael Carioca. Foi o único que apesar de toda a dificuldade colocar a bola no chão e cadenciar o jogo. Dou méritos para a dupla de zaga.

  • O RM errou na escalação e ponto final. Falta malicia, maturidade e conhecimento de estrategia para o RM. Indico ler a arte da guerra para ele conhecer o espirito que temos de ter para LB. Continuo afirmando que o RM me deixa preocupado com o nosso GALÃ!! ACORDA RM!!!

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