Momento decisivo para o Galo na temporada

Depois da eliminação da Copa do Brasil e perder posições na tabela de classificação do Brasileiro – permitindo ao líder que é o mesmo Palmeiras de hoje abrir dez pontos de vantagem – a partida de hoje irá sinalizar o que ainda podemos esperar nesta temporada. A segunda conquista da Libertadores ainda alimenta a alma e o coração de muitos Atleticanos.

Verdade é que, pelo elenco que temos, esperava-se 2022 muito mais excitante que isso que estamos presenciando. Não que tivesse, obrigatoriamente, de repetir o extraordinário ano anterior, mas – convenhamos – até o momento duas ou três partidas foram dignas do nosso Galo, Forte. Vingador. As conquistas do fraco campeonato regional e aquela Supercopa de jogo único da cbf/tv, iludiram e impediram que nosso senso crítico fosse mais rigoroso com a equipe e diretoria, sugerindo e impondo a necessidade da troca no comando técnico.

O tempo passou na janela, só nós não vimos. Eu estou entre aqueles que não viram, alguns até que vinham chiando desde o início do ano, verdade seja dita. Entretanto, muito entre esses reclamantes, fazem parte de eternamente insatisfeitos. Ano passado, sob o comando do Cuca, mesmo vencendo tudo como aconteceu e os títulos do BR e CB, teve gente que só silenciou – nada dizendo – depois das festas comemorativas. Assim é o futebol. Em todas as torcidas, não sendo privilégio apenas entre nós Atleticanos.

Esse confronto de hoje, coloca frente a frente os dois melhores elencos e conjuntos entre os clubes brasileiros da atualidade. Tanto que, ano passado, se conquistamos as duas competições ditas foi o Palmeiras o campeão da Libertadores. Só não é a maior rivalidade brasileira, pois essa desde os famigerados anos 80 – época que o Flamídia contou com as preciosas atuações de Aragão, Rosa Martins e Wright – jamais será superada.

Ontem, em meio a um dia tenso e triste – pela passagem do Márcio Renato, que foi lindamente homenageado neste espaço pelo companheiro Ricardo Galuppo – acompanhamos interessantes observações e leituras sobre essa primeira partida decisiva entre Galo e porcos. Se o Palmeiras está invicto por 19 partidas como visitante na Libertadores, o Galo nunca foi derrotado por times brasileiros na mesma competição na condição de mandante. Igualmente por nenhum outro time em mata mata na capital mineira.

E mais, o competente treinador Abel – dito e tido como carrasco do Cuca – jamais venceu ao Galo desde que assumiu o comando da equipe paulista. E Nacho, contestado por parte dos Atleticanos, buscando sua sexta semifinal consecutiva. Pelo River, disputou cinco Libertadores, sendo eliminado nas oitavas apenas em 2016. Depois avançou até as sem (2017), campeão (2018), vice (2019) e semifinalista (2020). Ano passado, já pelo Galo foi novamente até às semifinais. São vários tira teima em jogo nestas duas partidas decisivas entre Galo e Palmeiras.

E é nesse clima e nesse ambiente, que a Massa do Galo esgotou toda a carga de ingressos para a primeira partida decisiva. Quem superar, nos dois jogos, avança para a semifinal da Libertadores. O destino dos sorteios colocou novamente os dois melhores times do Brasil do mesmo lado dos confrontos. Ano passado e agora novamente. Creio que quem avançar, será o campeão da Libertadores. Que seja o nosso Galo! Para buscar essa vaga, a Massa vai ser o diferencial hoje à noite no Mineirão. Lembrando que estamos na última temporada como inquilino de estádio público. A partir de 2023 o Galo e os Atleticanos terão casa própria.

*fotos: Pedro Souza/Atlético