Mesmo com todo desanimo, vamos lotar o Independência

Vamos para o Horto, ao que percebo outra vez com casa cheia (graças, diga-se, às diferentes promoções de ingressos), para enfrentar o líder do Brasileiro. Enquanto o treinador acha que o nosso mau humor tem relação ao desempenho de adversários, afirmo que essa depressão tem a ver sim com o péssimo futebol que o time vem apresentando na temporada.

Se ele não sabe, uma vez que confessa nem conhecer o elenco que dispõe, perdemos o título regional depois de abrir boa vantagem na primeira partida. Saímos da Sul-Americana, logo na primeira fase, por opção da diretoria – cujo atual e eventual presidente teve o desplante de desdenhar e chamar de Segunda Divisão – deixando de receber milhões em premiação e disputar o título. Ao que parece, o Atlético do Paraná, caminha para a conquista, que lhe dará vaga na Libertadores.

Outra disputa, que talvez Levir não saiba (afinal parece que sua única manifestação do Japão foi protestando contra a demissão de Osvaldo Oliveira), seria a Copa do Brasil. Não passamos pela Chapecoense, que caminha rumo à Segunda Divisão, em duas partidas que sequer conseguimos marcar um mísero gol. Então, caro treinador, nossa desolação tem relação ao pífio desempenho da equipe.

E já estamos no terceiro treinador na temporada. Antes do senhor Levir Culpi, tivemos Oliveira, que por pouco deixa a Copa Brasil ainda na primeira fase lá no Acre. Depois Larghi, que elevado de analista de desempenho a treinador, não vingou – pode até se tornar um grande profissional – no comando do Galo. Com Levir, vamos para a quarta partida, depois de três derrotas consecutivas sob o seu comando. Entendeu, agora? Ou quer que desenhe?

A obrigação hoje é vencer. O Torcedor não admite outro resultado, ainda que seja frente ao Palmeiras que é o líder. A nós, Atleticanos, pouco importa – como registrou Levir – se é aniversário do Felipão e se o porco é líder. Ao invés de se ocupar com data de nascimento do treinador do outro lado, Levir Culpi deveria – como bem o fazia Cuca – era estudar o adversário para reagir na competição.

Enquanto vemos o caso de um jogador que passou pela base, sendo dispensado, brilhar na Europa ainda lembramo-nos de outros que não permaneceram no Galo. O jovem Wesley, de 21 anos, brilha na Bélgica e é cobiçado pelo Bayern. Outros, como Jemerson e Bremer, seguiram também para o velho continente e continuamos sofrendo com um time horroroso e dividas.

Falta de criatividade em campo e na sede de Lourdes. Nunca, em meus mais de meio século de Atleticanidade, senti o Torcedor tanto deprimido e desesperado como nos dias atuais. Nem mesmo o rebaixamento para a Segunda Divisão fez isso com o Atleticano. Pior que tudo isso, sou seja, campanha pífia e finanças abaladas, é ver no comando técnico um Levir alheio à nossa realidade. Ora faz piadinha, depois devaneia dando a entender que nada disso lhe incomoda (alguns chegaram até a sugerir que pode ser algum problema de discernimento), somando ao desconhecimento confesso do elenco, que culminou com três derrotas em três jogos.

Para piorar, seu contrato vai até o final de 2019, e ele chegou a dizer que tem 80% a 90% dos profissionais para a próxima temporada no time atual. Essa mesma equipe montada, inexplicavelmente, por um diretor de futebol que trouxe quase 20 jogadores e de onde não se aproveita cinco.

Essa explicação não cabe a ele, mas a atual diretoria na pessoa do presidente Sérgio Sette Câmara. Ah! Ele disse que não entende nada de futebol. Eu também não, mas de uma coisa entendo mais que ele. Atleticanidade!

Pra cima do porco, Galo. Hoje, como nos jogos anteriores e nos próximos, é vencer ou vencer!

Em tempo: estarei logo mais no programa “Meio de Campo” da TV Minas, a convite do amigo e ex-professor Orlando Augusto.