Jogo decisivo às pretensões do Galo

Eleger esse jogo de hoje ou qualquer um do passado e do futuro como o mais importante das nossas vidas, ao que percebo, é a mais pura demonstração da nossa devoção com o time do Galo. Dias atrás, numa resenha animada, concluímos que esse blogüeiro – naquela roda – era insuperável por presença nos estádios. Afinal, me gabo sim em contar que o último jogo mandante que perdi foi no distante mês de fevereiro do ano de 2006. Exceto, claro, muitos durante a pandemia. Ainda assim, em 2021, fui aos confrontos do Mineiro e da Copa Libertadores.

Estive em muitos jogos decisivos, com finais felizes e também frustrantes, como a decisão de 1980 e o rebaixamento de 2005. Porém, em 2013 e 2014, fui nos dois jogos finais da Libertadores – Assunção e Belo Horizonte – e nas decisões da Recopa e Copa do Brasil. Essa, inclusive no Maracanã, perdemos de dois a zero para reverter o quatro a um aqui no nosso salão de festas.

Diante disso, acrescentando partida de logo frente ao River Plate – argentino de muita tradição internacional – não consigo eleger qual deles foi o mais importante e quais ainda vamos ter pela frente com a mesma intensidade e emoção. Sei que, diante desses fortes adversários ao longo da história, ou frente ao meu modesto Araxá Esporte – o Ganso, primo do Galo –, minha paixão Atleticana cede e aquele é o jogo da minha vida.

Até em amistosos – hoje são poucos – ia com o mesmo sentimento, vibração e entrega dos pulmões para impulsionar o nome do Galo. Ontem vi um vídeo antigo da Massa, em que o grito de guerra – a meu juízo –, era muito mais intenso e motivante que nos tempos recentes. A torcida também, que contava com a geral, era igualmente motivante ao time em campo. Os tempos são outros, devemos nos adaptar à modernidade.

Pois bem, apesar da vantagem de um gol na vitória fora de casa, entendo que o Galo tem de partir para cima, como fez com o próprio River e no final de semana com o Palmeiras. Tirando o sistema defensivo que não deve trazer qualquer surpresa com Éverson; Mariano, Nathan Silva, Alonso e Arana, o restante do time segue indefinido, por mais certezas que se tenham das presenças de alguns jogadores como Hulk.

Paralelo a essa partida, ontem vivemos e acompanhamos a chegada da nova atração da companhia. Diego Costa, ao lado do Hulk, com as opções que o treinador dispõe para o sistema ofensivo, promete dar muito trabalho aos adversários e alegrias ao Atleticano ainda nesta temporada. Mantenho, como venho afirmando, muita esperança e expectativa, porém um passo de cada vez.

Para seguir na Libertadores, avançando para as semifinais e enfrentar outro brasileiro – no caso o Palmeiras, o Galo precisa passar pelos argentinos na noite de hoje. No primeiro turno do Brasileirão vencemos o mesmo time paulista aqui em Belo Horizonte. Caso se confirme, a primeira partida será na capital paulista e a decisão na nossa casa. Nosso aproveitamento tem sido ótimo e agora temos de volta a força da Massa nas arquibancadas.

Por fim, caríssimas e caros, vamos fazer a nossa parte. Seremos 16 mil privilegiados levando nossa boa energia e representando quase 10 milhões de apaixonados Atleticanos. Espalhados pelo mundo e concentrados na capital e no território mineiro, o Atleticano é maioria em Belo Horizonte e em Minas Gerais. Que sejamos felizes na jornada de hoje e sempre!

Em tempo: o martírio da Massa para ir ao Mineirão não tem fim. Depois daquela zorra com a empresa anterior, ontem (com chance de seguir hoje), foram duas desconfortáveis filas. No Mineirão na retirada de ingresso para as crianças. Teve gente que chegou lá às 6h da manhã e, marcado para 10hs, só teve início vinte minutos depois do previsto. Pior sorte estava reservada para quem precisou ir ao GNV buscar seu ingresso. Cerca de mil Atleticanos passaram o dia todo, de pé, em função de outro inexplicável atraso. Uma crueldade! Covardia! Em campo os jogadores irão mostrar que o sacrifício valeu a pena. Espero!