Sempre que possível, gosto de dividir com os leitores sobre a Atleticanidade que vou descobrindo pelos caminhos deste planeta do Galo. Francielle Gomes Cury Fialho, 27 anos. Atleticana. Mineira, nascida em Divinópolis. Criada em Belo Horizonte. Morando em São Paulo desde 2010. Formada em Aviação Civil, trabalha na área.
Casada há oito anos com um torcedor do América. Sim, do América (Fernando Ângelo, um dos ícones do jornalismo mineiro e artista nacionalmente conhecido, apesar do Coelho). Criadora do “Canal Aqui é Galo” no YouTube, onde o foco principal é dar opinião sobre tudo relacionado ao Galo, mas também tem algumas zoeiras e vlogs de jogos. Filha de Ricardo e Patricia Cury, irmã de Ricardo Vinícius (futuro melhor goleiro do Brasil, atualmente no sub-17 do Goiás). Fã de São Victor e do Rei Roberto Carlos.
Por Francielli Cury
“Sou uma atleticana daquelas que é conhecida em todo lugar pela paixão pelo Galo.
Na universidade até os professores me falavam de resultados de jogos do Atlético. No trabalho tenho alguns apelidos ligados ao meu time do coração. Como moro em São Paulo já há 8 anos e meio, quando o Galo perde para times paulistas, é difícil trabalhar “em paz”. Em compensação, as vitórias em cima de São Paulo, Santos, Palmeiras e principalmente Corinthians, tem um gostinho especial.
Muitos se surpreendem com meu amor pelo Galo, principalmente quando conversam um pouco mais e percebem que acompanho e entendo do assunto. O pensamento machista que impera na nossa sociedade, ainda impede que as pessoas levem com naturalidade o fato de uma mulher gostar e entender de futebol. No meu caso, entendo de futebol. Mas gostar mesmo, eu gosto é do Galo. Então a pergunta que sempre me fazem é: Como você se tornou atleticana?
Típica pergunta de quem não torce para o Galo, por que nós sabemos que não nos tornamos atleticanos. Diferentemente da profissão que exercemos, da cidade que vivemos, ou da pessoa que escolhemos para dividir a vida, o Atlético não é uma escolha.
Meu primeiro ídolo foi Taffarel. Cantava “Olê Marquês” a plenos pulmões no antigo Mineirão. Vibrava com os golaços de Guilherme. Adorava a raça do argentino Galvan na zaga. Comemorei o “apocalipse americano” que Lincoln profetizou naquela final de Campeonato Mineiro. Vi o gol do Vanderlei, o chapéu de Danilinho. As mitadas de Tardelli. A genialidade de Ronaldinho. E chorei, como nunca tinha chorado antes no fatídico empate contra o Vasco em 2005. Mas as lágrimas derramadas naquele dia, ficaram pequenas perto da emoção que tive em julho de 2013. Ao ver o Réver erguer a taça de campeão da Libertadores, fui inundada por uma enorme felicidade. Aliás, a campanha da Libertadores 2013 revelou meu maior ídolo alvinegro: São Victor. Claro que Ronaldinho é um ídolo eterno e ficará marcado eternamente, mas os milagres de São Victor vão perpetuar na história do Galo.
Meu primeiro ídolo foi um goleiro, meu maior ídolo é O goleiro. Talvez isso se explique pelo DNA de “ser sofrido” que existe na história atleticana. Nada, nenhuma conquista foi tranquila ou sem sustos. Por isso os goleiros tiveram papel fundamental (para o bem e para o mal). E por falar nisso, sofrido mesmo é viver longe do Galo. Sinto uma falta danada dele e sei que ele sente minha falta. Como é difícil não estar presente nos jogos. Tenho saudades de vibrar, cantar, de ser o 12° jogador literalmente. Nosso grito e energia fazem a diferença. O atleticano nunca é um expectador da partida. Ele faz parte do espetáculo. E se a apresentação em campo não é boa, na arquibancada é sempre um show!
E há mais de oito anos que não posso fazer parte desse show com a frequência que gostaria. Morando e trabalhando em São Paulo, procuro na GaloSampa o refúgio alvinegro. Quando o Galo vem jogar aqui, sempre estou presente. Mas tudo isso é paliativo, pois o que eu queria mesmo era poder todo jogo ter a consciência tranquila de que estive ali, fazendo minha parte, vibrando ou chorando, mas sempre presente com o meu amor, o Clube Atlético Mineiro.
O Atlético me escolheu, e que sorte a minha! Mas eu tenho a certeza de que se o poder de escolha fosse meu, eu estaria exatamente desse lado. Porque é inimaginável pensar minha vida sem o Galo. Sem esse amor que me altera e me move. Eu não torço para o Atlético. Eu vivo o Atlético, eu amo o Atlético, eu sou o Atlético. E quando me falam: “você é atleticana doente”.
Eu me lembro das aulas de português no ensino fundamental, onde a professora explicava que o pleonasmo é a repetição de uma ideia pelo emprego de uma ou mais palavras, cujo sentido já está expresso anteriormente. Da mesma forma que não precisamos dizer que vamos subir para cima ou descer para baixo, é um pleonasmo dizer que uma pessoa é “atleticana doente”. Todo atleticano é doente. E dessa doença não queremos nos curar, pois somos felizes assim. Não sabemos ser de outra maneira.
Os não atleticanos não entendem e nunca vão entender esse sentimento. Chamam de loucura, exagero, doença. Mas a verdade é que dentro deles existe uma inveja. Eles queriam sentir o que sentimos. Ser como somos. Amar como amamos. Viver como vivemos. A vocês eu digo: “Sinto muito, o Atlético não é uma escolha.
O Atlético me escolheu. Graças a Deus!”
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Franciele parabéns.
Sinto muito, o Atlético não é uma escolha. O Atlético me escolheu, graças a Deus. É o mesmo sentimento, assim vivo aqui em Montes Claros Norte de Minas, assistindo aos jogos pela TV. Aqui é Galo pô.......
Acompanho o canal da Fran no youtubil e além de atleticana, ela entende muito de futebol. Grande torcedora. Representa muito bem a atleticaneidade galática. Parabéns! Gaaaaaaallllllooooooo!
Parabéns,Franciele!
Moro em São Paulo a 46 anos,e sofro o mesmo que você.Mas Galo sempre,se for doença ser Atleticano,
serei sempre!
Boa escolha caro Eduardo! A Franciele é ótima também escrevendo. Bonito ver o sentimento dela com o time do coração. Eu achava que só torcedores do América sentiam esta paixão! rs
Grande abraço!
Atleticanas, caro amigo, carregam a reboque até americanos. Linda letra dela. Brilhou neste cantinho Atleticano. Venham a BH. Viu que sexta última tivemos uma boa resenha. Fizeram falta.
Boa noite!
Confesso que entrei aqui hoje à tarde e me deparei com esse "post extra", mas não me animei a ler...agora à noite resolvi viajar nessas letras...me emocionei. Belíssimo texto, Francielli! Parabéns!
O Galo anunciou dois grandes reforços essa semana: A compra dos direitos de Blanco e a renovação do contrato de Luan. Muito feliz!
Boa noite GALO ROBERTO, digo sem medo de errar, Blanco é a melhor contratação que o NOSSO GALO fez nos últimos 5 anos, acho que ele ainda vai evoluir muito e dar grandes alegrias a todos nós.
Assino contigo, Ricardo Madeira.
Saudações! Aqui é só Galooooo!!
Parabéns Franciele,
Texto muito bem redigido, que continue sempre com esta alegria de ser ATLETICANA.
Valeu Eduardo!
Eduardo que achado!!! Obrigado por nos brindar com mais um belo testemunho. Somos milhões nesse amor, às vezes com aquela sensação que não somos correspondidos ... mas amamos incondicionalmente!
Excelente texto Francielli. Sentimento idêntico é o que sinto (me identifico ainda mais com sua história porque sou mineiro expatriado das Gerais aqui no Planalto Central).
Assino embaixo do seu texto anterior, meu guru. Estou realmente na torcida pra ganharmos esse Brasileiro, mesmo sabendo das nossas deficiências e necessidades, acreditar faz também parte do meu DNA. Fazer o que? Sou otimista, sou Galoooooo!!!!!
Boa tarde Francielli!
Sou seu fã e acompanho seus comentários no YouTube. Você é realmente uma atleticana daquelas de tirar o chapéu. Não existe atleticanos doentes e sim o amor incondicional ao Galo. Eu também não me tornei atleticano e já nasci atleticano, pois o meu pai era cruzeirense e se fosse na onda dele seria uma Maria hoje, mas graças a Deus já apaixonei a primeira vista com as cores preto e branco, ainda que inocentemente uma criança e ninguém conseguiu me fazer virar a folha. A minha paixão é tão grande, que costumo largar tudo só para ver o Galo jogar, seja com qual adversário for. Sou do interior e vir para BH no início dos anos 70 e conheço tudo do maior de Minas. Era piolho naquela época do Mineirão, não perdia um jogo, mas a profissão me fez ficar ausente por aproximadamente 10 anos de BH e quando retornei, vir trabalhar em Contagem/MG já casado e resido aqui desde 1989 até hoje, torcendo como nunca e amando cada vez mais o meu time do coração. Do casamento vieram duas filhas maravilhosas, que também já nasceram atleticanas, assim como a minha esposa que também é.
Vi o meu Galão da massa ser o primeiro campeão brasileiro de verdade e hoje, depois daquela maracutaia do Ricardo Teixeira, tentaram nos tirar por debaixo do pano, dando aos clubes campeões da taça Brasil, o título de campeões brasileiros e consequentemente tornando o Bahia o primeiro campeão brasileiro, coisa que jamais vamos aceitar e acreditar nessa maracutaia a troco de votos das federações, para ser o mandatário da CBF ser reeleito "Ricardo Teixeira", e que hoje encontra-se no ostracismo e processado por corrupção.
Contra tudo e contra todos, só não temos mais títulos nacionais hoje, por pura incompetência, má sorte e principalmente por maracutaias da CBFla, CBFlu, CBGambás, etc e tal, nas roubalheiras do apito inimigo.
Mas mesmo assim, nunca abandonamos o nosso Galo e somos cada vez mais apaixonados, independente da idade e das conquistas de títulos. Aqui é Galo P...!
Saudações atleticanas!
Parabéns!!
Lindo texto de quem tem dois grandes amores na vida:
- O GALÃO em primeiro lugar e a aviação que é outra "doença" gostosa de se ter.
Felicidades menina!